RITOS INICIAIS
Salmo 67, 6-7.36
ANTÍFONA DE ENTRADA: Deus vive na sua morada santa, Ele prepara uma casa para o pobre. É a força e o vigor do seu povo.
Introdução ao espírito da Celebração
Jesus fala-nos hoje dum tesouro que todos temos de descobrir, vendendo tudo para o alcançar. Só ele vale a pena. Peçamos ao Senhor e coragem para seguir os seus ensinamentos.
Para ouvir a Jesus é preciso purificar o coração. Examinemo-nos e peçamos perdão dos nossos pecados.
ORAÇÃO COLECTA: Deus, protector dos que em Vós esperam: sem Vós nada tem valor, nada é santo. Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia, para que, conduzidos por Vós, usemos de tal modo os bens temporais que possamos aderir desde já aos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura
Monição: Salomão pede a Deus não dinheiro ou poder mas a sabedoria para desempenhar bem a sua missão. É uma lição muito importante para nós.
1 Reis 3, 5.7-12
Naqueles dias, 5O Senhor apareceu em sonhos a Salomão durante a noite e disse-lhe: «Pede o que quiseres». 7Salomão respondeu: «Senhor, meu Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu sou muito novo e não sei como proceder. 8Este vosso servo está no meio do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, que não se pode contar nem calcular. 9Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente, para saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?» 10Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão e disse-lhe: 11«Porque foi este o teu pedido, e já que não pediste longa vida, nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos, mas sabedoria para praticar a justiça, 12vou satisfazer o teu desejo. Dou-te um coração sábio e esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti».
A leitura é tirada do 1° Livro dos Reis, cuja figura central dos primeiros capítulos é Salomão, o rei sábio (3, 1 – 5, 15), construtor (5, 15 – 9, 25) e comerciante (9, 26 – 10, 29). A glória de Salomão, em especial a sua sabedoria, é-nos apresentada aqui como recompensa divina para a sua piedade e desprendimento: «agradou ao Senhor que Salomão tivesse feito este pedido» (v. 10).
5 «Gábaon». Localidade a cerca de onze quilómetros a Noroeste de Jerusalém (hoje. el-Gib) onde se encontrava o mais importante «lugar alto» (santuário situado no cimo dum monte). Ver 2 Cron 1, 3.
7 «Sou muito novo e não sei como proceder», à letra, sou um menino pequeno que não sabe sair nem entrar, isto é, tratar de negócios, governar. Sair e entrar é um hebraísmo muito corrente, uma forma figurada de falar, tirada da vida pastoril, em que o pastor mostra a sua capacidade saindo e entrando bem como todo o rebanho.
Salmo Responsorial
Sl 118, 57.72.76-77.127-128.129-130 (R . 97a )
Monição: Temos não só de cumprir os mandamentos mas amá-los, como o salmista nos anima a fazer. Eles são o caminho da verdadeira sabedoria.
Refrão: QUANTO AMO, SENHOR, A VOSSA LEI!
Senhor, eu disse: A minha herança
é cumprir as vossas palavras.
Para mim vale mais a lei da vossa boca
do que milhões em ouro e prata.
Console-me a vossa bondade,
segundo a promessa feita ao vosso servo.
Desçam sobre mim as vossas misericórdias e viverei,
porque a vossa lei faz as minhas delícias.
Por isso, eu amo os vossos mandamentos,
mais que o ouro, o ouro mais fino.
Por isso, eu sigo todos os vossos preceitos
e detesto todo o caminho da mentira.
São admiráveis as vossas ordens,
por isso, a minha alma as observa.
A manifestação das vossas palavras ilumina
e dá inteligência aos simples.
Segunda Leitura
Monição: Deus escolheu-nos a cada um de nós não apenas para existir, mas para sermos santos, configurados à imagem de seu Filho.
Romanos 8, 28-30
Irmãos: 28Nós sabemos que Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam, dos que são chamados, segundo o seu desígnio. 29Porque os que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que Ele seja o Primogénito de muitos irmãos. 29E àqueles que predestinou, também os chamou; àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou.
