Roteiro Homilético – XVII Domingo do Tempo Comum – Ano B

RITOS INICIAIS

 

Salmo 67, 6-7.36

ANTÍFONA DE ENTRADA: Deus vive na sua morada santa, Ele prepara uma casa para o pobre. É a força e o vigor do seu povo.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

Os textos litúrgicos deste Domingo falam-nos da Providência divina. Deus enche de seus bens todo o universo e de modo especial a humanidade.

 

ORAÇÃO COLECTA: Deus, protector dos que em Vós esperam: sem Vós nada tem valor, nada é santo. Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia, para que, conduzidos por Vós, usemos de tal modo os bens temporais que possamos aderir desde já aos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: Com vinte pães o profeta Eliseu alimenta cerca de cem homens. Este texto foi escolhido para mostrar a superioridade do grande milagre da multiplicação dos pães feito por Jesus, com vamos ouvir no Evangelho. Deus cumpre a sua promessa: «Todos comeram e ainda sobrou, segundo a palavra do Senhor.»

 

2 Reis 4, 42-44

Naqueles dias, 42veio um homem da povoação de Baal-Salisa e trouxe a Eliseu, o homem de Deus, pão feito com os primeiros frutos da colheita. Eram vinte pães de cevada e trigo novo no seu alforge. Eliseu disse: «Dá-os a comer a essa gente». 43O servo respondeu: «Como posso com isto dar de comer a cem pessoas?» Eliseu insistiu: «Dá-os a comer a essa gente, porque assim fala o Senhor: ‘Comerão e ainda há-de sobrar’». 44Deu-lhos e eles comeram, e ainda sobrou, segundo a palavra do Senhor.

 

O nosso texto é extraído do chamado «ciclo de Eliseu» (2 Rs 2, 13 – 13, 25), onde se contam grandes prodígios deste profeta. Foi escolhido para a Liturgia de hoje para pôr em evidência a superioridade de Jesus sobre o maior taumaturgo de todos os profetas. De facto, o contraste é flagrante: com 20 pães Eliseu alimentou 100 pessoas, ao passo que Jesus, com 5 pães, alimenta 5000. A desproporção é de 1 para 5 e de 1 para mil, e nem sequer o aspecto prodigioso se situa no mesmo plano, pois não se diz que Eliseu multiplicou o pão, mas apenas que fartou a sua gente.

 

Salmo Responsorial

Sl 144 (145), 10-11.15-16.17-18 (R. cf. 16)

 

Monição: Este salmo é um poema de louvor à divina providência e traduz a alegria e a gratidão dos crentes. Damos graças ao Senhor que nos alimenta e enche de seus bens! Em comunhão com toda a Igreja, cantamos: «Vós abris, Senhor as vossas mãos e saciais a nossa fome!»

 

Refrão:         ABRIS, SENHOR, AS VOSSAS MÃOS

                      E SACIAIS A NOSSA FOME.

 

Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas

e bendigam-Vos os vossos fiéis.

Proclamem a glória do vosso reino

e anunciem os vossos feitos gloriosos.

 

Todos têm os olhos postos em Vós,

e a seu tempo lhes dais o alimento.

Abris as vossas mãos

e todos saciais generosamente.

 

O Senhor é justo em todos os seus caminhos

e perfeito em todas as suas obras.

O Senhor está perto de quantos O invocam,

de quantos O invocam em verdade.

 

Segunda Leitura

 

Monição: S. Paulo ensina-nos: «há um só Corpo, um só Espírito, um só Senhor, uma só fé e um só Baptismo». A unidade da Igreja é fruto do Espírito Santo que habita em nós e realiza a maravilhosa comunhão dos fiéis: formamos um só corpo em Cristo Jesus!

 

Efésios 4, 1-6

Irmãos: 1Eu, prisioneiro pela causa do Senhor, recomendo-vos que vos comporteis segundo a maneira de viver a que fostes chamados: 2procedei com toda a humildade, mansidão e paciência; suportai-vos uns aos outros com caridade; 3empenhai-vos em manter a unidade de espírito pelo vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança na vida a que fostes chamados. 5Há um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo. 6Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, actua em todos e em todos Se encontra.

