Homilia Sábado da IX Semana do Tempo Comum | Ano A

Sábado da 9ª semana do Tempo Comum, 10/06/2023 – Mc 12,38-44

  • Entrega de moedas

Os doutores da Lei estavam constantemente procurando a glória própria (Mc 12,38-41) e, no momento exato, aparece uma pobre viúva que deu apenas duas moedas, mas eram as moedinhas que ela precisava para viver (Mc 12,44), é como se ela tivesse entregado a própria vida. De fato, a felicidade do homem não pode consistir nas riquezas, naturais ou artificiais, pois estas são sempre finitas. Por outro lado, como poderia consistir a felicidade do ser humano nos prazeres se esses são apenas um princípio de conhecimento?

Recordemos que a água que mata a sede é muito importante, por mais que você beba coca-cola ou suco de beterraba; ao final das contas, você vai querer água pura. No Evangelho segundo São João, encontramos o relato das bodas de Caná, onde Jesus transforma a água em vinho (cfr. Jo 2,1-12); no capítulo seguinte encontramos aquela afirmação que sempre nos comove: “quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5); depois a passagem, que acabamos de escutar, que nos relata o encontro de Jesus com a Samaritana (cfr. Jo 4,1-42); era pelo movimento da água que os enfermos eram curados na piscina de Betesda (cfr. Jo 5,1-18). De fato, o Catecismo da Igreja Católica afirma que o simbolismo da água significa a ação do Espírito Santo, que brota do lado aberto de Cristo crucificado (cf. Cat 694).

É no Coração de Deus que nós encontramos o nosso descanso, a nossa paz, os nossos prazeres, a nossa felicidade, a nossa bem-aventurança. Distanciar-nos de Deus é sair do caminho da felicidade, é correr pelos prados da insensatez, é viver uma vida que só pode levar à escuridão mais profunda e ao pior absurdo da vida humana, não ser feliz. Por isso temos que entregar a vida, simbolizadas nas poucas moedinhas da viúva, e, desta feita, seremos felizes.

Pe. Françoá Costa

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