Quinta-feira da 2ª semana do Advento, 14/12/2023 – Mt 11,11-15
- Apreciando o sobrenatural
Que elogio maravilhoso, ainda mais vindo do próprio Cristo: “Entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista, e, no entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele” (Mt 11,11). Enquanto ser humano na linha dos profetas e justos dos Antigo Testamento, João Batista é o maior; enquanto redimido por Jesus Cristo, como João não esteve presente ao mistério mais alto da redenção, outros são maiores do que ele. Efetivamente, a Cruz é um divisor de águas. Pode até ser que João tenha sido redimido por Cristo por antecipação, segundo dizem alguns, esta passagem, porém, não parece estar muito de acordo com esta teoria.
Como diria Santo Tomás de Aquino: “O menor conhecimento relativo às coisas mais elevadas é mais desejável que uma ciência muito certa das coisas menores” (S. Th. I, 1, 5, ad 1). Podemos parafraseá-lo: o menor conhecimento de Jesus Cristo é mais desejável que qualquer mistério do Antigo Testamento. Saibamos apreciar a graça de Deus em nós, como diria São João da Cruz: Deus mora no centro da nossa alma em graça e este mistério da habitação de Deus em nós é simplesmente maravilhoso. Um santo como São João da Cruz ficava simplesmente abismado ao contemplar as maravilhas da graça de Deus na alma. Saibamos também apreciá-la a tal ponto de desejar sofrer mil mortes a perdê-la pela comissão de um único pecado mortal.
Pe. Françoá Costa
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