Roteiro Homilético – XXII Domingo do Tempo Comum – Ano B

RITOS INICIAIS

 

Salmo 85, 3.5

ANTÍFONA DE ENTRADA: Tende compaixão de mim, Senhor, que a Vós clamo o dia inteiro. Vós, Senhor, sois bom e indulgente, cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

É bom celebrar o encontro com o Deus da vida, do amor e da sabedoria. Ele está atento a todos os homens e mulheres que sofrem no seu corpo ou no seu espírito. Ele é o Deus do amor, da beleza e da dignidade.

A palavra de Deus convida-nos a saber escutar, a observar, a pôr em prática.

Cristo convida-nos à beleza interior, ao acolhimento sincero e coerente da novidade do seu projecto.

Ao termos consciência deste encontro de amor, santidade e vida, que o Espírito Santo, penetre o coração e a inteligência, libertando de toda a hipocrisia, vaidade e soberba. E nos conceda: olhar como Deus olha, ouvir como Deus ouve, falar como Deus fala e amar como Deus ama.

 

ORAÇÃO COLECTA: Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito, infundi em nossos corações o amor do vosso nome e, estreitando a nossa união convosco, dai vida ao que em nós é bom e protegei com solicitude esta vida nova. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: «Agora escuta»! Deus fala propondo a sua Palavra de amor, os seus mandamentos de vida e sabedoria. «Observai-os e ponde-os em prática».

 

Deuteronómio 4, 1-2.6-8

Moisés falou ao povo, dizendo: 1«Agora escuta, Israel, as leis e os preceitos que vos dou a conhecer e ponde-os em prática, para que vivais e entreis na posse da terra que vos dá o Senhor, Deus de vossos pais. 2Não acrescentareis nada ao que vos ordeno, nem suprimireis coisa alguma, mas guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus, tal como eu vo-los prescrevo. 6Observai-os e ponde-os em prática: eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência aos olhos dos povos, que, ao ouvirem falar de todas estas leis, dirão: ‘Que povo tão sábio e tão prudente é esta grande nação!’ 7Qual é, na verdade, a grande nação que tem a divindade tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos? 8E qual é a grande nação que tem mandamentos e decretos tão justos como esta lei que hoje vos apresento?»

 

A leitura é tirada da parte final do 1º discurso de Moisés; tem o aspecto duma espécie de introdução ao corpo legislativo central do Deuteronómio, num vivo apelo à observância da Lei.

7-8 «Qual é a grande nação…?» A superioridade de Israel sobre as grandes nações não reside no poderio militar, no valor e cultura do seu povo. Ele é incomparavelmente superior a todos os povos pelas relações tão estreitas com a divindade, pela elevadíssima noção que tem dum Deus único e transcendente, misericordioso e providente e, por outro lado, pela elevação da sua moral, das suas «leis e preceitos» (v. 1). Mas tudo isto – um poderoso motivo de credibilidade da sobrenaturalidade da sua religião – de nada aproveita se o povo não cumprir (v. 6) aqueles mesmos mandamentos que o tornam grande no meio dos outros povos.

 

Salmo Responsorial

Sl 14 (15), 2-3a.3cd-4ab.5 (R. 1a)

 

Monição: Na casa do Senhor habitará o que ama a Deus e ao próximo, o que vive na justiça, na verdade e faz da vida partilha.

 

Refrão:         QUEM HABITARÁ, SENHOR, NO VOSSO SANTUÁRIO?

 

Ou:                ENSINAI-NOS, SENHOR:

QUEM HABITARÁ EM VOSSA CASA?

 

O que vive sem mancha e pratica a justiça

e diz a verdade que tem no seu coração

e guarda a sua língua da calúnia.

 

O que não faz mal ao seu próximo

nem ultraja o seu semelhante,

o que tem por desprezível o ímpio,

mas estima os que temem o Senhor.

 

O que não falta ao juramento, mesmo em seu prejuízo,

e não empresta dinheiro com usura,

nem aceita presentes para condenar o inocente.

Quem assim proceder jamais será abalado.

 

Segunda Leitura

 

Monição: Acolher a Palavra em nós plantada é tarefa de cada um. Ela nos transforma em pessoas autênticas, coerentes, nos faz próximos, nos faz viver a verdadeira religião.

 

Tiago 1, 17-18.21b-22.27

Caríssimos irmãos: 17Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. 18Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas. 21bAcolhei docilmente a palavra em vós plantada, que pode salvar as vossas almas. 22Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, pois seria enganar-vos a vós mesmos. 27A religião pura e sem mancha, aos olhos de Deus, nosso Pai, consiste em visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e conservar-se limpo do contágio do mundo.

