RITOS INICIAIS
Salmo 26, 1-2
ANTÍFONA DE ENTRADA: O Senhor é minha luz e salvação: a quem temerei? O Senhor é protector da minha vida: de quem hei-de ter medo?
Introdução ao espírito da Celebração
Neste 10º domingo comum, celebramos também o dia de Portugal, visto estarmos no dia 10 de Junho. Esta Pátria, à qual nos orgulhamos pertencer, será tanto mais estimada e admirada pelos estranhos, quanto, cada um de nós, contribuir para a sua grandeza, dando passos certos nos caminhos da vida. E tal, será uma feliz realidade, na medida em que cada um souber optar pelo melhor, à luz do Evangelho. Eis o motivo porque, mais uma vez, aqui nos encontramos. Queremos dar esses passos certos da vida, contribuído assim não só para o verdadeiro progresso de Portugal, mas também de toda a humanidade. Para isso, precisamos de nos alimentar com a Palavra de Deus. Só com tal sustento, teremos a clarividência e as forças necessárias e suficientes para vencer os caminhos do erro, pertencer de facto à verdadeira Família de Deus, e contribuir, como bons cidadãos, para o bem estardesta Pátria terrena, que todos, com certeza, muito estimamos.
ORAÇÃO COLECTA: Deus, protector dos que em Vós esperam: sem Vós nada tem valor, nada é santo. Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia, para que, conduzidos por Vós, usemos de tal modo os bens temporais que possamos aderir desde já aos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura
Monição: Deus fez tudo muito bem. O homem, embriagado pela sua auto suficiência, cometeu o erro de fazer escolhas arbitrárias, afastando-se do Senhor, arruinando-se no pecado. Esta derrota não foi definitiva, pois Deus, na Sua Bondade infinita, anunciou que Alguém, da descendência da mulher, havia de esmagar a cabeça da serpente enganadora.
Génesis 3, 9-15.20
9Depois de Adão ter comido da árvore, o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?». 10Ele respondeu: «Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim e, como estava nu, tive medo e escondi-me». 11Disse Deus: «Quem te deu a conhecer que estavas nu? Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira comer?». 12Adão respondeu: «A mulher que me destes por companheira deu-me do fruto da árvore e eu comi». O Senhor 13Deus perguntou à mulher: «Que fizeste?» E a mulher respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi». 14Disse então o Senhor Deus à serpente: «Por teres feito semelhante coisa, maldita sejas entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Hás-de rastejar e comer do pó da terra todos os dias da tua vida. 15Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Esta te esmagará a cabeça e tu a atingirás no calcanhar». 20O homem deu à mulher o nome de «Eva», porque ela foi a mãe de todos os viventes.
Narra-se nos primeiros versículos deste capítulo do Livro do Génesis (vv. 1-8) a queda dos nossos primeiros pais: a serpente tenta a mulher e esta induz o marido.
Agora Deus procede ao contrário: pergunta primeiro ao marido (vv. 9.11); este responde (vv. 10.12); depois pergunta à mulher (v. 13) mas à serpente não pergunta; amaldiçoa-a directamente (v. 14).
Por aqui se vê que as perguntas dirigidas por Deus a modo de instrução judicial, não são um meio de que necessite para o conhecimento da situação, mas sim uma forma de que se serve para que os réus sejam conscientes da culpa e entendam a pena.
«Onde estás?» (v. 9) Porque te escondes? Não é verdade que Deus passeava sempre pela brisa da tarde ao encontro de Adão? E tinha então algum receio da presença de Deus? Então que te aconteceu?
Adão reconhece que agora tem medo e esse medo vem da sua nudez (v. 10). Não estava nu antes? Sim, mas agora a nudez é algo que lhe provoca o descontrolo, o desequilíbrio das paixões em ebulição entre as quais a vergonha da mulher e o medo de Deus.
