Homilia Sexta-feira da III Semana da Páscoa |Ano A

Sexta-feira da 3ª semana da Páscoa, 28/04/2023 – Jo 6,52-59

  • Comer a carne de Deus

O realismo é simplesmente impressionante: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não bebês o seu sangue, não tereis a vida em vós” (J0 6,53). Verdadeiramente, o sacramento da Eucaristia é o corpo e o sangue do Salvador. Não pode não ser. As palavras de Jesus são claríssimas. Dizer que na Igreja não existe um sacramento no qual o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue adoráveis de Jesus, é chamar o próprio Cristo de mentiroso. Mas uma coisa tal não pode acontecer.

Vi certa vez um filme, um desenho animado, no qual se perguntava a uma criança: “Qual é a diferença entre o Crucifixo e a Eucaristia?” A criança respondeu então com muita sabedoria: “No Crucifixo parece que Jesus está, mas não está; na Eucaristia parece que ele não está, mas está”. Parece que não está, mas está! A Igreja sempre acreditou que após as palavras da consagração n a Missa, toda a realidade do pão se muda, se converte no Corpo de Jesus Cristo; toda a realidade do vinho se transforma no sangue do Senhor Jesus. Esta verdade de fé é conhecida pelos católicos como transubstanciação. Afirma o Concílio de Trento, no seu Decreto sobre a Eucaristia, a sessão 13: “Cremos que a Missa, celebrada pelo sacerdote, que representa a pessoa de Cristo, em virtude do poder recebido no sacramento da Ordem, e oferecida por ele em nome de Cristo e dos membros do seu Corpo Místico, é realmente o Sacrifício do Calvário, que se torna sacramentalmente presente em nossos altares. Cremos que, como o Pão e o Vinho consagrados pelo Senhor, na última ceia, se converteram no seu Corpo e Sangue, que logo iam ser oferecidos por nós na Cruz; assim também o Pão e o Vinho consagrados pelo sacerdote se convertem no Corpo e Sangue de Cristo que assiste gloriosamente no céu. Cremos ainda que a misteriosa presença do Senhor, debaixo daquelas espécies que continuam aparecendo aos nossos sentidos do mesmo modo que antes, é uma presença verdadeira, real e substancial”. É, portanto, o seu corpo e o sangue adoráveis, que nos dão a vida eterna.

Pe. Françoá Costa

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