Terça-feira, 23/08/2022 – Mt 13,44-46
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É preciso comprar o campo para ter o tesouro, isto é, o homem que encontrou o tesouro não pode simplesmente encontrar um tesouro e pegá-lo, pois, neste caso, ele seria um pirata, um ladrão do tesouro. Efetivamente, o campo não lhe pertence. Andar pela vida como um ladrão de tesouros é muito perigoso. Certamente seria uma vida cheia de aventuras, mas, concomitantemente, cheia de riscos para a própria vida e um detrimento para o bem dos outros. Melhor é fazer as coisas corretamente: “um homem o acha [o tesouro] e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo” (Mt 13,44).
Na verdade, a maior parte do campo já foi comprada pelo sangue precioso de Jesus Cristo; falta apenas uma pequena parte, que nos foi deixada para treinar a nossa liberdade e o nosso esforço. Compramos o que falta do campo pela nossa oração e pelas nossas boas obras: “esforçai-vos por entrar pela porta estreita” (Lc 13,24). Há que fazer algum esforço através da oração, da penitência e das boas obras. A ideia de que bastaria ficar de braços levantados esperando tudo cair do céu não combina com o Evangelho. Uma simples fé fiducial sem o esforço da cooperação dos homens livres é uma quimera se o resultado final deve ser a salvação eterna. Vale a pena o esforço para comprar o campo. O homem da parábola de Jesus vende o que tem, porém não de qualquer jeito, pois fá-lo com alegria, perpassado pela felicidade de possuir o tesouro: o céu na Terra pela graça, o céu na glória pela visão.
Pe. Françoá Costa
Instagram: @padrefcosta