Terça-feira santa, 04/04/2023 – Jo 13,21-33.36-38
- Judas, o corrompido, causa comoção
Sempre tocam a minha alma quando o Evangelista afirma que Jesus fica profundamente comovido com determinada situação (Jo 13,21). São João é muito atento ao coração de Jesus, também pudera: ele colocou a sua cabeça no coração de Nosso Senhor Jesus Cristo durante a última ceia (Jo 13,25). Este mesmo Evangelista deixou registrada para nós uma das cenas mais belas do Evangelho: “Jesus chorou” (Jo 11,35) por ocasião da morte de seu amigo Lázaro.
Nesta ocasião (Jo 13,21 ss), Jesus ficou perturbado e comovido por que Judas o trairia: anunciado este desastre, Jesus mesmo fica impactado. Judas foi alguém que Jesus quis bem de maneira muito personalizada, escolheu-o para ser um dos seus discípulos mais próximos, investiu nele durante três anos, apostou na sua lealdade humana e fidelidade sobrenatural, porém, agora, as coisas não estão dando certo. Jesus, de maneira sobrenatural, vê diante de si um Judas com um coração fechado, no qual Satanás já se havia instalado, fazendo pequenos furtos e planejando coisas igualmente furtivas. O discípulo se corrompeu! Quanta dor para o coração de Cristo! Nesta semana queria que você e eu fôssemos consoladores de Nosso Senhor por tanta infidelidade que nós vemos hoje em dia no interior da sua Igreja, inclusive entre discípulos muito próximos, sacerdotes e bispos, que preferem as coisas que o mundo oferece ao suave jugo do Salvador. Rezemos pela Igreja nestes tempos difíceis e peçamos ao bom Deus que sejamos fiéis, perseverantes e almas que consolam o coração de Deus que encontra-se tão ofendido pelos pecados dos seres humanos, também de filhos queridos.
Pe. Françoá Costa
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