Homilia Sexta-feira – III Semana do Advento | Ano B

Sexta-feira da 3ª semana do Advento, 22/12/2022 – Lc 1,46-56

  • Humildade e grandeza

Todas as tarde a Igreja Católica, através de vários de seus fiéis, reza este cântico maravilhoso: “Minha alma engradece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador…” (Lc 1,46-55). Esta bela composição mariana é conhecida como “magnificat” por causa das primeira palavras latinas do cântico: “Magnificat anima mea Dominum…”. Trata-se de um texto riquíssimo e que mostra como Nossa Senhora meditava profundamente nas Escrituras de Israel, pois a composição parece uma bela colcha de retalhos, pois cita o livro de Samuel, de Isaías, de Jó, os Salmos etc.

De todos os versículos do Magnificat, aquele que mais me impressiona é este: “porque olhou para a humildade de sua serva, doravante todas as gerações me chamarão de bem-aventurada” (Lc 1,48). Se essas palavras não fossem ditas pela mulher mais humilde do Universo, eu diria que seria a música do orgulho. Contudo, nos lábios de Nossa Senhora, elas são o reflexo de quem anda na verdade: não pode negar as maravilhas de Deus nela mesma, confessando o poder de Deus que a faz humilde, não a sua humildade em si mesma: “minha alma engradece o Senhor (…), pois o Todo-poderoso fez em mim maravilhas” (Lc 1,46.49). Imitemo-la: andemos na verdade, não neguemos as maravilhas de Deus e, ao mesmo tempo, estejamos sempre no nosso lugar. Quem é humilde se enxerga; quem não, é míope ou, quiçá, inclusive cego. Reconheçamos a nossa pequenez para que entremos no caminho da verdade, vejamos as maravilhas de Deus em nós para exaltá-lo, tenhamos por certo que precisamos da ajuda divina para progredir.

Pe. Françoá Costa

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