Estas breves e incisivas palavras são das mais belas sínteses paulinas e estão na linha dos ensinamentos centrais de Romanos: a confiança mais absoluta em Deus, que há-de levar a cabo a obra já começada de salvar os seus fiéis. É certo que S. Paulo admite noutras passagens a possibilidade de que estes não se venham a salvar; mas, se isso vier a suceder, não pode ser por uma falha de Deus, mas apenas por uma atitude plenamente deliberada do homem resgatado. A nossa esperança é firmíssima (cf. Rom 5, 5.10), porque temos dentro de nós o próprio Espírito Santo, que vem em ajuda da nossa fraqueza, intercedendo por nós com gemidos inefáveis (cf. Rom 8, 26), e Deus Pai ouve esta intercessão, porque está plenamente conforme com Ele mesmo (v. 27). Além disso, por uma Providência amorosíssima, «Deus concorre, em tudo para o bem daqueles que O amam» (v. 28), o que também corresponde ao aforismo popular: «Deus escreve direito por linhas tortas».
29-30 O desígnio salvador de Deus é aqui explicitado em cinco etapas (já explicitadas noutras passagens): Deus «conheceu-nos de antemão», isto é, olhou-nos com amor; «predestinou-nos para sermos conformes à imagem do seu Filho», sendo um só com Cristo; «chamou-nos»; «justificou-nos»; «glorificou-nos». É certo que ainda não estamos na plena posse da glória que nos está garantida (cf. vv. 17-18), mas a verdade é que já a podemos considerar adquirida, dada a nossa íntima união a Cristo ressuscitado na sua glória; é por isso que os gramáticos consideram esta forma verbal do passado – glorificou-nos – como um «aoristo proléptico» (são frequentes em S. Paulo as figuras da prolepse).
Aclamação ao Evangelho
Mt 11, 25
Monição: Jesus vai falar-nos dum tesouro que é o único que vale a pena. Escutemos atentos o que nos diz para o alcançarmos.
ALELUIA
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.
Evangelho*
* O texto entre parêntesis pertence à forma longa e pode ser omitido.
Forma longa: São Mateus 13, 44-52 Forma breve: São Mateus 13, 44-46
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 44«O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. 45O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. 46Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola.
[47O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. 48Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não presta deitam-no fora. 49Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos 50e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. 51Entendestes tudo isto?» Eles responderam-Lhe: «Entendemos». 52Disse-lhes então Jesus: Por isso, todo o escriba instruído sobre o Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas».]
Nesta leitura podemos distinguir três unidades: as parábolas do tesouro e da pérola (vv. 44-46); a parábola da rede (w. 47-50); e a conclusão final do discurso das parábolas (vv. 51-52). As duas primeiras parábolas são equivalentes e a da rede é paralela à do trigo e do joio (vv. 36-43).
44-46 As parábolas do tesouro escondido e da pérola rara deixam ver, antes de mais, que o Reino dos Céus é o maior bem que o homem pode chegar a conseguir; tudo o resto é relativo. Também parece significativo que tanto o pobre jornaleiro, como o negociante (este rico certamente) entregam tudo o que têm para chegarem à posse do tão precioso bem almejado. No entanto, cada uma das duas parábolas põe o acento num aspecto particular do Reino: o tesouro foca a abundância dos seus bens; a pérola, a sua beleza. Não parece que os pormenores em que ambas as parábolas divergem sejam didacticamente significativos, pois devem ser meros pormenores narrativos: assim a casualidade da descoberta do tesouro e o achado da pérola após longa procura; o tesouro está escondido e a pérola é apresentada. Também não é significativo o facto de que o homem que acha o tesouro o esconda, pois seria a aprovação dum expediente fraudulento; com efeito, o ensinamento da parábola não versa sobre isto: o que interessa, como lição, é a atitude do homem que se desprende de tudo para obter o tesouro escondido.
52 O longo discurso das parábolas termina com o elogio do escriba cristão, que se faz discípulo: «o escriba instruído sobre o Reino dos Céus». Este, como um senhor endinheirado, «tira do seu tesouro coisas novas e velhas», isto é, administra toda a riqueza da Antiga Aliança (que Cristo não rejeitou: cf. Mt 5, 17) e toda a riqueza da novidade evangélica. O discípulo de Cristo não possui só para si a riqueza do tesouro do Evangelho, mas tira do seu tesouro, para tornar os homens, seus irmãos, participantes de tão grande bem.
Sugestões para a homilia
Um tesouro
Um coração inteligente
Conformes à imagem de Seu Filho
Um tesouro
Corremos o risco de andar pela vida atrás de bolas de sabão. No evangelho Jesus fala do tesouro que todos podemos encontrar de verdade. Temos de vender tudo, pôr todas as coisas em segundo lugar por causa desse tesouro, que é a único que vale a pena.