«Quem te deu a conhecer?» (v. 11). A árvore da ciência do bem e do mal não acrescenta um único conhecimento objectivo ao homem; só lhe acrescenta um conhecimento subjectivo: o da própria malícia. A partir de então o corpo deixa de ser aquilo que é objectivamente, um dom esponsalício de Deus ao homem, e do homem à sua mulher, para se converter subjectivamente num instrumento de malícia, num potencial para a própria maldade,
«A mulher que me deste.» (v. 12). Não era ela totalmente sua? Não era inclusivamente carne da sua carne (cf. Gen 2, 23)? Como é que agora ela se distancia tanto do homem («a mulher que puseste na minha companhia»)? Por estas palavras quase parece ter sido a mulher uma imposição de Deus ao homem, e não ao contrário, uma ajuda adequada para ele (cf. Gen 2,8). Pelo pecado, mesmo as ajudas de Deus perdem a sua graça, as bênçãos são vistas como mal- dições e as dádivas como tributos. O dom de Deus é difícil de perceber pelo pecador (cf. Jo 4,10), que o vê como um peso, um impecilho, uma imposição. É o egoísmo que nos faz pensar assim.
«Que fizeste?… A serpente enganou-me» (v. 13). A mulher ainda se refugia na serpente mas menos do que o homem se tinha refugiado nela. As suas palavras são poucas como quem reconhece mais que pecou. Se é verdade que o Génesis nos apresenta a mulher com mais culpa também o é que ela parece mais arrependida, com menos palavreado de falsa justificação.
O v. 15 apresenta-nos a vingança de Deus. O Senhor usa precisamente a descendência da mulher para sanar o pecado que nela se tinha gerado.
Salmo Responsorial Sl 129
Monição: O Salmo lembra-nos a misericórdia de Deus, ensina-nos a reconhecer as nossas misérias e a clamar cheios de confiança e humildade: No Senhor está a misericórdia e a abundante Redenção.
Refrão: NO SENHOR ESTÁ A MISERICÓRDIA E ABUNDANTE REDENÇÃO.
Ou: NO SENHOR ESTÁ A MISERICÓRDIA,
NO SENHOR ESTÁ A PLENITUDE DA REDENÇÃO.
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.
Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão,
para Vos servirmos com reverência.
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor
mais do que as sentinelas pela aurora.
Porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas.
Segunda Leitura
Monição: Apesar das dificuldades físicas que Paulo sente, tem consciência que a “ligeira aflição dum momento prepara-nos, para além de toda e qualquer medida, um peso eterno de glória”. É esta certeza que a todos nos deve animar.
2 Coríntios 4,13 5,1
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei». Com este mesmo espírito de fé, também nós acreditamos, e por isso falamos, sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos há-de ressuscitar com Jesus e nos levará convosco para junto d’Ele. Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para glória de Deus. Por isso, não desanimamos. Ainda que em nós o homem exterior se vá arruinando, o homem interior vai-se renovando de dia para dia. Porque a ligeira aflição dum momento prepara-nos, para além de toda e qualquer medida, um peso eterno de glória. Não olhamos para as coisas visíveis, olhamos para as invisíveis: as coisas visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas. Bem sabemos que, se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita, recebemos nos Céus uma habitação eterna, que é obra de Deus e não é feita pela mão dos homens.
Três elementos parecem surgir na visão antropológica do Apóstolo: as coisas externas, corruptíveis, aquilo que é interno, que se renova cada vez mais, e a Ressurreição da carne.
No momento presente é a fé que nos faz falar (v. 13; cf. Ps 116,10). Essa fé revela-nos que, tal como Cristo, seremos ressuscitados, isto é, também segundo a carne (v. 14).
Tal facto afiança-nos na alegria, na acção de graças contínua a Deus (v. 15), apesar de que, visivelmente, o nosso exterior se corrompa e esteja destinado a morrer, com padecimentos, certamente, mas não definitivos (v. 16); mais ainda: esta tribulação presente é leve (v. 17).
Tenha-se em conta que a visão de S. Paulo nunca é dualista: não se trata de um desprezo do corpo por ser corruptível, e em espiritualismo galopante de dia para dia. 0 Apóstolo é claro: quem se corrompe é o «nosso homem» (hêmôn anthrôpos); a pessoa inteira sofre com a degradação de uma das suas partes.
Consola-nos a fé, porque se a nossa habitação terrestre se vai dissolvendo, Deus prepara-nos uma casa eterna nos céus (v. 1).
Aclamação ao Evangelho
Jo 12,31 b-32
Monição: Jesus, nosso Redentor convida-nos a cumprir fielmente a vontade do eterno Pai.