 

Começamos hoje, durante 5 domingos, a fazer uma leitura respigada da Epístola de S. Tiago. Como escrito tipicamente moral e didáctico que é, não obedece a um plano doutrinal previamente elaborado, sucedendo-se os temas ao correr da pena, sempre com a preocupação dominante de fazer um forte apelo a que os fiéis vivam o espírito cristão em todas as circunstâncias, de um modo coerente com a fé, em perfeita unidade de vida: o comportamento dos cristãos tem de ser um reflexo da sua fé.

17. «Pai das luzes» pode querer dizer, Pai dos astros (luminares: cf. Salm 136,7-9); estes mudam de posição e de luminosidade, em contraste com o seu Criador, «no qual não há variação nem sombra de mudança».

18. «Nos gerou (cf. Jo 1, 12-13; 3, 3; 1 Pe 1, 23; Tt 3, 5; 1 Jo 3, 9; 4, 7; 5, 1.4.18) pela palavra da verdade», isto é, pelo anúncio do Evangelho (cf. Ef 1, 13; 2 Cor 6, 7; 2 Tim 2, 15); para sermos primícias das suas criaturas: assim como os primeiros frutos da terra pertenciam a Deus (cf. Ex 22, 28-29; Lv 23, 10-14; Nm 15, 20-21; Dt 18, 4), assim também os cristãos, como início da humanidade renovada (cf. Apoc 14, 4; 21, 1; Rm 8, 19-23).

19-27 Nestes versículos, de que a leitura litúrgica extrai apenas uma pequena amostra, enumeram-se exigências para que a Palavra produza todo o seu fruto, com uma provável alusão à parábola do semeador (v. 21b: «a palavra em vós plantada» – cf. Mt 13, 4-30 par). Trata-se de viver numa absoluta coerência com a nova condição de filhos de Deus (v. 18) e com o Evangelho, o ponto fulcral da exortação que constitui este escrito: «sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes» (v. 22).

27 «A religião pura…» As obras de misericórdia fazem parte da essência da vida cristã (cf. Mt 25, 31-46; 1 Tm 5, 3-8).

 

Aclamação ao Evangelho

Tg 1, 18

 

Monição: A coerência da vida e a sua autenticidade- nas exigências do encontro com Cristo e da sua Boa Nova- provoca em nós um coração novo e uma sabedoria que nos permite ver como Deus vê.

 

ALELUIA

 

Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,

para sermos como primícias das suas criaturas.

 

 

Evangelho

 

São Marcos 7, 1-8a.14-15.21-23

Naquele tempo, 1reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém. 2Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. 3Na verdade, os fariseus e os judeus em geral não comem sem ter lavado cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos. 4Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição, como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre. 5Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?» 6Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: 7‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. 8aVós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens». 14Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidão e começou a dizer-lhe: «Ouvi-Me e procurai compreender. 15Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro; 21porque do interior dos homens é que saem os maus pensamentos:22imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. 23Todos estes vícios saem lá de dentro e tornam o homem impuro».

 

O texto evangélico não visa simplesmente dar a notícia de uma controvérsia, descrevendo o modo como Jesus se desenvencilhou da situação, ou relatar a oposição e conflito que começava a esboçar-se com as autoridades judaicas; aqueles «fariseus e alguns escribas, que tinham vindo de Jerusalém», viriam mandatados pelo Sinédrio. A intenção que preside ao relato é pôr em evidência o ensino de Jesus acerca da verdadeira pureza, do valor relativo das leis e tradições humanas e de como o elemento mais decisivo para a configuração moral do agir humano é a interioridade da pessoa, dando assim um golpe mortal no mero formalismo exterior.

1-13 Estes vv. referem a controvérsia a propósito de os discípulos de Jesus comerem sem lavar as mãos: é que estava a ser posta em causa a tradição dos antigos. S. Marcos explica brevemente os preceitos judaicos relativos a purificações (vv.3-4), pois escreve para cristãos que na maioria não são de origem judaica. Note-se que estes preceitos não constam de parte nenhuma do A. T.; a «tradição dos antigos» (v. 5), à letra, «dos mais velhos» (um título honorífico para célebres doutores da lei), pertencia à chamada «Lei oral», que os escribas, para imporem novas prescrições, faziam crer que fora revelada por Deus a Moisés, tão obrigatórias como a Lei escrita do A. T. e que só vieram a ser compiladas por escrito na Mixná (repetição), por fins do séc. II p. C. A 6ª ordem desta obra, dividida em 12 tratados, era toda ela dedicada às purificações. A generalidade do povo não fazia caso da purificação das mãos antes de comer, pois considerava que esta só obrigava os sacerdotes no exercício do culto (cf. Ex 30, 17-21). Jesus, com a citação de Is 29, 13, não só denuncia um culto sem alma, feito de exterioridades ocas e vazias, mas também censura abandono da lei de Deus em troca do zelo por preceitos humanos (v. 8; a leitura suprimiu as especificações dos vv. 9-13).

