Sábado da 12ª semana do Tempo Comum, 01/07/2023 – Mt 8,5-17
- Indignidade suplicante
Estas palavras são muito bonitas, de fato são as mesmas que nós dizemos um pouco antes de recebermos a sagrada comunhão, ainda que um pouquinho adaptadas: “Senhor, não sou digno de receber-te sob o meu teto; basta que digas uma palavra e meu criado ficará são” (Mt 8,8). Na Missa antiga, dizia estas palavras por três vezes e os demais fiéis também o fazia por outras três vezes, só que em latim: “Domine, non sum dignus ut intres sub tectum meum, sed tantum dic verbum et sanabitur anima mea”.
Assim como o sacerdote, no início da Santa Missa, inclina-se diante do Altar, como que dizendo “subirei ao altar de Deus”, assim também os demais católicos, conscientes de que não são totalmente dignos de estarem na presença de Deus, rezam humildemente estas belas palavras do centurião, que consegue a graça de Cristo, pois “naquela mesma hora o criado ficou são” (Mt 8,13). Outra coisa bela é pedir pelos outros, como o centurião, que pediu pelo seu criado. Normalmente admiramos muito essas pessoas que rezam pelos outros quase que incessantemente, como as nossas avós e as nossas mães. Diante destas orações tão persistentes, Deus não pode ficar indiferente, pois, de fato, recebemos muitas bençãos do céu. Reze com amor – “dizei uma só palavra e serei salvo” – e reverência – “Senhor, eu não sou digno” -, como fez o centurião, e muitas coisas serão resolvidas, de uma maneira ou doutra.
Pe. Françoá Costa
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