Segunda-feira, 10/04/2023 – Mt 28,8-15
- Da alegria ao gáudio
Jesus ressuscitado veio ao encontro daquelas mulheres (Mt 28,9). Imaginem a alegria. Mais ainda, quase dá para escutar a voz de Jesus ressoando também nos nossos ouvidos: “Alegrai-vos”. Temos cinquenta dias com Jesus e na alegria. Certamente esta consideração, se bem feita, nos ajudará a não cair na fealdade do pecado, mas a estar sempre na beleza, na alegria, na paz. Santo Tomás de Aquino afirma que tanto a alegria quanto a tristeza procedem do amor (cf. S. Th. II-II, 28, 1c). No caso da alegria, ela procede diretamente do amor-caridade como o efeito procede da causa. Não é difícil de entender: quando o Amado está presente, a alma sente-se contente; a mesma coisa acontece se o Amado conserva os seus próprios bens, que é o caso do amor de benevolência. A tristeza, ao contrário, procede do amor dando-se a ocasião da ausência do amado ou daquilo que o faz feliz.
As santas mulheres viram o Senhor ressuscitado, o Amado de suas almas, por isso estavam muito felizes. Voltar a vê-lo depois de tudo o que aconteceu foi, simplesmente, maravilhoso. Mais ainda, elas puderam ver que Jesus não somente estava vivo, mas tinha uma qualidade de vida muito melhor que a anterior, nele estavam todos os seus bens, porém glorificados, ressuscitados, eternos. A compreensão de tudo isso, produzia nelas uma grande alegria, não somente no momento em que elas o viram, mas esta alegria ia aumentando durante os dias seguintes a tal ponto que aquela alegria se transformou em gáudio e exultação nos dias seguintes. No nosso caso também: que a contemplação dos divinos mistérios produzam em nós não somente alegria, mas gozo e exultação. Uma feliz páscoa a cada um de vocês!
Pe. Françoá Costa
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