14-15 Nesta secção, só indirectamente ligada à anterior, Jesus dirige-se agora à «multidão» num ensino através de uma parábola, ou melhor de um enigma, que obriga a reflectir em que consiste a autêntica pureza; já não se trata apenas de superar tradições e convencionalismos humanos, mas de abandonar uma mentalidade que não faz a destrinça entre o bem e o mal; só o pecado é que torna o homem impuro, e não pode haver pecado sem um querer deliberado, mau e desordenado. E não é apenas a tradição dos escribas e fariseus que é ultrapassada, mas a lei ritual do A. T., que declarava as pessoas impuras por grande quantidade de coisas de que se não tinha qualquer espécie de culpa. Estamos aqui na novidade da Lei de Cristo e perante uma moral de amor e responsabilidade.

21-23 Estes vv. pertencem à explicação particular e bem realista dada aos discípulos (vv. 17-23; os vv. 16-20 são omitidos na leitura). A moral cristã está no pólo oposto de todo o formalismo. É só «do coração», isto é, da vontade livre, que provém o que contamina o homem moralmente. Sem conhecimento e deliberação não pode haver propriamente pecado.

Note-se que Marcos apresenta imediatamente a seguir Jesus em terras gentias, na região de Tiro e Sídon, e a entrar numa casa pagã, sem fazer caso da impureza legal em que incorria (v. 24).

 

Sugestões para a homilia

 

Os mandamentos, exigência de amor.

A proposta da coerência e verdade.

Os desafios de Hoje.

Os mandamentos, exigência de amor.

A Palavra de Deus como proposta para este Domingo leva-nos a saborearmos o convite a uma vida de autenticidade, verdade e coerência. E tudo como consequência de uma relação de amor com o Deus vivo que penetra a verdade de cada pessoa e de cada acontecimento.

No relativismo moral, na indiferença para com Deus, na justificação para o injustificável, na vivência da duplicidade e hipocrisia, quão importante são os Mandamentos de Deus! São expressão de vida, de sabedoria e santidade.

Na tentação de sobrepor os nossos «códigos», a ignorância que dispensa a Graça de Deus, as nossas perspectivas – muitas vezes até humanamente pobre – é necessário anunciar os Mandamentos e vivê-los.

Os Mandamentos são pedagogia divina a levar a Palavra à vida, aí onde as opções e as atitudes devem encontrar o seu carácter de profundidade do mistério da pessoa, da vida e da actuação de Deus em nós, e do seu projecto de amor.

Só a Palavra de Deus, referência de vida, pode descer ao mais profundo da verdade do ser humano e permitir a sua transformação, conversão e uma vida de transparência.

Só a novidade que é Cristo permite ser livre. Permite uma humanidade cheia de dignidade. Permite uma nova e bela relação com Deus. Cristo liberta e leva as pessoas a viver com intensidade o amor de Deus e dos irmãos. Só Ele liberta de todas as barreiras, muros e preconceitos.

A proposta da coerência e verdade.

Deus não teme a pessoa autêntica, humilde, sincera, mesmo que revele a sua fragilidade.

Deus não «suporta» o soberbo, o hipócrita, os que exteriormente se esforçam por dar nas vistas, mas numa ausência de total desejo de conversão. Dos que impedem a novidade do Espírito que tem poder de fazer de um pecador um santo, do Espírito que cria e recria!

A tentação da «carreira» tem gerado vida hipócrita e autênticos campos de destruição da beleza da vida dos outros, da sua simples e esforçada doação. Tem gerado clamorosas injustiças. Tem impedido a novidade do Espírito.

Mas também, às vezes, há o gosto de apostar no exterior, no «curriculum» pesado e alargado, como as «filactérias», mas que depois se revela ausência de amor, de compreensão e de misericórdia. É quase como uma tentação de apostar no ser humano apetrechado em tudo, como se dispensássemos a graça de Deus e o mistério do Sua presença encantadora e da surpresa e novidade do Espírito.

