Homilia Quarta-feira da XIV Semana do Tempo Comum | Ano A

Quarta-feira da 14ª semana do Tempo Comum, 12/07/2023 – Mt 10,1-7

  • Disposições interiores do discípulo

Foi o próprio Jesus quem escolheu os seus discípulos e lhes deu uma missão concreta (Mt 10,1). O discípulo é uma alguém chamado por Jesus para cumprir uma missão. Uma segunda característica do discípulo de Jesus encontra-se no contexto das bem-aventuranças, cuja chave de interpretação é o mandato de Cristo para que sejamos santos: “perfeitos como vosso Pai celeste” (Mt 5,48). Outra maneira de expressar a santidade querida por Jesus é a descrição que São Marcos faz da escolha dos Doze: “designou doze dentre eles para ficar em sua companhia” (Mc 3,14). Santidade é estar na companhia de Jesus, junto a ele e compartilhar a sua mesma vida.

Noutro momento, quando Jesus dava instruções aos seus discípulos e, mais em concreto, aos seus apóstolos, lhes diz: “o discípulo não é superior ao mestre; mas todo discípulo perfeito será como o seu mestre” (Lc 6,40). Ou seja, o seguidor de Cristo permanece sempre como discípulo, nunca será mestre, mas a sua imitação do Mestre pode ser perfeita.

O discípulo mantém sempre o desejo de aprender. Santo Irineu dizia que o homem vai ser discípulo sempre, também na eternidade: nós sempre aprenderemos! E um autor moderno escrevia que a nossa viagem de peregrinação por esse mundo não termina numa cima definitiva, mas na descoberta maravilhosa de que as terras descobertas e conquistadas são tão somente promessas do que há, todavia terras mais belas por descobrir. Recordemos essas palavras do Documento de Aparecida (nº 103): “Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos “a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus” (Mc 1,1). Como filhos obedientes á voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68)”. Sejamos discípulos no formato que Jesus pensou para nós.

Pe. Françoá Costa

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