RITOS INICIAIS
Salmo 24, 16.18
ANTÍFONA DE ENTRADA: Olhai para mim, Senhor, e tende compaixão, porque estou só e desamparado. Vede a minha miséria e o meu tormento e perdoai todos os meus pecados.
Introdução ao espírito da Celebração
A procura da determinação do sentido da vida humana, o seu lugar no marco da relação com Deus e, por motivo, a diferenciação da verdadeira e a falsa religiosidade é o objectivo fundamental dos textos da liturgia dominical.
A actuação humana descreve-se como «responsabilidade», capacidade de dar uma resposta adequada a uma palavra divina produtora de vida, e ao mesmo tempo, como possibilidade de irresponsabilidade, de falta de resposta a essa iniciativa.
Que esta Eucaristia seja o momento de manifestarmos a nossa adesão à voz de Deus. É que a vida só pode realizar-se em plenitude por meio da fidelidade à Aliança Divina.
ORAÇÃO COLECTA: Deus todo-poderoso e eterno, cuja providência não se engana em seus decretos, humildemente Vos suplicamos: afastai de nós todos os males e concedei-nos todos os bens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura
Monição: O leitura do Deuteronómio evoca a realidade da graça de Deus, própria da Aliança, que cria a possibilidade de uma vida em plenitude. Fora dela somente é possível encontrar a presença da morte na humanidade.
Deuteronómio 11, 18.26-28.32
Moisés falou ao povo nestes termos: 18«As palavras que eu vos digo, gravai-as no vosso coração e na vossa alma, atai-as à mão como um sinal e sejam como um frontal entre os vossos olhos. 26Ponho hoje diante de vós a bênção e a maldição: 27a bênção, se obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos prescrevo; 28a maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, afastando-vos do caminho que hoje vos indico, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.32Portanto, procurai pôr em prática todos os preceitos e normas que hoje vos proponho».
O texto pertence à 2ª parte do Deuteronómio, a parte fundamental, em forma de um longo discurso de Moisés, o segundo (Dt 4, 44 – 28, 68), que precede imediatamnete o chamado Código Deuteronómico, ou Aliança de Moab (Dt 12, 1 – 26, 15), adiantando as bênçãos e maldições que serão apresentadas de forma mais desenvolvida a concluir o discurso (Dt 27 e 28).
18 No tempo de Jesus, os fariseus tomavam à letra estas palavras, e atavam com fitas à testa e ao braço as chamadas filactérias, umas caixinhas contendo tiras de pergaminho com certas passagens da Lei, como esta: Dt 11, 13-21; 6, 4-9; Ex 13, 1-16 (cf. Mt 23, 5).
Salmo Responsorial Sl 30 (31), 2-3a.3bc-4.17.25 (R. 3b)
Monição: Só na medida em que estivermos unidos a Cristo, como os ramos estão unidos à videira, poderemos permanecer coerentes na nossa fé. Supliquemos o auxílio de Deus, Ele que é o nosso refúgio.
Refrão: SEDE O MEU REFÚGIO, SENHOR.
Em Vós, Senhor, me refugio, jamais serei confundido,
pela vossa justiça, salvai-me.
Inclinai para mim os vossos ouvidos,
apressai-Vos em me libertar.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação;
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.
Tende coragem e animai-vos,
vós todos que esperais no Senhor.
Segunda Leitura
Monição: S. Paulo lembra-nos, na segunda leitura, que a graça de Deus já se manifestou em Jesus Cristo, que tornou visível a justiça de Deus testificada pela lei e pelos profetas. Na sua acção e no seu projecto encontramos a forma de realizar a vida em comunhão com Deus de cuja glória todos estávamos privados.
Romanos 3, 21-25a.28
Irmãos: 21Independentemente da Lei de Moisés, manifestou-se agora a justiça de Deus, de que dão testemunho a Lei e os Profetas; 22porque a justiça de Deus vem pela fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os crentes. De facto não há distinção alguma, 23porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus; 24e todos são justificados de maneira gratuita pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus, 25aque Deus apresentou como vítima de propiciação, mediante a fé, pelo seu sangue, para manifestar a sua justiça. 28Na verdade, estamos convencidos de que o homem é justificado pela fé, sem as obras da Lei.
