Homilia do Padre Françoá Costa – XIV Domingo do Tempo Comum |Ano A

Domingo 14º do Tempo Comum, 09/07/2023

Zc 9,9-10; Sl 144; Rm 8,9.11-13; Mt 11,25-30

  • Sou ou não sou

            Jesus gosta de revelar os seus mistérios, os segredos do seu coração aos pequeninos, àqueles que o podem acolher sem impedimentos. Neste sentido, o melhor exemplo de pequenina de Jesus é a Virgem Maria, que recebeu a Palavra, guardou-a e meditou-a assiduamente em seu coração. Mas, como tornar-se pequeno como a Santíssima Virgem Maria? Pela humildade.

            Ficam bem claras aquelas palavras de Nossa Senhora no Magnificat: “Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes” (Lc 1,52). Se bem é verdade que os orgulhosos caminham sem parar, também é verdade que eles sempre avançam para trás e, por isto, vão cair, mais cedo ou mais tarde. E nem adianta tentar corrigir um orgulhoso, pois ele não escuta. Encontra-se, frequentemente cegado em sua auto suficiência, seu poder orgulhoso não o deixa ver nada mais a não ser a si próprio e suas magníficas ideias. Jesus agradece ao Pai porque ele esconde os mistérios do Reino aos soberbos e os revela aos pequenos (Mt 11,25). Sejamos também nós pequeninos de Jesus, nada querendo a não ser a sua glória, nada preferindo a não ser o seu reino, por mais que, humanamente falando, fiquemos em segundo lugar.

            O conhecimento do Filho é dado pelo Pai, mas recebe este conhecimento aqueles que são filhos, que são e se fazem pequenos diante do Pai do céu. Caso contrário, a verdade fecha-se diante de nós mesmos e, nós, cegos em nosso egoísmo, não conseguimos ver nada, nem mesmo o nosso próprio nariz. Há pessoas que se consideram muita coisa, mas que, na verdade, deveriam escutar aquelas palavras que um dia Jesus disse a Santa Catarina: “Catarina, Eu sou aquele que Sou, tu és aquela que não és”.

Pe. Françoá Costa

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