 

A leitura corresponde ao início das exortações morais da Epístola (cap. 4 – 6). Pelo que diz no v. 1 – «estou na prisão» – ficamos a saber que S. Paulo escreve estando prisioneiro. Segundo a opinião tradicional, S. Paulo estaria no primeiro cativeiro romano, entre os anos 60-61 e 62-63; o Apóstolo não estava num calabouço, mas no regime da «custodia libera», com o braço direito preso ao esquerdo dum soldado que se revezava, esperando, numa certa liberdade, vivendo por conta própria (cf. Act 28, 16), a hora de ser julgado no tribunal imperial. As razões para negar a autenticidade paulina da carta pela maioria dos críticos não são absolutamente peremptórias.

3-6 A unidade de espírito, para que se apela tem uma base doutrinal sólida: «Há um só Corpo», o de Cristo, que é uma única Igreja (cf. Ef 1, 22-23); «há um só Espírito», o Espírito Santo, a alma da Igreja; «uma só esperança», o mesmo Céu para todos, a vida eterna a que estamos destinados; «há só Senhor, uma só fé…». Como diz o Vaticano II, no decreto sobre o ecumenismo, «o Espírito Santo, que habita nos crentes, enche e rege toda a Igreja, realiza aquela maravilhosa comunhão dos fiéis e une a todos tão intimamente em Cristo, que é o princípio da unidade da Igreja» (UR, 2).

 

Aclamação ao Evangelho

 Lc 7, 16

 

Monição. Aclamemos Jesus Cristo, que nos oferece o Pão do Céu, o alimento que permanece para a vida eterna. Deus visitou o seu povo: «Jesus é Profeta que estava para vir ao mundo.»

 

ALELUIA

 

Apareceu entre nós um grande profeta:

Deus visitou o seu povo.

 

 

Evangelho

 

São João 6, 1-15

Naquele tempo, 1Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, ou de Tiberíades. 2Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. 3Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?» 6Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. 7Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um». Disse-Lhe um dos discípulos, 8André, irmão de Simão Pedro: 9«Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» 10Jesus respondeu: «Mandai sentar essa gente». Havia muita erva naquele lugar e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. 11Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram. 12Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca». 13Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido. 14Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». 15Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.

 

A importância doutrinal deste capítulo 6 do Quarto Evangelho é posta em evidência pelo facto de ser o mais comprido de todos os relatos joaninos. Não deixa de ser significativo que tenhamos nos Evangelhos seis relatos de multiplicação do pão: esta insistência parece corresponder a um interesse motivado pela relação deste milagre com a Eucaristia, podendo observar-se em todos esses relatos uma grande semelhança de linguagem com os da instituição da Eucaristia, os quais, por sua vez, têm fortes ressonâncias litúrgicas, provenientes certamente da vida das primitivas comunidades. Em João o relato do milagre serve mesmo de introdução ao discurso do pão do Céu que se lhe segue. Por outro lado, fica patente que a pregação de Jesus se dirige a pessoas que não são puros espíritos, mas são gente que precisa tanto do pão para a boca como do pão para a alma. Vêm a propósito as palavras de Bento XVI, Deus caritas est, nº 32: «A prática da caridade é um acto da Igreja enquanto tal, e também ela, tal como o serviço da Palavra e dos Sacramentos, faz parte da sua missão originária».

É interessante verificar que S. João, além de conservar muitos pormenores que os Sinópticos não transmitiram, em nada contradiz o relato dos outros três Evangelhos. Com efeito, ele refere a ocasião da Páscoa (v. 4), que os pães eram de cevada {v. 9), que o chão tinha erva abundante (v. 10), conserva o nome dos dois discípulos (vv. 5.8) e que quem tinha os 5 pães era um rapaz (v. 9). Por outro lado, o IV Evangelho dá maior relevo à figura de Jesus que é quem toma iniciativas (vv. 6.12).

1. A tradição cristã palestina considera que «o outro lado do mar da Galileia» não é a margem oriental, mas o outro lado dum golfo existente na mesma margem ocidental (Tabga).