21 «Foi sem a Lei do Moisés». A salvação trazida por Cristo, embora seja «atestada pela Lei e pelos Profetas», não procede da força da Lei mosaica, que não tem força para justificar ninguém, apenas para tornar mais patente o que é pecado. «Manifestou-se agora», isto é, no tempo presente, após a obra salvadora de Jesus Cristo, «a justiça de Deus»: não é a justiça vindicativa de Deus, chamada ira de Deus nesta epístola (Rom 1, 18 – 3, 20). É, pelo contrário, a acção salvífica de Deus que justifica, ou torna santo o homem.
22 «Vem pela fé em Jesus Cristo». A fé é a condição básica fixada por Deus para que o homem possa aproveitar-se da salvação trazida por Cristo: o mínimo. que Deus pode exigir é que os beneficiários da sua misericórdia reconheçam o valor da morte redentora do seu Filho. «Para todos os crentes sem distinção», pois a salvação é para todos, não apenas para uns privilegiados, uma raça eleita, o povo de Israel, destinatário da Lei; ela é para todos os homens, com a condição de que sejam crentes, isto é, de que tenham fé (v. 28; cf. Rom 1-17).
23 «Todos pecaram e estão privados da glória de Deus». Aqui trata-se da glória de Deus, enquanto participada pelo homem, uma espécie de revérbero da majestade e presença divina na alma humana, que a Teologia chama .graça santificante. Pelo pecado original toda a humanidade ficou privada da graça e amizade divina (cf. Rom 5, 12-21).
24 «Todos são justificados de maneira gratuita», isto é, sem méritos antecedentes do pecador, «pela sua graça», ou seja, unicamente pela benevolência divina, por puro favor, que nenhum esforço humano podia merecer (muitos autores vão mais longe, e entendem aqui o dom da graça santificante); «por meio da Redenção»: pela obra salvadora de Cristo, que é aqui chamada «redenção»; pergunta-se se este termo indica um resgate pago, isto é, se o sangue de Cristo deve ser entendido como preço de resgate? Que Cristo nos resgatou com o seu sangue é uma verdade de fé, que não pode estar em questão, no entanto, discute-se se nesta passagem se quer exprimir isto mesmo, uma vez que a palavra apolytrôsis não engloba necessariamente a noção de resgate, como é o caso de quando os LXX a referem à libertação do Egipto, e também em Lc 21, 28; Rom 8, 23: 1 Cor 1, 30; Ef 1, 14; 4, 30; Hebr 11, 35). Porem, dada a semelhança desta passagem com tantas outras em que se diz expressamente que os cristãos foram «comprados por um preço» (1 Cor 6, 20; 7, 23; Gal 3, 13; 2 Pe 2, 1; Apoc 5, 9; cf. Mt 20, 28; Mc 10, 45; Act 20, 28; 1 Pe 1, 18), é mais provável que neste versículo se expresse a ideia de resgate. Nesta linha se situa a tradução litúrgica ao empregar a palavra «redenção» e não «libertação».