Santo Inácio de Loiola descobriu esse tesouro quando foi parar ao hospital com uma perna partida, em combate contra os franceses em Pamplona. Ao ler a vida dos santos e a de Jesus resolveu deixar as glórias mundanas para se entregar totalmente ao serviço de Deus, fazendo-se sacerdote.
Foi estudar para a Universidade de Paris e ali encontrou um conterrâneo, Francisco Xavier. Este era um excelente aluno e candidato a professor da universidade. Inácio, que se tornara seu amigo, ia-lhe repetindo as palavras do Evangelho: Francisco, que vale ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?
E Xavier decidiu-se a deixar as ambições humanas e seguir o ideal de Inácio. Acabou ordenando-se sacerdote e partiu para a Índia como missionário. Pregou o Evangelho de Jesus nas terras indianas, na Malásia, na actual Indonésia e no Japão. Morreu às portas da China, onde se dirigia para levar também ali o Evangelho.
Da Índia escrevia, um dia, a Santo Inácio pedindo missionários: «Muitas vezes me vem ao pensamento ir aos colégios da Europa, levantando a voz como homem que perdeu o juízo e, principalmente, à Universidade de Paris, falando na Sorbona aos que têm mais letras que vontade para se disporem a frutificar com elas. Quantas almas deixam de ir à glória e vão ao inferno por negligência deles! E se assim como vão estudando as letras estudassem a conta que Deus Nosso Senhor lhes pedirá delas e do talento que lhes deu, muitos se moveriam a procurar conhecer e sentir dentro de si a vontade divina…dizendo: Senhor, eis-me aqui; que quereis que eu faça. Mandai-me para onde quiserdes; e se for preciso até mesmo para a Índia» (Epist. de S.Francisco Xavier)
S.Francisco Xavier soube agarrar o tesouro da sua vida, entregando tudo sem regatear. É uma lição sempre actual em especial para a juventude do nosso tempo. Tantas vezes se perde numa vida fútil e sem sentido. Por culpa muitas vezes dos pais e educadores que não os ajudam a descobrir o verdadeiro tesouro.
Um coração inteligente
Salomão pediu a Deus a sabedoria para governar bem o seu povo -ouvíamos na primeira leitura. E o Senhor fica contente com o seu pedido e dá não só a sabedoria mas também o que não Lhe pedira: a riqueza e o poder e uma vida longa.
Hoje o orgulho cegou muitos homens. Não têm a sabedoria verdadeira, que vem de Deus e fazem propaganda dos maiores disparates. Orgulham-se dos seus estudos e não passam de loucos. Porque a verdadeira sabedoria não se aprende nas escolas, mas no colo da mãe, nos bancos da catequese e na oração.
A verdadeira sabedoria anda ligada com a fé. Temos de pedi-la e cultivá-la na oração. Temos de alimentá-la com a escuta da Palavra de Deus na Santa Missa, no estudo pessoal e na leitura piedosa e nos meios de formação espiritual que Deus põe ao nosso alcance.
Temos de viver a nossa fé cumprindo fielmente os mandamentos na vida de cada dia. Não pode ser como a capa da irmandade, que se veste de quando em vez. Se tu não vives como pensas acabas por pensar como vives -dizia alguém com razão.
Havemos de encontrar na Lei de Deus a nossa alegria. «A vossa lei faz as minhas delicias… Eu amo os vossos mandamentos mais que o ouro, o ouro mais fino» – dizia o salmista.
Aprofundemos a nossa fé, deixemo-nos guiar por ela sem condições e encontraremos a alegria verdadeira já neste mundo e saberemos comunicá-lo aos outros, porque este tesouro não é só para nós. E aumenta na medida em que se reparte.
Conformes à imagem de Seu Filho
S.Paulo dizia-nos que «Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam» (2ª leit.). Ser santo é ser feliz. Mesmo no meio das coisas desagradáveis da vida, que Deus permite para nosso bem. Tudo é para bem se amamos a Deus. A única desgraça é o pecado, sobretudo o pecado mortal, porque nos afasta de Deus, fonte da alegria. Omnia in bonum – tudo é para bem – gostava de rezar como jaculatória S.Josemaria, repetindo as palavras de S.Paulo.
