Quarta-feira da 23ª semana do Tempo Comum – 13/09/2023 – Lc 6,20-26
- Contra o poder e o prazer que geram tristeza
Apenas quatro bem-aventuranças: bem-aventurados os pobres, os famintos, os que choram e os que são perseguidos (Lc 6,20-23). Apenas quatro recriminações: ai de vós os ricos, os saciados, os que riem, os elogiados (Lc 6,24-26). Ou seja, a felicidade é o contrário do prazer e do poder.
Não é verdade que todos os pecados dos seres humanos bem poderiam ser resumidos nestas duas palavras: prazer, poder? Pense bem. Acaso também não é verdade que as pessoas se dão mal exatamente na busca desenfreada dessas duas coisas? Então, vamos concluir: para ser feliz é preciso ter a justa medida no prazer e no poder, de acordo com o estado de vida de cada um. Retornemos ao caminho das virtudes, dos bons costumes, da luta por alcançar aquilo que realmente vale a pena para a vida e para a eternidade. Pobreza e fome são desapegos, que controlam a vontade de poder nietzschiana. Choro e perseguição são sensações que se opõem ao prazer desenfreado freudiano. Em ambos os casos, a linguagem hiperbólica de Nosso Senhor Jesus Cristo não nos convida à miséria nem ao masoquismo, mas à virtude e à vida feliz. Que o bom Deus nos conceda a vida feliz, a bem-aventurada, certamente com dificuldades enquanto vivermos neste mundo; porém, sem tribulações, quando chegarmos ao céu.
Pe. Françoá Costa
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