Terça-feira, 11/10/2022 – Lc 11,37-41
- Jesus fazia apostolado do almoço
Frequentemente, a mesa é um momento maravilhoso para intensificar as amizades e para evangelizar. São Josemaria Escrivá chamava isto de “apostolado do almoço” (Caminho, 974). Vejam a cena de hoje: Jesus foi convidado para almoçar na casa de um fariseu e, ao entrar na casa dele, começou um trabalho de evangelização muito forte (Lc 11,37-41). As palavras de Cristo, naquela ocasião foram verdadeiramente fortes: “Por dentro estais cheios de rapina e de perversidade!” (Lc 11,39). Certamente, nem sempre teremos que dizer palavras semelhantes aos nossos amigos.
Habitualmente, os nossos gestos de cordialidade aproximarão mais os nossos amigos de Deus do que a nossa fortaleza, ainda que, por vezes, tenhamos que ser fortes, como Jesus foi nesta ocasião. E, no entanto, um amigo não pode ver outro amigo, meio cego, a cair em um abismo e não ajudá-lo. Neste caso, a omissão seria também uma falsa amizade. Como um bom médico que tem que realizar uma cirurgia em um paciente para extirpar-lhe o câncer, assim temos que dizer àquele amigo, com fortaleza: “não saia com aquela mulher, pois, no seu caso, isto já configura um adutério”. É apenas um exemplo de como precisamos viver a caridade delicada da correção fraterna. Antigamente, os cristãos eram mais atentos à correção fraterna, tanto para fazê-la aos outros como para recebê-la, hoje em dia, devido ao papinho de “não se pode julgar ninguém” e a conversa mole de que “é preciso respeitar qualquer coisa que o outro faz”, não mais se corrige e, ao mesmo tempo, permite-se que as almas imortais caiam no abismo de sofrimentos eternos. Um ambiente agradável pode ser a ocasião para fazer a correção oportuna. Talvez o almoço ou outra ocasião distendida, possa ajudá-lo a fazer correções fraternas e melhorar a vida das pessoas ao seu entorno.
Pe. Françoá Costa
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