Homilia Quinta-feira da VI Semana da Páscoa |Ano A

Quinta-feira da 6ª semana da Páscoa, 18/05/2023 – Jo 16,16-20

  • Um pouco!

“Que é ‘um pouco’” (Jo 16,18)? Ora, é diferente de muito. Mas isso você já sabe e parece irônico de minha parte. Mas, é mesmo, trata-se de uma ironia. Contudo, há uma verdade profunda por trás destas afirmações que são relativamente irônicas. Vejam: passa um pouco de tempo e não veremos Jesus, passa outro pouco de tempo, e vê-lo-emos. Ou seja, basta um pouco de tempo para que coisas muito importantes aconteçam. Importa tanto ver Jesus como importa o não vê-lo. Aqueles que o verão, terão esta visão no céu. Isso é importante! Aqueles que não o verão, não terão esta visão porque estarão no inferno. Isso é também importante. Sempre importa qual será o nosso destino eterno.

De todas as maneiras, o Senhor concedeu a você “um pouco de tempo”. Chega, portanto, de perder o tempo, de procrastinar ou, dito de maneira mais escrachada: chega de ser preguiçoso! Você não dedica a Deus o tempo que ele lhe pede na oração; não faz as penitências que ele coloca no seu coração por falta de aproveitamento do tempo; não ajuda as pessoas, porque perde tempo com outras coisas; não faz o bem que deveria porque gasta o tempo que não deveria. Cuidado! Desta maneira você vai se tornar um inútil. Neste sentido, lembro aquele primeiro ponto do famoso livro “Caminho”, de São Josemaria Escrivá, que reza assim: “Que a tua vida não seja uma vida estéril. – Sê útil. – Deixa rasto. – Ilumina com o resplendor da tua fé e do teu amor. Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. – E incendeia todos os caminhos da terra com o fogo de Cristo que levas no coração”. Aprende e deixa de ser preguiçoso ou, como dizem atualmente, procrastinador. Não se preocupe, eu entendo que é mais bonito dizer que “procrastinou” do que “fui preguiçoso”, até nisso você perde tempo, pois olha no dicionário para encontrar uma palavra bonita para dizer de maneira divertida o triste vício da preguiça.

Pe. Françoá Costa

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