Homilia Terça-feira XXIV Semana do Tempo Comum | Ano C

Terça-feira, 13/09/2022 – Lc 7,11-17

Ressuscitado para servir

Jesus, “movido de compaixão” (Lc 7,13) para com a mãe do garoto, a viúva de Naim, foi quem o ressuscitou. Quão doloroso para uma mãe viúva ver sepultada a sua última esperança, o seu filho único! Pobre mulher! O que a esperaria se Jesus não houvesse ressuscitado o seu filho? Solidão, dor, noites entre lágrimas e, talvez, muita fome. O garoto que estava no caixão não era só a consolação daquela pobre mulher, mas também era a possibilidade de que ela levasse uma vida mais ou menos confortável durante os seus últimos anos de vida. Jesus compreende a situação das pessoas e não fica indiferente diante do sofrimento humano. O Senhor fez esse milagre por compaixão. Um amigo meu disse certa vez que Jesus fez esse milagre pensando na sua mãe, Maria, que dentro de pouco tempo estaria só: vendo o futuro da sua mãe sem o seu Filho único, se compadece da viúva de Naim e faz o milagre. Não sei se o meu amigo tem razão, mas é, sem dúvida, uma reflexão inteligente.

Ainda que talvez tivesse sido mais interessante para aquele rapaz continuar no seu descanso, ele ainda era útil para outras pessoas, para a sua mãe. O Senhor quis que aquele jovem ficasse aqui na terra mais alguns anos. É importante que nós também compreendamos que a nossa vida só tem sentido em relação a Deus e aos demais, que nós não vivemos para nós mesmos. Deus espera que nós trabalhemos na salvação das pessoas. Morreremos somente quando Deus quiser depois de trabalhar muito pela sua glória e pela salvação dos irmãos. Deus espera que cada um de nós seja útil para o próximo, que a nossa vida seja colocada a serviço da humanidade, de cada pessoa que temos à nossa volta.

Pe. Françoá Costa
Instagram: @padrefcosta

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