25 «Deus apresentou-o como aquele que expia os pecados pelo seu Sangue», à letra: como o propiciatório. O propiciatório (em grego hilastêrion, em hebraicokapóreth) era a placa de oiro que cobria a arca da aliança e que no dia da festa anual da expiação (o Yiom Kipur) era aspergida com sangue de vítimas pelo sumo sacerdote para a expiação dos pecados do povo (cf. Ex 25; Lv 16). Nesta mesma linha, Jesus seria o novo propiciatório, isto é, o novo meio ou instrumento de expiação, o novo lugar que a misericórdia de Deus nos apresenta e oferece para obtermos o perdão dos pecados. No entanto, a tradução litúrgica preferiu outra interpretação (permitida pelo original grego), a saber, o propiciador: Jesus é, assim, Aquele que expia os pecados. Mas ainda era possível uma terceira tradução: «Deus apresentou-o como um sacrifício expiatório», (como vítima de expiação, traduzem alguns). Esta última tradução, favorecida pelo contexto, em especial pela referência ao «Sangue derramado» – isto é, um sangue de sacrifício –, tem a vantagem de pôr em evidência a doutrina da fé segundo a qual a Morte de Cristo foi um verdadeiro sacrifício de propiciação ou expiação dos nossos pecados, doutrina aliás contida claramente no Novo Testamento (cf. Mt 26, 28 par; 1 Cor 11, 24-25; 15, 3; Ef 1, 7; 5, 2; Col 1, 20; Hebr 1, 12-14; 1Pe 1, 18-19). «Por meio da fé»: Jesus Cristo realizou o que a Teologia chama a redenção objectiva, mas nós somos justificados pessoalmente fazendo nossa essa mesma expiação (redenção subjectiva ou aplicada), mediante a fé em Cristo.
28 «O homem é justificado pela fé, sem as obras da Lei». A tradução litúrgica, por motivo de clareza, explicita: «sem as obras que a Lei de Moisés determina». A principal obra da Lei, que os cristãos judaizantes queriam impor como elemento indispensável da justificação, era a circuncisão. Na epístola aos Gálatas o Apóstolo tinha-se insurgido muito energicamente contra estes traficantes do Evangelho, nesta epístola, porém, limita-se a expor serenamente o princípio de que a justificação é puro dom gratuito de Deus, não é um prémio devido a obras especiais (as práticas da Lei mosaica) que só uns privilegiados podiam executar. A salvação é para todos, quer sejam judeus, quer sejam gentios: não tem, pois, sentido judaizar para obter a salvação, que é gratuita e universal. Note-se que Lei de Moisés perdeu a sua vigência no que tem de ritual ou cultural, não no que se refere à Lei moral, que Cristo não veio abolir, mas explicar e levar à sua perfeição (cf. Mt 5).
Aclamação ao Evangelho
Jo 15, 5
Monição: Pela sua vida e pelas suas palavras, Jesus revelou-nos, perfeita e seguramente, o Pai, de tal modo que, desde o momento em que o Filho de Deus se fez Filho do Homem, Deus deixou de ser e inacessível e inatingível. Em Jesus, sacramento de encontro com Deus, o homem entrou, definitivamente, em comunhão de pensamento e de vida com o Pai. Esta comunhão com Deus é possível, mesmo neste tempo que decorre entre a partida de Jesus e a sua vinda final. Com efeito na Igreja de Jesus foi-nos preparada uma morada, na qual temos acesso permanente ao Pai, «num único espírito» (Ef 2, 18).
ALELUIA
Eu sou a videira e vós sois os ramos, diz o Senhor: quem permanece em Mim dá muito fruto.
Evangelho
São Mateus 7, 21-27
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21«Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. 22Muitos Me dirão no dia do Juízo: ‘Senhor, não foi em teu nome que expulsámos demónios e em teu nome que fizemos tantos milagres?’ 23Então lhes direi bem alto: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade’. 24Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. 26Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».
O «Discurso da Montanha» de Mateus (Mt 5 – 7), belamente construído a partir de variados e dispersos ensinamentos de Jesus, com o objectivo nos dar, logo de entrada, uma visão global do que poderíamos chamar o programa do Reino dos Céus, atinge aqui a sua conclusão, encerrando-o com chave de ouro.
21-23 O cerne do Reino do Céus está em fazer a vontade do Pai que está nos Céus, sem o qual tudo, a saber, a própria confissão de fé – «Senhor, Senhor» –, bem como os mais singulares carismas – «profetizar em nome de Jesus, expulsar demónios, fazer prodígios» –, tudo é vão. Notar como Jesus fala com uma autoridade suprema, muito superior à dos Profetas, ao apresentar-se como o próprio Juiz dos homens, o que implica uma autoridade suprema e exclusiva de Deus.