Deus escolheu-nos, chamou-nos à vida. E tem um projecto maravilhoso para cada um de nós. «Predestinou-nos para sermos à imagem do Seu Filho». Quer que sejamos santos e dá-nos as graças para isso, por meio de Jesus na Sua Igreja.
Ninguém pode desculpar-se que não pode ser santo. Essa é a meta de cada um dos cristãos, como lembrava João Paulo II no começo do 3º milénio ao lançar um programa para toda a Igreja: «Colocar a programação pastoral sob o signo da santidade é uma opção carregada de consequências. Significa exprimir a convicção de que, se o Baptismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus, através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial… Como explicou o Concílio, este ideal de perfeição não deve ser objecto de equívoco vendo nele um caminho extraordinário, a ser percorrido apenas por algum ‘génio’ da santidade. Os caminhos da santidade são variados e apropriados à vocação de cada um. Agradeço ao Senhor por me ter concedido, nestes anos, beatificar e canonizar muitos cristãos, entre os quais numerosos leigos que se santificaram nas condições ordinárias da vida. É hora de propor de novo a todos, com convicção, esta ‘medida alta’ da vida cristã ordinária: toda a vida da comunidade eclesial e das famílias cristãs deve apontar nesta direcção. Mas é claro também que os percursos da santidade são pessoais e exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (Novo Millenio, 31)
Ser santo é parecer-se com Jesus Cristo, sermos conformes à Sua imagem. E isso realiza-se pela graça de Deus, que recebemos no baptismo e nos identifica com Ele. À medida que vamos crescendo na graça vamo-nos parecendo cada vez mais com Jesus.
Realiza-se também pelo esforço pessoal de cada um de nós, se procuramos conhecer cada vez melhor a vida de Jesus e imitá-Lo em nossa vida de cada dia.
«É esse amor de Cristo – diz um santo do nosso tempo – que cada um de nós deve esforçar-se por realizar na própria vida. Mas para sermos ipse Christus – o próprio Cristo – é preciso que nos contemplemos nEle. Não basta termos uma ideia geral do espírito de Jesus, mas é preciso aprender dEle pormenores e atitudes. E sobretudo é preciso contemplar a Sua passagem pela terra, as Suas pisadas, para extrair daí força, luz, serenidade, paz.
Quando amamos uma pessoa, desejamos conhecer até os menores detalhes da sua existência, do seu carácter, para assim nos identificarmos a ela. É por isso que temos que meditar na história de Cristo, desde o seu nascimento num presépio até à Sua morte e Sua ressurreição. Nos meus primeiros anos de actividade pastoral, costumava oferecer exemplares do Evangelho ou livros em que se narrasse a vida de Jesus. Porque é preciso que conheçamos bem, que a tenhamos toda inteira na cabeça e no coração, de modo que, em qualquer momento, sem necessidade de livro algum, fechando os olhos, possamos contemplá-la como num filme; de forma que, nas mais diversas situações da nossa existência, acudam à nossa memória as palavras e os actos do Senhor». (S.JOSEMARIA, Cristo que passa,107)
Que a Virgem nos anime nesta busca da santidade, da verdadeira sabedoria.
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Aceitai, Senhor, os dons que recebemos da vossa generosidade e trazemos ao vosso altar, e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam às alegrias eternas. Por Nosso Senhor.
SANTO
Monição da Comunhão
A Eucaristia é para nós o pão da vida que nos fortalece no caminho da santidade. Nele nos vamos identificando com Cristo e transformando-nos nEle.
Salmo 102, 2
ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças os seus benefícios.
Ou
Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho, fazei que este dom do seu amor infinito sirva para a nossa salvação. Por Nosso Senhor.
RITOS FINAIS
Monição final
Somos chamados a configurar-nos com Cristo em nossa vida de cada dia. Vamos lutar por ser santos de verdade.
HOMILIAS FERIAIS
17ª SEMANA
2ª Feira 28-VII: A transformação do mundo.
Jer 13, 1-11 / Mt 13, 31-35
O reino dos Céus é semelhante a um fermento que uma mulher tomou e meteu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
Com a imagem do fermento (cf. Ev), o Senhor recorda-nos a nossa responsabilidade no convívio com as outras pessoas na família, no trabalho, etc., de tal maneira que consigamos transformar o ambiente em que vivemos.
