Homilia Quarta-feira II Semana do Tempo Comum | Ano A

Quarta-feira, 18/01/2023 – Mc 3,1-6

  • A questão da observância do sábado

Jesus, segundo os fariseus, não podia curar no dia de sábado por respeito ao descanso prescrito por Deus (Mc 3,1-2). Nosso Senhor lhes faz uma pergunta para ver se pensam um pouco e deixam de ser tão quadriculados: “É permitido, no sábado, fazer o bem ou fazer o mal?” (Mc 3,4). Eles não o respondem, apenas veem sobre o silêncio deles o olhar de indignação de Jesus. Apesar da dureza de coração deles e para fazer o bem ao pobre homem da mão atrofiada, Jesus Cristo o cura, mesmo em dia de sábado.

Há certos grupos “cristãos” que defendem que se deve observar o sábado, como se fôssemos judeus, e não o domingo dos cristãos. Contra essa gente, sirva o texto de Mc 3,1-6 que acabamos de comentar, sirva também o entendimento que Pedro teve de que todas as coisas são puras (At 10,1-35), sirva ainda este belo texto do Apóstolo: “ninguém vos julgue por questões de comida e de bebida, ou a respeito de festas anuais ou de lua nova ou de sábados, que são apenas sombra de coisas que haviam de vir, mas a realidade é o corpo de Cristo” (Col 2,16-17). A observância do sábado era algo pedagógico: servia para preparar os judeus para o domingo. Neste sentido, há um mandamento da Igreja que prescreve que devemos guardar domingos e festas de preceito. Na prática, significa ir à Missa e ter o necessário descanso para o corpo nestes dias preceituados. Contudo, a nossa observância do domingo não é rígida como a dos judeus, pois nós, os cristãos, podemos fazer o bem no domingo, ajudar os outros e, em algum caso, até mesmo trabalhar, com maior razão quando este trabalho é para o bem do próximo, como no caso dos médicos e das enfermeiras. Quanto à Missa, hoje em dia não é muito difícil cumprir o preceito, uma vez que se pode ir à Missa do sábado, a qual já vale para o domingo se for a partir do meio-dia, com qualquer formulário, isto é, mesmo que o padre não reze a liturgia do domingo.

Pe. Françoá Costa

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