Homilia Sábado da VI Semana da Páscoa |Ano A

Sábado da 6ª semana da Páscoa, 20/05/2023 – Jo 16,23-28

  • Oração de petição

Temos que aprender a fazer a oração de petição: “pedi e recebereis” (Jo 16,24), diz-nos Jesus. Ter essa forma de rezar é-nos muito conveniente, porque, como diz o Apóstolo, “Não sabemos o que pedir como convém; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8,26). A oração que o Espírito Santo, Senhor Vivificador e Doador de vida, nos ensina é uma oração filial que começa exatamente com as palavras “Abba”, papaizinho: “recebestes um espírito de filhos adotivos, pelo qual clamamos: Abba! Pai! O próprio Espírito se une ao nosso espírito para testemunhar que somos filhos de Deus” (Rm 8,15-16). Portanto, os gemidos inefáveis dos quais fala o Apóstolo é o Abba de Jesus, isto é, a oração na qual chamamos Deus de Pai, nosso Pai. Desta feita, a oração dos gemidos inefáveis é o Pai-Nosso, seja rezado na sua formulação tradicional seja rezado de maneira espontânea, mas sempre o Pai-Nosso se tais palavras não se afastam do espírito da oração do Senhor. Vejam: quem sabe pedir é o Filho Jesus; quem sabe pedir são os filhos adotivos, isto é, nós.

Temos que ser muito filhos, para saber pedir muito. Nós, ao rezarmos dessa maneira, entramos no diálogo de amor que existe entre Jesus e a Igreja, isto é, entre o Esposo e a Esposa: “O Espírito e a Esposa dizem: Vem! Que aquele que ouve diga também: “Vem!” (Ap 22,17). Ao recebermos o Espírito Santo que nos faz dizer Abba aprendemos também a dizê-lo juntamente com a Igreja: Abba! Estamos, portanto, unidos ao Espírito Santo e à Igreja que clama pela segunda vinda do Senhor com as palavras mais carinhosas que saíram da boca de Jesus: Abba! Entramos, dessa maneira, na corrente do amor existente eternamente na vida trinitária: Pai e Filho e Espírito Santo se amam eternamente no Espírito Santo que “foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5). É nesta lógica da filiação, levados pelo Espírito, que os santos são facilmente atendido e arrancam as graças mais impressionantes do céu. Entendeu?

Pe. Françoá Costa

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