Homilia do Padre Françoá Costa – XII Domingo do Tempo Comum |Ano A

Domingo 12º do Tempo Comum, 25/06/2023

Jr 20,10-13; Sl 68; Rm 5,12-15; Mt 10,26-33

  • Não temer

            Nosso Senhor Jesus Cristo fala por três vezes as palavras “não tenhais medo” (Mt 10,26.28.31) para que o tenhamos a audácia de declará-lo diante dos homens, mesmo que a nossa confissão de fé custe a nossa própria vida. Exatamente, ser católico pode sair caro hoje em dia; ou melhor, quase sempre foi assim.

            Em primeiro lugar, temos que olhar para a nossa alma, ansiosa de verdade. O fato é que nós não precisamos ter medo porque cada um de nós recebeu a Verdade interiormente, ela encontra-se em nós, em nossa alma; temo-la por criação. A nossa alma, quando em graça santificante, recebe mais desta Verdade e de maneira nova. Vale muito a beleza da alma, tanto da nossa, quanto dos nossos semelhantes. Este motivo é grandioso para que anunciemos a Verdade externamente; desta maneira, outros despertarão para as verdades criacionais que estão em sua alma e se prepararão para receber Jesus Cristo, a Verdade, e se embelezam totalmente. Ou seja, receber o Evangelho é um bem para cada ser humano.

Em segundo lugar, temos que olhar para o ser humano, diante de Deus, que é Verdade. Os nossos semelhantes só nos podem fazer mal fisicamente, não espiritualmente: esta é a nossa confiança no nosso Deus. A vida vale muito, a fé vale mais. Este mundo vale muito, mas a salvação vale tudo. Tenhamo-lo por certo: o ser humano, mesmo que disfarce ou até mesmo manifeste ódio, bem lá no fundo deseja o anúncio do Evangelho, que lhe falem de Deus, que o conduzam à plenitude de sentido que ele deseja. Nós, os católicos, temos que saber disso e falar com muita naturalidade de Jesus Cristo e da sua salvação. Há algo lá dentro do ser humano, que é uma predisposição, que o coloca pronto para receber a Verdade de Deus. Vejam só como nós não devemos ter medo!

Em terceiro lugar, temos que olhar para a finalidade da nossa vida, a escatologia que nos espera, já que valemos tanto a tal ponto de Jesus Cristo declarar-se a nosso favor. Seja esta uma convicção: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8,31). O céu nos espera: os Anjos e os Santos, nossos irmãos, torcem por nós; Maria Santíssima quer dar-nos um abraço; Deus quer manifestar-se a nós eternamente. Valem todas as penas, pois, como dizia São Filipe Neri: “Eu prefiro o Paraíso!”

Pe. Françoá Costa

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