Homilia Sábado III Semana do Tempo Comum | Ano A

Sábado, 28/01/2023 – Mc 4,35-41

  • Meu querido Santo Tomás de Aquino

Os discípulos de Jesus “o levaram, do modo como estava, no barco” (Mc 4,36). Santo Tomás de Aquino (1225-1274) foi um desses homens que, na história da Igreja, levaram Jesus Cristo no barco da sua inteligência porque foram levados por Jesus Cristo na barca de sua Igreja.

Tomás de Aquino era filho de pais nobres da Idade Média, nasceu em Roccasecca, em Nápoles. Já aos cinco anos de idade foi entregue ao mosteiro beneditino de Montecassino e foi educado pelo abade Sinibaldo, que por sinal era seu tio paterno. Anos depois, ele estudou artes liberais em Nápoles. Ainda bem jovem, entrou na Ordem dos Dominicanos, mas a família não queria porque tratava-se de uma ordem de mendicantes, algo degradante para a família dos nobres de Aquino. Mas o rapaz continuou lá e conheceu muita gente importante, entre eles o próprio Santo Alberto Magno, que foi seu confrade e mestre intelectual. Santo Tomás de Aquino, o doutor angélico, foi professor em Paris, grande pregador, sacerdote totalmente dedicado a Deus e ao apostolado da inteligência; escreveu a mais famosa obra de teologia de todos os séculos, a Suma de Teologia.

Convocado pelo Papa Gregório X para ir ao Concílio de Lyon, o padre Tomás de Aquino chocou contra uma árvore, sentiu-se cada vez mais doente e faleceu no dia 7 de março de 1274. No leito de morte, ainda encontrou forças para ditar a sua última obra, que foi um comentário ao Cântico dos Cânticos. Homem apaixonado por Deus, carregou Jesus Cristo na barca daquela inteligência prodigiosa, dando o Cristo de Deus aos outros. De fato, como bom discípulo e filho espiritual de São Domingos de Gusmão, tinha como lema: “contemplare et contemplada aliis tradere”, isto é, “contemplar e levar aos outros aquilo que se contemplou”: receber de Deus e entregar, como dom, aquilo que se recebeu.

Pe. Françoá Costa

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