Roteiro Homilético – II Domingo do Tempo Comum – Ano C

RITOS INICIAIS

 

Salmo 65, 4

ANTÍFONA DE ENTRADA: Toda a terra Vos adore, Senhor, e entoe hinos ao vosso nome, ó Altíssimo.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

O Profeta Isaías fala de Jerusalém e seu Povo como a Nação que o Senhor mais protege, engrandece e trata como «esposa». Tudo isto se aplica, de algum modo, à Família e à Igreja de Jesus Cristo.

Na Segunda Leitura os Dons do Espírito Santo são distribuídos por cada pessoa para que os coloque ao serviço de todos.

No Santo Evangelho, a presença de Jesus nas Bodas de Caná fala-nos da importância do Sacramento do Matrimónio e da Família.

 

ORAÇÃO COLECTA: Deus eterno e omnipotente, que governais o céu e a terra, escutai misericordiosamente as súplicas do vosso povo e concedei a paz aos nossos dias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

LITURGIA DA PALAVRA

 

Primeira Leitura

 

Monição: A Igreja, Esposa de Cristo, é a alegria de Deus.

 

Isaías 62, 1-5

1Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não terei repouso, enquanto a sua justiça não despontar como a aurora e a sua salvação não resplandecer como facho ardente. 2Os povos hão-de ver a tua justiça e todos os reis a tua glória. Receberás um nome novo, que a boca do Senhor designará. 3Serás coroa esplendorosa nas mãos do Senhor, diadema real nas mãos do teu Deus. 4Não mais te chamarão «Abandonada», nem à tua terra «Deserta», mas hão-de chamar-te «Predilecta» e à tua terra «Desposada», porque serás a predilecta do Senhor e a tua terra terá um esposo. 5Tal como o jovem desposa uma virgem, o teu Construtor te desposará; e como a esposa é a alegria do marido, tu serás a alegria do teu Deus.

 

Ver supra, notas da Primeira Leitura da Vigília do Natal

 

Salmo Responsorial

Sl 95 (96), 1-3.7-8a.9-10a.c (R. 3)

 

Monição: O Povo de Deus deve anunciar a todos os Povos as maravilhas de Deus.

 

Refrão:         ANUNCIAI EM TODOS OS POVOS AS MARAVILHAS DO SENHOR.

 

Cantai ao Senhor um cântico novo,

cantai ao Senhor, terra inteira,

cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

 

Anunciai dia a dia a sua salvação,

publicai entre as nações a sua glória,

em todos os povos as suas maravilhas.

 

Dai ao Senhor, ó família dos povos,

dai ao Senhor glória e poder,

dai ao Senhor a glória do seu nome.

 

Adorai o Senhor com ornamentos sagrados,

trema diante d’Ele a terra inteira;

dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,

governa os povos com equidade.

 

Segunda Leitura

 

Monição: O Espírito Santo nunca nos faltará com os Seus Dons.

 

Coríntios 12, 4-11

Irmãos: 4Há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. 5Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. 7Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum. 8A um o Espírito dá a mensagem da sabedoria, a outro a mensagem da ciência, segundo o mesmo Espírito. 9É um só e o mesmo Espírito que dá a um o dom da fé, a outro o poder de curar; 10a um dá o poder de fazer milagres, a outro o de falar em nome de Deus; a um dá o discernimento dos espíritos, a outro o de falar diversas línguas, a outro o dom de as interpretar. 11Mas é um só e o mesmo Espírito que faz tudo isto, distribuindo os dons a cada um conforme Lhe agrada.

 

Nos capítulos 12 a 14 de 1 Cor, S. Paulo aborda directamente o tema dos carismas para dar algumas normas práticas a fim de que tudo decorra com ordem nas reuniões litúrgicas; reconhece e aprecia a grande variedade e diversidade de dons, mas todos eles devem concorrer para o bem de todos. Assim como num corpo os diversos membros integram a unidade desse corpo, assim sucede na Igreja.