ALELUIA
Chegou a hora em que vai ser expulso
o príncipe deste mundo, diz o Senhor;
e quando Eu for levantado da terra,
atrairei todos a Mim.
Evangelho
São Marcos 3,20 35
Naquele tempo, Jesus chegou a casa com os seus discípulos. E de novo acorreu tanta gente, de modo que nem sequer podiam comer. Ao saberem disto, os parentes de Jesus puseram-se a caminho para O deter, pois diziam: «Está fora de Si». Os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: «Está possesso de Belzebu», e ainda: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Mas Jesus chamou-os e começou a falar-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode aguentar-se. E se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não pode aguentar-se. Portanto, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não pode subsistir: está perdido. Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens, sem primeiro o amarrar: só então poderá saquear a casa. Em verdade vos digo: Tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e blasfémias que tiverem proferido; mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: será réu de pecado eterno». Referia-Se aos que diziam: «Está possesso dum espírito impuro». Entretanto, chegaram sua Mãe e seus irmãos que, ficando fora, mandaram-n’O chamar. A multidão estava sentada em volta d’Ele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura». Mas Jesus respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?» E, olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse: «Eis minha Mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».
O texto do Evangelho da Missa de hoje apresenta 3 partes: a situação prévia e a reacção dos familiares de Jesus (vv. 20-21); a acusação dos escribas (vv. 22-30); de novo os familiares de Jesus (vv. 31-34).
Como vemos, existe uma espécie de inclusão da atitude dos familiares de Jesus, que constitui como que a moldura que envolve uma narração de polémica do Senhor com os escribas que tinham descido de Jerusalém. As pessoas da família do Mestre não têm tanta azáfama (cf. v. 20), porque o conheciam desde pequenino, como um rapaz completamente normal, e tentam pará-l’O, talvez para que serene e reflita sobre aquele modo louco de proceder (v. 21).
Tal atitude é, além disso, justificada pelas autoridades religiosas, os homens importantes que tinham chegado de Jerusalém; são os que desceram (katabantes) de Jerusalém, que vêm arvorados em juízes, denunciando o Senhor como um possesso de Belzebu (v. 22).
Assim Cristo vê-se obrigado a não só pregar o Reino de Deus, como também a fazer a sua apologia, vincando a impossibilidade de atacar alguém sem ter alguma inimizade com o atingido, e sem, pelo menos, tê-lo impedido de se defender (vv. 23-27). Se o demónio estava manietado já não era mau de todo; algum contributo bom era forçoso admitir da pregação de Jesus.
Mas há ainda outro argumento. De facto a segunda parte do discurso (vv. 28–29) começa com um corte nítido («em verdade vos digo») e um tom notoriamente severo: acusa-se o pecado e dá-se-Ihe, além disso, uma pena(«nunca será perdoado» e «será réu de delito perpétuo». Este argumento só é dito no fim: tem espírito imundo (v. 30). A acusação da falta de pureza, não era somente uma calúnia ou uma manifestação raivosa – como, aliás, todas as outras – de recusa na aceitação da pregação do Mestre; era algo que feria o mais íntimo da Pessoa de Cristo e que atentava retorcidamente, de modo diabólico, contra tudo o que o Senhor viera fazer e ensinar. «A fornicação – dirá mais tarde S. Paulo – nem se mencione entre vós» (Ef 5,3).
O Senhor nem sequer se detém na defesa tratando o tema da castidade. Esta acusação provoca a ira divina; isto é algo muito mais sério: é a blasfémia contra o Espírito Santo. E vemos Jesus não já ferido mas irado. A acusação de impureza contaminava imediatamente todos os que andavam com Cristo, e que eram os seus verdadeiros familiares (vv. 33-35). Afastar dele os seus discípulos com um argumento deste género era algo muito mais grave do que simplesmente a calúnia que colocava em guardar aqueles que ainda O não conheciam, ou, pelo menos, não viviam com Ele. Que afastassem d’Ele, ou hostilizassem os seus familiares segundo a carne, era-Lhe mais suportável do que corromperem a relação que unia Cristo com aqueles que procuravam fazer a Vontade do Pai, os seus verdadeiros familiares, segundo o Espírito. E Jesus amaldiçoa violentamente tal tentativa, chamando-a pecado contra o Espírito.
