Homilia Quinta-feira da VIII Semana do Tempo Comum | Ano A

Quinta-feira da 8ª semana do Tempo Comum, 01/06/2023 – Mc 10,46-52

  • Ver na fé

(Memória de São Justino, mártir)

É muito importante que vejamos, pois, desta forma, viveremos bem a nossa fé católica. Os cego Bartimeu viu pela fé (Mc 10,50-52). Exatamente: algo de fé nós já temos. Apoiando-nos, precisamente, nesta fé, nós veremos mais. Efetivamente, é muito mais fácil andar por aí defendendo a liberdade das mulheres no uso do seu próprio corpo e, ao mesmo tempo, proibir outros seres humanos de nascerem. Esses defensores da liberdade só conhecem um lado da liberdade. No entanto, é preferível a defesa da dignidade das mulheres com a defesa simultânea da defesa da dignidade dos outros seres humanos não nascidos. Defender uma verdade é algo louvável, defender duas é duas vezes louvável! Somente as pessoas inteligentes podem conjugar duas verdades aparentemente contraditórias. No entanto, uma verdade não pode contradizer outra verdade. A dificuldade que a inteligência encontra está no raciocínio equivocado, não nas realidades. Caso eu, delirando, veja dois postes onde há somente um, o problema não está no poste que de repente teria se multiplicado (?!), o problema será a minha loucura ou enfermidade. Viram como é preciso ver?

O importante é que não substituamos a verdade de Deus, que nos faz ver todas as coisas, pelas supostas “verdades” que pululam em tantos lugares. O importante é que sejamos cristãos de verdade e entremos, cada um, com liberdade e responsabilidade pessoais, em todos os ambientes, para anunciar a Verdade que liberta, Jesus Cristo. Não nos rendamos ao mundo moderno com suas esquisitices. Na verdade, o Evangelho é sempre moderno, nós não precisamos ter medo de dialogar com a cultura contemporânea. Com outras palavras, a evolução das espécies não pode diminuir a nossa fé, o heliocentrismo (ou outra teoria que surja) tampouco a aumenta ou diminui; as riquezas do Vaticano e a pedofilia já provada de alguns presbíteros não deveriam abalar os cimentos do nosso amor a Deus e à sua Igreja Católica; a corrupção dos costumes, em lugar de implicar um retrocesso na nossa caminhada cristã, deveria ser um desafio para a nossa inteligência e a nossa vontade iluminadas pela fé. Enfim, qual é o fundamento da minha fé? Jesus Cristo, Deus verdadeiro e Homem verdadeiro. Nele se pode confiar sempre!

Pe. Françoá Costa

Instagram: @padrefcosta

Facebook
Twitter
LinkedIn

Biblioteca Presbíteros