4ss. A referência à proximidade da Páscoa, sublinhada com a referência à muita erva própria da época pascal (v. 10), é como a chave para que o leitor descubra que o milagre da multiplicação do pão prefigura a Páscoa cristã e a instituição da Santíssima Eucaristia.

14. «O Profeta», isto é, o novo Moisés, o Messias anunciado em Dt 18, 15.

 

Sugestões para a homilia

A providência divina.

O tema da Missa de hoje é a Providência Divina em favor de todos os homens. Na primeira leitura, tirada do Livro dos Reis, o profeta Eliseu, confia na palavra de Deus e sacia a fome de algumas pessoas. Esta leitura do Antigo Testamento foi escolhida em função do milagre da multiplicação dos pães, para evidenciar a superioridade de Jesus. Vejamos o contraste: com vinte pães Eliseu alimentou cem pessoas. Com apenas cinco pães, Jesus alimentou cinco mil. Nos dois casos, todos comeram, ficaram saciados e ainda sobrou. Isto demonstra que Deus distribui com abundância os Seus bens pelas Suas criaturas, como cantava o salmista: «Vós abris, Senhor, a Vossa mão, e saciais a nossa fome.» Os dois milagres são feitos a partir de reduzidas provisões: os vinte pães oferecidos ao profeta Eliseu e os cinco pães e os dois peixes oferecidos a Jesus por um rapazinho. Deus pode fazer tudo do nada, mas habitualmente serve-se de nós para fazer as Suas intervenções. Quando o homem faz aquilo que está ao seu alcance, Deus faz frutificar as suas obras.

Se o milagre da primeira leitura é prelúdio da multiplicação dos pães operada por Jesus, por sua vez, este milagre prepara o grande milagre da Eucaristia: através da Comunhão Jesus dá-nos o alimento do seu Corpo, o Pão vivo descido do Céu.

Todos comeram e ficaram saciados! Encheram doze cestos com os bocados que sobraram! Esta abundância revela a grandeza da Providência divina. No primeiro milagre feito por Jesus nas bodas de Caná, quando transformou a água em vinho, já está presente este sinal da abundância. Ao multiplicar o pão e o vinho, certamente que Jesus via mais longe: Jesus havia de oferecer-nos o seu Corpo e o Sangue! «O pão que Eu hei-de dar é a minha carne, para a vida do mundo!» O pão e o vinho na mesa da Comunhão matam a fome e a sede de infinito de milhões de crentes. O Corpo e o Sangue de Jesus tornam-se para nós o alimento que sacia a nossa fome e permanece para a vida eterna.

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Aceitai, Senhor, os dons que recebemos da vossa generosidade e trazemos ao vosso altar, e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam às alegrias eternas. Por Nosso Senhor.

 

SANTO

 

Monição da Comunhão

 

Graças vos damos Senhor!

Os nossos olhos estão postos em Vós. A seu tempo Vós nos dais o alimento! (Salmo)

 

Salmo 102, 2

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças os seus benefícios.

 

Ou

Mt 5, 7-8

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho, fazei que este dom do seu amor infinito sirva para a nossa salvação. Por Nosso Senhor.

 

 

RITOS FINAIS

 

Monição final

 

«A prática da caridade é um acto da Igreja e faz parte da sua missão originária.»

Papa Bento XVI, Deus caritas est, nº 32

Multipliquemos do pão que mata a fome do corpo e trabalhemos pelo alimento que permanece para a vida eterna!

 

HOMILIAS FERIAIS

 

17ª SEMANA

 

2ª Feira, 30-VII: A transformação da sociedade.

Ex 32, 15-24 / Mt 3, 31-35

As tábuas eram obra de Deus, a escrita era letra de Deus, gravada nas tábuas.

Nas tábuas encontramos as palavras de Deus, que indicam as condições duma vida humana vivida plenamente. «Por isso, é que estas tábuas são chamadas ‘o testemunho’ (cf Leit). De facto, elas contêm as cláusulas da Aliança concluída entre Deus e o seu povo.

