Terça-feira, 21/02//2023 – Mc 9,30-37
- Consciente que deve sofrer
É certo: Jesus, quando estava entre nós em carne mortal, sabia quem é ele: perfeito Deus e perfeito Homem. É igualmente certo afirmar que ele sabia para o que veio a este mundo: para morrer pela nossa salvação e, efetivamente, salvar-nos. Ele via o Pai constantemente e esta visão era mais que suficiente para que ele fizesse uma afirmação deste nível: “O Filho do Homem será entregue às mãos dos homens e eles o matarão e, morto, depois de três dias ele ressuscitará” (Mc 9,31).
Jesus foi sacerdote e vítima no próprio sacrifício. Logicamente, Jesus não se matou a si mesmo, mas entregou-se por amor ao Pai por nós (Jo 14,31; Gl 2,20). Enquanto os acontecimentos externos da Paixão constituem o sacrifício exterior, sua obediência e amor ao Pai constituem o sacrifício interior, que é o mais essencial no sacrifício de Cristo. Ele é o verdadeiro sacerdote que oferece a sua vida por obediência e amor, fazendo de sua morte um ato de culto perfeitíssimo ao Pai. Jesus é, portanto, o sacerdote e a vítima da Nova Aliança. A Páscoa de Jesus, sua passagem desta vida ao Pai em sua humanidade é, portanto, a salvação da sua humanidade enquanto ela recebe a glorificação e entra na feliz eternidade, é a salvação da nossa humanidade enquanto nós fomos assumidos na humanidade do nosso Mediador, é salvação de todas as criaturas enquanto ele é a ponte de todas as criaturas em relação ao Deus uno e trino. Louvemos ao Pai por tão grande Dom (seu Filho encarnado) entregue a nós como salvação pela ação do Espírito Santo.
Pe. Françoá Costa
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