Sábado, 22/10/2022 – Lc 13,1-9
- Inferno
“Se não vos arrependerdes, perecereis todos” (Lc 13,3). Quem diz isto? Di-lo Nosso Senhor misericordioso e justo. As palavras consideradas menos acolhedoras de Cristo também são encontradas no Evangelho. Jesus, que nos fala do amor, do bem, da generosidade, da alegria, também nos fala do ódio, do mal, da tacanhice, da tristeza, da justiça.
Temos que nos acostumar à linguagem de Cristo, a qual remete à realidade. Neste caso, está claro: há inferno! Sartre estava errado, pois o inferno não são os outros; o inferno não é aqui. O estado da reprovação final é no além morte, isto é, todos aqueles que morreram em pecado mortal, ou seja, sem o arrependimento, irão imediatamente para o inferno e de lá nunca mais sairão. Para não pensarem que estou inventando, citarei o documento mais solene sobre este assunto, a Bula “Benedictus Deus” (1336), do Papa Bento XII. Eis o trecho que nos interessa neste momento: “Definimos também que, de acordo com a geral disposição de Deus, as almas daqueles que morrem em pecado mortal atual, logo depois de sua morte descem ao inferno, onde com as penas infernais são atormentadas, e que, todavia, no dia do juízo, todos os homens hão de comparecer “diante do tribunal de Cristo” com os seus corpos para prestar contas de suas ações, “para que cada um receba o que lhe toca segundo o que fez quando estava no corpo, seja de bem ou de mal” (II Cor. V, 10)”. Rezemos: “ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, especialmente as que mais precisarem”.
Pe. Françoá Costa
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