Na proposta de coerência, verdade e autenticidade é bem essencial amar e viver os Mandamentos como consequência da relação pessoal com Jesus Cristo.

Em e com Jesus aprendemos a ser livres, a amar verdadeiramente, a ver como Deus vê, a fazer da vida doação aos mais pequeninos e fracos, a dar as mãos aos que erraram e fracassaram na vida, a propor uma religião verdadeira e autêntica.

Os desafios de Hoje.

Se nós cristãos vivêssemos com autenticidade e coerência o nosso cristianismo encheríamos os nossos espaços e tempos com a encantadora e bela presença de Jesus Cristo. Como Ele aparece tantas vezes desfigurado, não tendo no Seu rosto beleza que atraia o ser humano!

É preciso observar e pôr em prática os Mandamentos, revelação da beleza de uma vida comprometida com o projecto de Deus.

Por isso, em Ano Sacerdotal, tendo como referência o Santo Cura d’Ars, significa construir atitudes de santidade e confiança e correspondência ao «bem que Deus em nós começou».

Significa orar verdadeiramente a vida para aí estabelecer coerência, edificar na verdade, robustecer-se na graça de Deus, comprometer-se com a vida, com Deus e com os irmãos.

Há sinais que são tradutores da coerência, de vidas sem hipocrisia: a celebração pessoal e sincera do sacramento da confissão. A clareza do projecto de Jesus Cristo, sem fugas, subterfúgios, nas exigências da Verdade. Olhar a Igreja como Mistério de Comunhão e não olhá-la com os esquemas de «empresa», de visões verdadeiramente humanas. E nesta linha desmascarar todas as tentativas de desfiguração que corrompe a justiça, a verdade, a dignidade. A urgência de se falar da Graça de Deus e da sua necessidade. Isto não é só «obra» nossa, mas graça que deve ser acolhida, agradecida e comprometida.

A Igreja apostou em Santo Agostinho, convertido. Fez dele um Bispo Santo! Será que estaremos presos a tantos preconceitos que nos impedem de ver a beleza que Deus opera, as transformações maravilhosas que realiza na vida de tantas pessoas? O Cura d’Ars foi novidade do Espírito. Nos preconceitos de muitos nunca este Sacerdote seria significativo na Igreja! E somos capazes de acolher e apostar? Damos hipóteses aos irmãos. Pesam mais em nós os defeitos ou a riqueza de coração e a beleza da vida?

Muitas vezes gastamos energias em futilidades. Gastamos meios económicos em vaidades de promoção. Criamos Espírito de competição para «arrumar» quem nos faz frente ou para «encher» o que só o espírito de oração e penitência podem encher! Criamos máquinas pesadas incapazes de descobrir a beleza da simplicidade de Cristo e do seu projecto.

Maria, Rainha de todos os cristãos ensina-nos a amar e a servir a Deus e aos irmãos com a verdade, com coerência e com a partilha da nossa vida. Ensina-nos a pôr em primeiro lugar o Amor a Deus e aos irmãos.

 

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos e realizai em nós, com o poder da vossa graça, a redenção que celebramos nestes mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

SANTO

 

Monição da Comunhão

 

Aceitar o desafio de comungar Jesus Cristo, Filho de Deus e Filho de Maria, exige de nós coerência, dinamismo e compromisso de amor a Deus e ao próximo.

Ser discípulo de Jesus Cristo implica aprender com Ele. Como Ele aprender a Olhar e a Julgar, no dinamismo potente do amor que se faz coerência, beleza interior e doação.

 

 

Salmo 30, 20

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Como é grande, Senhor, a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

 

Ou

Mt 5, 9-10

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste, fazei que esta fonte de caridade fortaleça os nossos corações e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

RITOS FINAIS

 

Monição final

 

O Mundo só tem necessidade dos Cristãos na medida em que eles se esforçam por ser santos, isto é, se esforçam por viver de acordo com os Mandamentos de Deus, como expressão de Amor a Deus e ao próximo.

Tem necessidade de Cristãos que pela coerência, beleza interior e compromisso de vida revelam a beleza do amor de Deus. E como consequência deste amor de Deus revelam a profundidade do ser humano e trilham caminhos de justiça, dignidade e vida.

 

 

HOMILIAS FERIAIS

 

22ª SEMANA

 

2ª Feira, 3-IX: Acompanhar o Senhor.

1Tes 4, 13-18 / Lc 4, 16-30

Se, como acreditamos, Jesus morreu e ressuscitou, assim também levará com Jesus aqueles que tiverem morrido em união com Ele.