E é então que voltamos a ver os familiares de Jesus. Vêm, desta vez com a Sua Mãe, e não para O deter mas para Lhe falar. Podemos presumir razoavelmente que Ela os terá aproximado do Filho mudando-lhes a atitude que antes tinham (vv. 31-32).
Sugestões para a homilia
“No Senhor está a misericórdia e a abundante Redenção”.
Cuidados a ter para conseguir a nossa tão desejada salvação.
Meios a que podemos e devemos recorrer.
1. No Senhor está a misericórdia e a abundante Redenção.
O demónio, pai da mentira, conseguiu enganar os nossos primeiros pais e ao longo da história da humanidade tem continuado, com suas artimanhas, tentar seduzir os homens.
Frente a tanto engano, logo após a primeira queda, Deus, nosso Pai bondosíssimo, prometeu Alguém, que da descendência da mulher, haveria de esmagar a cabeça da serpente enganadora. E a promessa foi cumprida com a criação de Maria Imaculada, a bendita entre todas as mulheres, que viria a ser a Mãe puríssima de Jesus, Redentor da Humanidade. Apoiados n’Ele e na intercessão valiosíssima de Maria Santíssima, sempre encontraremos as forças necessárias para resistir às tentações do mundo, do demónio e da carne. Pois n’Ele e só n’Ele está a misericórdia e a abundante Redenção.
2. Cuidados a ter para conseguir a nossa tão desejada salvação.
Não foi fácil enganar os nossos primeiros pais. Neles ainda não existiam inclinações para o mal. Apesar disso, o demónio conseguiu vencê-los levando-os a duvidarem do Amor que Deus lhes tinha e neles fazer despertar o orgulho de se sua importância, a tal ponto que passaram a ver no Senhor, não um Amigo, como sempre foi e é, mas como um rival.
O demónio, que existe, mesmo para aqueles que o queiram esquecer ou negar, com maior facilidade nos tenta a nós apontando-nos caminhos errados da vida. Conta com as nossas inclinações para o mal. Como pai da mentira, que é, estimula os enganos do poder, do orgulho pessoal, da vaidade, do ódio, da sensualidade. Para a divulgação destas mentiras, recorre tantas vezes aos meios poderosíssimos da comunicação social que hoje existem. Em tal aproveitamento se comprovam as afirmações de Jesus, quando, a propósito, nos diz que “os filhos das trevas são mais prudentes, que os filhos da luz.”
3. Meios a que podemos e devemos recorrer.
Jesus, nosso amantíssimo Redentor, não nos deixou sós nos caminhos da vida. Ele mesmo continua connosco. Está realmente presente na Santíssima Eucaristia e identifica-se com todos os nossos irmãos, a começar com as crianças, pobres, marginalizados, doentes e presos. Ter fé, para O ver e encontrar, deve ser uma preocupação constante da nossa vida. Com Ele, omnipotente e infinitamente bom, todas as dificuldades, por maiores que sejam, serão vencidas. Para a conservação e aumento desta virtude fundamental da fé, que ilumina e dá sentido ao nosso caminhar na vida, é necessário e sempre urgente o recurso à oração, à intercessão da Santíssima Virgem, Mãe de Deus e também nossa terna Mãe do Céu, à escuta e meditação da Palavra de Deus e à frequência dos Sacramentos, nomeadamente da Penitência e da Eucaristia, ao jejum, à esmola, à aceitação dos sacrifícios que a vida nos proporcione, numa total conformidade com a vontade do Senhor.
Nossa Senhora em Fátima veio a todos lembrar, estes meios evangélicos, a que devemos lançar mão de uma forma convicta e constante. Penitência e oração, foi o Seu apelo constante. Vale bem a pena seguir tão bons conselhos desta Mãe, que tanto nos ama. Ela só quer verdadeiramente o nosso bem temporal e eterno. Com uma correspondência generosa a este apelo materno, estaremos também a agradecer a Nossa Senhora, Jesus, o bendito fruto de Seu ventre, no Qual está a misericórdia e a abundante Redenção.
LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Aceitai, Senhor, os dons que recebemos da vossa generosidade e trazemos ao vosso altar, e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam às alegrias eternas. Por Nosso Senhor.