Com a imagem do fermento (cf Ev), o Senhor recorda-nos a nossa responsabilidade na família, no trabalho, na sociedade, etc., de tal maneira que ajudemos a transformar o ambiente em que vivemos.

 

3ª Feira, 31-VII: Capacidade de discernimento.

Ex 33, 7-11; 34, 5-9. 28 / Mt 13, 36-43

A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o demónio.

Esta parábola do trigo e do joio continua a ser de grande actualidade: junto com a cultura, fruto do cristianismo, há uma nova cultura influenciada pelos meios de comunicação social.

Para nos ajudar a discernir o que é bom e o que é mau podemos consultar o Senhor, como Moisés fazia na Tenda do Encontro (cf Leit) e pedir humildemente a sua ajuda: «É certo que somos um povo insubmisso, mas perdoai as nossas faltas e pecados e fazei de nós a vossa herança» (Leit).

 

4ª Feira, 1-VIII: S. Marta: Acolher bem o Senhor.

Jo 4, 7-16 / Jo 11, 19-27

Marta disse então a Jesus: Se tivesses estado aqui, Senhor, meu irmão não teria morrido.

Os irmãos de Betânia mantinham uma grande amizade com o Senhor, que lá procurava descansar e se sentia bem acompanhado. Marta oferecia-lhe a hospitalidade (cf Oração); pediu-lhe pela ressurreição do irmão e conseguiu-o.

Imitemos a hospitalidade de Marta, acolhendo bem o Senhor e as pessoas amigas; imitando a sua oração, pedindo pela resolução dos problemas de amigos e conhecidos. O Pai não deixará de nos ouvir, porque «foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados» (Leit).

 

5ª Feira, 2-VIII: A ‘nuvem’ e a presença de Deus.

Ex 40, 16-21. 34-38 / Mt 13, 47-53

A nuvem do Senhor estava de dia sobre o Tabernáculo e, de noite, havia nele um fogo.

«A nuvem e a luz. Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o Deus vivo e salvador… a Moisés no monte Sinai, na Tenda do Encontro e durante a marcha pelo deserto (cf Leit)» (CIC, 697).

Saibamos descobrir esta presença de Deus nos Sacrários. Lembremo-nos de que é «muito boa companhia a do bom Jesus, para não nos separarmos d’Ele e da sua santíssima Mãe» (S. Teresa de Ávila).

 

6ª Feira, 3-VIII: As referências de Deus.

Lev 23, 1. 4-11. 15-16. 27. 34-37 / Mt 13, 54-58

Não é Ele o filho do carpinteiro? Não tem sua mãe o nome de Maria?

Estas são as referências que têm os conterrâneos de Jesus; o trabalho, a mãe. Procuremos que o nosso trabalho tenha igualmente uma referência a Deus, oferecendo-o ao Senhor cada dia, fazendo-o bem feito. E que Maria esteja igualmente presente na nossa vida: «chamada nos Evangelhos a ‘Mãe de Jesus’ (Ev), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e, desde antes do nascimento de seu Filho, como a ‘Mãe do meu Senhor’» (CIC, 495).

Deus indicou igualmente a Moisés uma série de solenidades para se ter o Senhor presente (cf Leit).

 

Sábado, 4-VIII: A coerência eucarística e suas consequências.

Lev 25, 1. 8-17 / Mt 14, 1-12

Herodes mandara prender João por causa de Herodíade. É que João dizia a Herodes: Não podes tê-la contigo.

João Baptista foi martirizado por defender a verdade do Evangelho sobre o casamento (cf Ev).

Procuremos viver a coerência eucarística, isto é, o acto de culto há-de ter consequências nas nossas relações sociais. Assim, Deus recordou a Moisés os dias festivos e o modo de vivê-los, quanto às colheitas e às pessoas (cf Leit). A palavra de Deus que escutamos nesses dias deve ser acolhida e levada aos nossos actos e às pessoas com quem convivemos.

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:  JOSÉ ROQUE

Nota Exegética:   GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais: NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:    DUARTE NUNO ROCHA

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