24-27 A parábola do homem que constrói a sua «casa sobre a rocha» chama a atenção para a segurança que dão os ensinamentos de Jesus a quem se esforça por pô-los em prática: nada o poderá abalar, nem mesmo as mais fortes tribulações, contradições, ou perseguições; pelo contrário, tentar construir a sua vida fora ou à margem de Jesus é «construir sobre a areia», é estar votado ao fracasso e a uma desastrosa ruína final.
Sugestões para a homilia
1. Renovação de vida
2. Dois caminhos
3. A justiça de Deus
4. Um critério para a autenticidade das celebrações eucarísticas
1. Renovação de vida
O Evangelho, centro da Liturgia da Palavra, proclama solenemente que muitos hão-de julgar ter vivido em comunhão com Cristo, mas, no fim, ficarão totalmente surpreendidos, pois o Senhor não os identificará como seus seguidores.
Como poderemos reconhecer que não estamos a seguir por caminho errado? Muito simplesmente: quem se limita a conhecer os mandamentos e a admirá-los, mas não os põe em prática, engana-se a si próprio. Isto é, não basta invocar muito bem a Jesus chamando-Lhe «Senhor». falando em Seu nome e até fazer coisas extraordinárias, como expulsar demónios e fazer milagres. O que na realidade vale diante de Deus não são as obras extraordinárias, mas o cumprimento constante da Sua vontade. é necessário, pois, uma renovação de vida e o enriquecimento interior com obras de amor em favor dos irmãos.
Por isso, Jesus chama insensatos a todos aqueles que não praticam esta renovação interior comparando-os a uma pessoa que constrói a casa sobre areia e não sobre alguma coisa sólida de modo que possa resistir ao «juízo» de Deus. Enquanto os homens são capazes de aplaudir e ficar extasiados com pessoas que praticam acções tidas como extraordinárias, mas moralmente pouco ou nada recomendáveis, por conseguinte feridas de fragilidade, perante Deus, somente as construções sólidas, alicerçadas na fortaleza da justiça, do amor e do compromisso sério, serão valorizadas.
2. Dois caminhos
Daí que a primeira leitura nos lembre as palavras de Moisés, ao transmitir a vontade de Deus aos Israelitas. A Aliança, que o Senhor quis estabelecer com o Seu Povo e que este aceitou, tem que concretizar-se na escolha de um de dois caminhos: aquele que conduz à bênção e à felicidade ou aquele outro que conduz à maldição e à infelicidade.
A bênção e a felicidade concretizam-se na obediência e fidelidade aos mandamentos. Seremos infelizes se nos cingirmos à idolatria, isto é, à prática de ritualismos puramente externos. Deus recomenda uma coisa muito curiosa. Diz para atar as suas leis nas mãos e para as manter diante dos olhos. Ainda hoje quem for a Jerusalém se apercebe deste levar à letra da Palavra de Deus, pois verifica que determinados judeus rezam voltados para o Muro das Lamentações com duas pequenas caixas com algumas frases da Bíblia, uma atada no braço e a outra na testa.
Na realidade, o sentido profundo desta recomendação traduz-se desta forma: em qualquer altura ou situação da nossa vida, a Sua lei deve sempre guiar os nossos pensamentos (manter diante dos olhos) e conduzir as nossas acções (ser atada nos braços).
Que caminho escolhemos? Como concebemos nós os mandamentos da Lei: um código de ritualismo externo ou uma relação amorosa entre Pai e filho? O filho, que é cada um de nós, tendo diante de si os mandamentos procura pôr neles o próprio coração? Será esse o caminho que escolhemos para a nossa «justificação»?
3. A justiça de Deus
S. Paulo, na segunda leitura, fala-nos precisamente da «justificação», isto é, da salvação. «Justificação», «justiça» e «juízo» na Bíblia, são palavras que indicam uma acção benevolente de Deus. São identificadas como bênção e misericórdia de Deus. «Deus vem para julgar»: significa que Ele vem para distribuir os seus favores.
Ora, a nossa «justificação», é a nossa salvação operada por Deus através do Mistério Pascal de Seu Filho Jesus. Uma vez que aderimos sinceramente a Ele, tornamo-nos justos e santos, por acção gratuita de Deus.