Isto será possível se estivermos muito unidos ao Senhor, para podermos conseguir estar muito unidos aos outros É o que deduzimos da imagem da faixa: «Tal como a faixa se une à cintura do homem, assim eu tinha unido toda a casa de Israel… Mas eles não quiseram» (Leit).
3ª Feira, 29-VII: S. Marta:
1 Jo 4, 7-16 / Jo 11, 19-27
Marta disse então Jesus: Se tivesses estado aqui, Senhor, meu irmão não teria morrido.
Os irmãos de Betânia mantinham uma grande amizade com o Senhor, e lá procurava descansar e se sentia bem acompanhado. Marta oferecia-lhe a hospitalidade (cf. Oração); e pediu-lhe pela ressurreição do irmão Lázaro (cf. Ev) e conseguiu-o.
Imitemos a hospitalidade de Marta, acolhendo bem o Senhor e as pessoas amigas; imitemos a sua oração confiada, pedindo pela resolução dos problemas de amigos e conhecidos. O Senhor não deixará de nos ouvir, porque «foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados» (Leit).
4ª Feira, 30-VII: A descoberta dos tesouros.
Jer 15, 10. 16-21 / Mt 13, 44-46
O reino dos Céus é semelhante a um tesouro, escondido num campo.
Para entrar no reino, Jesus «exige uma opção radical: para adquirir o reino é preciso dar tudo (cf. Ev). As palavras não bastam, exigem-se actos» (CIC, 546). Precisamos dedicar toda uma vida à edificação do reino de Deus: primeiro dentro de nós (vida sacramental e oração) e, depois, à nossa volta (entregando-nos ao serviço dos irmãos, dando testemunho de Cristo).
A própria palavra de Deus é um tesouro e um alimento: «Quando apareciam as vossas palavras, Senhor, eu logo as tomava como alimento» (Leit).
5ª Feira, 31-VII: Ajudar na imagem da Igreja.
Jer 18, 1-6 / Mt 13, 47-53
O Reino dos Céus é também semelhante a uma grande rede que foi lançada a mar e apanhou toda a espécie de coisas.
Esta rede lançada ao mar (cf. Ev) é a imagem da Igreja, em cujo seio há justos e pecadores. «A Igreja é santa no seu Fundador, nos seus meios, mas formada por homens pecadores; temos que contribuir para melhorá-la e ajudá-la a uma fidelidade sempre renovada» (João Paulo II).
Sendo uma fonte de santidade, põe à nossa disposição todos os meios para encontrarmos Deus. Recebamo-los com toda a devoção e docilidade: «Como o barro está nas mãos do oleiro, assim vós estais nas minhas mãos» (Leit).
6ª Feira, 1-VIII: As referências de Deus.
Jer 26, 1-9 / Mt 13, 54-58
Não é ele o filho do carpinteiro? Não tem sua Mãe o nome de Maria? Donde lhe vem tudo isto?
Os conterrâneos de Jesus ficam apenas no puramente humano, esquecendo o poder divino de Cristo (cf. Ev).
É necessária uma conversão para poder descobrir Deus nos acontecimentos correntes, nas pessoas: «Talvez eles queiram escutar e se arrependa cada um do seu mau proceder» (Leit). Se fizermos o nossos trabalho bem feito aos olhos de Deus, que tudo fez bem; se formos bons filhos de Nossa Senhora, ajudaremos muitos a aproximarem-se de Jesus, que era conhecido pelo seu trabalho e pela sua Mãe (cf. Ev).
Sábado, 2-VIII: O martírio: encarnação do Evangelho.
Jer 26, 11-26 / Mt 14, 1-12
O rei ficou triste mas, devido aos juramentos e aos convivas…, mandou um emissário decapitar João na cadeia.
Os intervenientes nas duas leituras de hoje tiveram sortes diferentes, mas ambos defenderam a verdade: Isaías foi poupado (esse homem não deve ser condenado à morte: cf. Leit) e João Baptista foi decapitado (cf. Ev).
Os mártires anunciaram o Evangelho e deram dele um testemunho com a sua vida, que terminou com efusão de sangue. Tendo a convicção de que não podiam viver sem Cristo, estiveram prontos a dar a vida por Ele. O Senhor é o salvador do homem e este só n’Ele encontra a verdade da sua vida
Celebração e Homilia: CELESTINO CORREIA
Nota Exegética: GERALDO MORUJÃO
Homilias Feriais: NUNO ROMÃO
Sugestão Musical: DUARTE NUNO ROCHA