«Viver no Céu é ‘estar com Cristo’ (Leit). Os eleitos vivem n’Ele; pois n’Ele se conservam, ou melhor, encontram a sua verdadeira identidade, o seu nome próprio» (CIC, 1025).

Os frequentadores da sinagoga, pelo contrário, não quiseram a companhia de Jesus e expulsaram-no da cidade. Em desagravo por esta atitude de tantos nos nossos dias, não deixemos de lhe fazer mais um pouco de companhia: uma visita ao Sacrário, comunhões espirituais, actos de desagravo, oferecimento do trabalho, etc.

 

3ª Feira,4-IX: Libertação da escravidão.

Tes 5, 1-6. 9-11 / Lc 4, 31-37

Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha o espírito de um demónio impuro.

Este homem, que tinha o espírito impuro (cf Ev), representa o pecador que se quer converter a Deus e que tem que se libertar da escravidão do pecado. No Pai-nosso pedimos a Deus que nos livre do mal: «Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, pedimos igualmente para sermos livres de todos os males presentes, passados e futuros» (CIC, 2853).

A nossa esperança está na morte de Cristo: «Cristo morreu por nós, para que, vivos ou mortos, cheguemos à vida em união com Ele» (Leit).

 

4ª Feira, 5-IX:Através do Evangelho escutamos o Senhor.

Col 1, 1-8 / Lc 4, 38-44

Tenho de ir às outras cidades para anunciar a Boa Nova do reino de Deus, porque para isto é que fui enviado.

A Boa Nova, que Jesus tinha que anunciar, é a mesma que encontramos nas Leituras, proclamadas na celebração eucarística. S. Paulo alegra-se por o Evangelho ter chegado à comunidade de Colossas (Leit).

«Quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura é o próprio Deus que fala ao seu povo, é Cristo presente na sua palavra que anuncia o Evangelho» (SC, 45). Dando bom testemunho verificar-se-á que: «o Evangelho tem estado a frutificar e a desenvolver-se» (Leit).

 

5ª Feira,6-IX: Procurar agradar a Deus.

Col 1, 9-14 / Lc 5, 1-11

Não temos deixado de orar por vós e de pedir que chegueis a conhecer plenamente a vontade de Deus.

Ao rezarmos o Pai-nosso pedimos a Deus que o seu plano se realize por completo na terra, como no Céu. «Foi em Cristo e pela sua vontade humana que a vontade do Pai se cumpriu perfeitamente e de uma vez para sempre…Só Jesus pode dizer: ‘Faço sempre o que é do seu agrado’» (CIC, 2824).

S. Paulo recomenda igualmente que procuremos agradar ao Senhor em tudo (cf Leit). Simão Pedro descobre a vontade de Deus e cumpre-a, ainda que, ao princípio não a entenda (cf Ev).

 

6ª Feira, 7-IX: Restaurar a imagem de Deus em nós.

Col 1, 15-20 / Lc 5, 33-39

Cristo é a imagem do Deus invisível, é quem tem a primazia sobre todas as criaturas.

«Foi Em Cristo, ‘imagem do Deus invisível’ (Leit), que o homem foi criado à imagem e semelhança do Criador. Assim como foi em Cristo, redentor e salvador, que a imagem divina, deformada pelo homem pelo primeiro pecado, foi restaurada na sua beleza original e enobrecida pela graça de Deus» (CIC, 1701).

Colaboraremos nesta restauração da imagem divina não empregando ‘remendos velhos’ (cf Ev), mas recorrendo à Confissão sacramental, recebendo o Senhor na Comunhão, lendo e meditando o Evangelho.

 

Sábado, 8-IX: A reconciliação de Deus com os homens.

Col 1, 21-23 / Lc 6, 1-5

Mas agora, Deus reconciliou-nos consigo, pela morte de Cristo no seu Corpo de carne, para nos apresentar diante d’Ele santos.

«Pelo sangue da sua Cruz, Ele, levando em si próprio a morte à inimizade (cf Leit), reconciliou Deus com os homens e fez da sua Igreja o sacramento da unidade do género humano e da sua união com Deus» (CIC, 2305).

Para que tal aconteça, S. Paulo aponta duas condições: a primeira uma fé sólida e firme, apoiada nos ensinamentos de Cristo e da Igreja; a segunda, a esperança no Evangelho (recordando todas as promessas de Cristo sobre a vida eterna: bem-aventuranças, Eucaristia, etc.).

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:          ARMANDO RODRIGUES DIAS

Nota Exegética:                     GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:                   NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:                 DUARTE NUNO ROCHA

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