SANTO
Monição da Comunhão
Jesus, nosso amantíssimo Redentor, o Filho unigénito de Deus Pai, nascido da Virgem Maria, vai descer ao nosso coração. Recebamo-Lo com fé, amor e profunda gratidão, pedindo-Lhe também que ilumine sempre os caminhos da nossa vida.
Salmo 17, 3
ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Sois o meu protector e o meu refúgio, Senhor; sois o meu libertador; meu Deus, em Vós confio.
Ou
1 Jo 4, 16
Deus é amor. Quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Nós Vos pedimos, Senhor, que a acção santificadora deste sacramento nos liberte das más inclinações e nos conduza a uma vida santa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
RITOS FINAIS
Monição final
Alimentados com a palavra de Deus vamos partir com mais certezas, para não nos deixarmos enganar pelo maligno e podermos ser assim construtores de um mundo melhor. Com esse propósito, ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
HOMILIAS FERIAIS
10ª SEMANA
2ª Feira, 8-VI: S. Barnabé: A pregação e o cuidado dos doentes.
Act 11, 21-26 (prop.) / Mt 10, 7-13 (aprop.)
Ide pregar… Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios.
S. Barnabé pôs em prática o mandato do Senhor (Ev.). Foi destacado para pregar o Evangelho em Antioquia e, mais tarde, para acompanhar S. Paulo na sua primeira viagem apostólica (Leit).
Além da pregação, o Senhor confia também aos Apóstolos o cuidado dos enfermos: «A Igreja recebeu este encargo do Senhor. Ela crê na presença vivificante de Cristo, médico das almas e dos corpos, presença que age particularmente através dos sacramentos» (CIC, 1509): Não deixemos de proclamar a Boa Nova e de cuidar dos nossos e dos outros doentes.
3ª Feira, 9-VI: Aprender a viver da fé.
1 Reis 17, 1-6 / Mc 5, 1-12
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.
A luz a que Jesus se refere (Ev.) é a luz da fé, que deve estar bem viva em cada um de nós, para podermos dar testemunho aos outros.
O profeta Elias ensinou a viúva de Sarepta a viver de fé, de confiança em Deus: «Elias ensina à viúva de Sarepta a fé na palavra de Deus, fé que ele confirma com a sua oração insistente: Deus faz voltar à vida o filho da viúva (Leit.)» (CIC, 2583). É com esta fé em Cristo que nós podemos alcançar a verdade, que acreditamos que a força de Deus está em acção na história e que o sofrimento tem valor salvífico.
4ª Feira, 10-VI: S. António: Poderoso intercessor e insigne pregador.
Sir 39, 8-14 / Mt 5, 13-19
Vos sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo.
Santo António tinha a força do sal (Ev.), fruto da sua união com Deus, que lhe permitiu combater as heresias que se iam espalhando no seu tempo sobre a Eucaristia. Além disso, essa mesma força de Deus serviu-lhe para a realização de inúmeros milagres: é um poderoso intercessor nas necessidades (Oração).
«Aquele que medita na lei do Altíssimo será cheio do espírito de inteligência» (Leit.). Santo António foi um insigne pregador do Evangelho (Oração), foi professor de Teologia e escreveu vários sermões cheios de doutrina e piedade.
5ª Feira, 11-VI: Aspectos da caridade fraterna.
1 Reis 18, 41-46 / Mt 5, 20-26
Se estiveres, pois, a apresentar a tua oferta ao altar e aí te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti…vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.
As nossas ofertas ao Senhor (Ev.) devem ir acompanhadas da caridade fraterna: sabermos pedir perdão quando ofendemos outra pessoa; termos paciência para sabermos perdoar com prontidão e generosidade, e com um sorriso na cara.
Sigamos o exemplo de Jesus na Cruz: calava-se, apesar dos ataques brutais que sofreu; dirigia-se ao Pai, a pedir perdão: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem»; por amor, perdoava a todos, mesmo àqueles que o tratavam mal e insultavam.
Celebração e Homilia: ALVES MORENO
Nota Exegética: JOSÉ MIGUEL FERREIRA MARTINS
Homilias Feriais: NUNO ROMÃO
Sugestão Musical: DUARTE NUNO ROCHA