Homilia Quinta-feira – II Semana do Advento | Ano A

Quinta-feira, 08/12/2022 – Lc 1,26-38

  • Imaculada e santa pureza

Os diversos argumentos teológicos em favor da verdade católica sobre a Imaculada Conceição da Virgem Maria, nada mais são do que glosas àquelas palavras do arcanjo São Gabriel quando afirmou que Santa Maria é “cheia de graça” (Lc 1,28), isto é, tão plena da vida de Deus que nela não coube pecado algum. Ela foi a mulher que encontrou graça diante de Deus antes mesmo de nascer (Lc 1,30). Maria já existia no coração de Deus bela, imaculada e, numa espécie de comércio admirável entre o tempo e a eternidade, ela aparece naquela pequena cidade, Nazaré, como imaculada, isto é, sem mancha desde a sua concepção, toda pura, resplandecente de beleza, em virtude da redenção a ser realizada por Jesus Cristo na cruz.

Depois de um longo caminho de piedade mariana imaculista e de reflexão teológica, Pio IX, no dia 08 de dezembro de 1854, rodeado por 92 bispos, 54 arcebispos, 43 cardeais e de muitíssimas outras pessoas definiu como dogma de fé a Imaculada Conceição da Virgem e Mãe de Deus, Maria Santíssima: “declaramos, proclamamos e definimos que a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria foi preservada imune de toda mancha da culpa original no primeiro instante da sua conceição por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em atenção aos méritos de Cristo Jesus Salvador do gênero humano, está revelada por Deus e deve ser, portanto, firme e constantemente acreditada por todos os fiéis” (Bula Ineffabilis Deus, 1854). Aquela que é sem mancha alguma, aprecia muito a pureza do nosso coração ou, pelo menos, a luta por alcançar a pureza e a castidade perfeitas, pois a pureza do coração nos faz sensíveis às coisas do alto; um coração sujo, ao contrário, não percebe as coisas de Deus. Neste sentido, que tal rezarmos todas as noites 3 Ave-Marias pedindo a Nossa Senhora a pureza de coração para nós e para todos os nossos amigos?

Pe. Françoá Costa

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