Sábado da 34ª semana do Tempo Comum – 02/12/2023 – Lc 21,34-36
- Não queremos ser burros
O problema do muito comer e da embriaguez é que causam estupidez na alma. Exatamente: a alma fica estulta, burra, idiotizada. Juntamente com a gula e a embriaguez, Santo Tomás de Aquino afirma que a luxúria junta-se àqueles vícios para causar a estupidez na alma. Logo após estudar o dom da sabedoria, Santo Tomás estuda a estultícia, que se opõe à sabedoria (S. Th. II-II, 46).
O Aquinatense afirma: “a estultícia, quando é pecado, nasce do embotamento do senso espiritual, que o torna inapto para julgar as coisas espirituais. Ora, o sentido do homem chafurda-se nas coisas terrenas, sobretudo pela luxúria, que versa sobre os mais intensos prazeres, que absorvem soberanamente a alma. Por onde, a estultícia, que é pecado, nasce principalmente da luxúria” (S. Th. II-II, 46, 3c). Interessante que Santo Tomás de Aquino afirma que “ser burro” é pecado, apesar de ser engraçado não é menos dramático, pois o Doutor Angélico está falando daquela falta de sabedoria que todo cristão deveria ter, mas que, infelizmente, por vezes a perde por causa da gula, da embriaguez e da luxuria. Desta maneira, cheio de estultícia não consegue mais perceber os sinais do Reino de Deus, nem a fé, nem a glória. Livre-nos Deus da burrice!
Pe. Françoá Costa
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