Estas palavras do Apóstolo devem levar-nos a reflectir seriamente sobre a nossa adesão a Jesus Cristo. Fará Ele, realmente, parte integrante da nossa vida? Fora d’Ele não existe salvação e felicidade. Se assim é, o que significa para nós ser cristão? É apenas um facto tradicional ou algo que nos liga realmente a Cristo, à Sua Pessoa, à Sua doutrina?
Reflictamos sobre isto e interroguemo-nos com seriedade se não andaremos a clamar «Senhor, Senhor» correndo o risco de não sermos reconhecidos como seus seguidores.
4. Um critério para a autenticidade das celebrações eucarísticas
Em Ano da Eucaristia, somos convidados a escutar saudosos a voz do Papa João Paulo II, o Grande, que nos interrogava: «Por que não fazer então deste Ano da Eucaristia um período em que as comunidades diocesanas e paroquiais se comprometem de modo especial em ir com obras de fraternidade ao encontro de alguma das tantas pobrezas do nosso mundo? Penso no drama da fome que atormenta centenas de milhões de seres humanos, penso nas doenças e flagelam os Países em vias de desenvolvimento, na solidão dos anciãos, nas dificuldades dos desempregados, nas viagens dos imigrantes. Estes são males que afectam – ainda que em medida diversa – até as regiões mais opulentas. Não podemos iludir-nos: pelo amor recíproco e, em particular, pela solicitude para com quem está em necessidade seremos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo (cf. Jo 13, 35; Mt 25, 31-46). É este o critério na base do qual será comprovada a autenticidade das nossas celebrações eucarísticas» (MND 28).
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Confiando na vossa bondade, Senhor, trazemos ao altar os nossos dons, para que estes mistérios que celebramos nos purifiquem de todo o pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Monição da Comunhão : Assim como Jesus, anunciou o mandamento novo e tornou-se realidade pela entrega da Sua vida na Cruz e na Eucaristia, assim sejamos nós sementes de vida para o mundo.
Salmo 16, 6
ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Escutai, Senhor, as minhas palavras, respondei-me quando Vos invoco.
Ou
Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração vos será concedido, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Guiai, Senhor, com o vosso Espírito aqueles que alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, de modo que, dando testemunho de Vós, não só com palavras mas em obras e verdade, mereçamos entrar no reino dos Céus. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
RITOS FINAIS
Monição final:
Seria fácil ser cristão se bastasse dizer «Senhor, Senhor!». Seríamos certamente muitos ou, pelo menos, mais do que somos. Não basta dizer-se cristão, é preciso sê-lo por palavras e comportamentos; não basta ser baptizado, é preciso pôr em prática as suas exigências; não basta professar com palavras, é preciso professar com obras; não basta dizer, é preciso cumprir. O Evangelho não é uma doutrina, mas uma regra de vida e forma de estar; é um caminho, uma atitude, um compromisso, uma opção.
HOMILIAS FERIAIS
9ª SEMANA
2ª feira, 30-V: A Eucaristia, pedra angular.
Tob. 1, 3- 2, 1-8 / Mc. 12, 1-12
(os agricultores): Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e a herança será nossa.
A parábola (cf. Ev.) refere-se à vinda de Cristo à terra e à sua paixão e morte, que teve lugar em Jerusalém. Mas aquele que foi rejeitado transformou-se na pedra angular de todas as construções.
A Eucaristia e a espiritualidade eucarística hão-de ser a ‘pedra angular’ que há-de «impregnar os nossos dias: o trabalho, as relações, as mil coisas que fazemos; o empenho de viver a vocação de esposos, de pais, filhos;…a responsabilidade de edificar a cidade terrena nas várias dimensões que a mesma comporta, à luz dos valores evangélicos» (AE, 24).
Celebração e Homilia: NUNO WESTWOOD
Nota Exegética: GERALDO MORUJÃO
Homilia Ferial: NUNO ROMÃO
Fonte: Celebração Litúrgica