Quarta-feira da 26ª semana do Tempo Comum – 04/10/2023 – Lc 9,57-62
São Francisco de Assis
- Verdadeira pobreza
São Francisco de Assis (+1226) seguiu verdadeiramente o Senhor Jesus, que não tinha onde reclinar a cabeça (Lc 9,58), isto é, na pobreza, no desapego de tudo. De fato, aqueles que nos olham desde fora, porque ainda não pertencem a essa grande família de filhos de Deus por graça, gostariam de ver que nós somos mais desapegados dos bens materiais do que os outros, mais dados às obras de caridade; pedem de nós pureza de coração, castidade e uma vida de oração que seja condizente com aquilo que nós pregamos. Enfim, querem ver santidade em nós. Querem ver que vivemos unidos.
Quantas palavras bonitas: diálogo, comunhão, fraternidade, serviço, caridade, solidariedade! Mas… dentro dos grupos da igreja, quanta rivalidade! Entre os movimentos, quantos desejos de ocupar o primeiro lugar para assemelhar-se às estrelas! Há muito que purificar, há muito que melhorar, há muito por amar. Jesus pede a cada um de nós o esforço por lavar os pés dos outros, segundo o exemplo que ele nos deixou. Quanto custa! Especialmente quando os pés a serem lavados são ásperos, fedem, têm chulé e calos. Suportar a carga não é fácil! Conviver com um irmão chato, demasiado calado ou demasiado loquaz, é sempre mais difícil que conviver com um santo. Mas não podemos esperar que somente os outros sejam santos, mas também aproveitar as debilidades dos outros para santificar-nos. O Pobrezinho de Assis, São Francisco, amava a pobreza de verdade, a qual não era somente não ter bens, mas estar desapegado de tudo, inclusive de si mesmo. Deus nos conceda a verdadeira pobreza de espírito.
Pe. Françoá Costa
Instagram: @padrefcosta