Homilia Sexta-feira da XIII Semana do Tempo Comum | Ano A

Sexta-feira da 13ª semana do Tempo Comum, 07/07/2023 – Mt 9,9-13

  • Não tem que comungar

Atualmente, há uma tentativa de interpretar as palavras do Evangelho, segundo as quais “vieram muitos publicanos e pecadores e assentaram à mesa com Jesus e seus discípulos” (Mt 9,10), como se todos, sem distinção, devessem vir à sagrada comunhão. Há que dizer, contudo, que esta forma de entender esse texto é contrária ao sentido literal do texto. Segundo Mateus, essa passagem fala sobre a sua própria vocação: ele era um pecador público, um cobrador de impostos, e, portanto, seus amigos eram também pecadores. Quando ele, Mateus, oferece a Jesus uma refeição, é lógico que os convidados sejam seus amigos, publicanos e pecadores. Certamente, para Jesus, foi uma ocasião maravilhosa para evangelizar a todos.

Por mais que devam comungar somente aquelas pessoas que são batizadas, são católicas e estejam devidamente preparadas, é verdade também que não podemos excluir os pecadores do nosso convívio, nós, que também somos pecadores, ainda que lavados no sangue de Jesus. Receber a comunhão é, certamente, um dos momentos mais altos da própria conversão e da união com Deus aqui na terra. Não podemos simplificar as coisas e querer dar a comunhão a todos os pecadores. Não. E não argumentam com a falsa misericórdia que quer admitir a todos no terrível ato da comunhão sacrílega. Estou cansado da misericórdia falsa, que leva as almas ao abismo. Aceito tão somente a misericórdia verdadeira, aquela que brota do coração de Jesus e que salva de verdade, isto é, converte os pecadores e os faz mudar de vida, para levá-los ao céu.

Pe. Françoá Costa

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