4-6 «Dons espirituais (carismas). Ministérios. Operações». Esta tripla designação parece referir-se sempre à mesma realidade, considerada segundo aspectos diferentes: a gratuitidade, a utilidade, a manifestação do poder divino, apropriando estas qualidades ao «Espírito» (Santo), ao Filho, «o Senhor», e ao Pai, «Deus (ho Theós)», que, precedido do artigo definido, indica a pessoa do Pai, em todo o grego do Novo Testamento. Estamos, assim, perante mais uma das ricas fórmulas trinitárias de S. Paulo.

7 «Dom… em ordem ao bem comum». Aqui trata-se de dons, ou graças, que a Teologia chama «gratis datæ», ou carismas, e que Deus concede primariamente em ordem à utilidade dos outros, e não ao proveito individual.

8-10 O Apóstolo apresenta um elenco dos carismas que o Espírito Santo concede, mas não pretende dar a lista completa deles (cf. vv. 28-31; Rom 12, 6-8; Ef 4, 11). Não é fácil indicar a natureza de cada carisma e como se distinguem entre si. «A mensagem da sabedoria» diz respeito à faculdade de conhecer e expor os mistérios divinos (cf. 2, 6-7). «A mensagem da ciência» refere-se à faculdade de conhecer e de expor as verdades básicas do cristianismo. «O dom da fé» não parece ser a virtude teologal, mas a plena confiança em Deus, e as obras de fé (que procedem da fé, «capaz de transportar montanhas»). O dom de «falar em nome de Deus» – à letra, de«profetizar» – não diz respeito apenas ao dom de conhecer e manifestar o futuro oculto, mas ao poder de falar em nome de Deus, para «edificação, exortação e consolação» dos fiéis (14, 3). Algumas vezes, porém, os profetas manifestavam também as coisas futuras e ocultas e os segredos dos corações (cf. 14, 25). O dom do «discernimento dos espíritos», – avaliar dons espirituais – completa o dom da profecia e relaciona-se com o poder de julgar se uma coisa deva ser atribuída ao bom ou ao mau espírito. «O dom de falar diversas línguas» não era o poder de anunciar o Evangelho em línguas desconhecidas, mas o de louvar e adorar a Deus (cf. 14, 2) em línguas e expressões insólitas, numa espécie de exaltação extática. Complemento do dom das línguas era «o dom de as interpretar», porque aquilo que dizia o favorecido pelo dom das línguas não era compreendido pelos demais e, às vezes, nem pelo próprio.

11 «Conforme Lhe agrada». Estes dons carismáticos não pertencem à perfeição da vida cristã, não podendo o cristão reivindicá-los; e seria uma desordem mesmo até desejá-los no que têm de extraordinário, antepondo-os à caridade (cf. v. 31).

 

Aclamação ao Evangelho            

Tes 2, 14

 

Monição: Nas bodas em Canás da Galileia «Jesus manifestou a sua glória» e «os discípulos acreditaram n’Ele».

 

ALELUIA

 

Deus chamou-nos, por meio do Evangelho, a tomar parte na glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 Evangelho

 

São João 2, 1-11

Naquele tempo, 1realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus. 2Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento. 3A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe: «Não têm vinho». 4Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora». 5Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser». 6Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos judeus, levando cada uma de duas a três medidas. 7Disse-lhes Jesus: «Enchei essas talhas de água». Eles encheram-nas até acima. 8Depois disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». E eles levaram. 9Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, – ele não sabia de onde viera, pois só os serventes, que tinham tirado a água, sabiam – chamou o noivo 10e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora». 11Foi assim que, em Caná da Galileia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele.

 

O evangelista não visa contar o modo como Jesus resolveu um problema numas bodas, mas centra-se na figura de Jesus, que «manifestou a sua glória», donde se seguiu que «os discípulos acreditaram n’Ele» (v. 11). Toda a narração converge para as palavras do chefe da mesa ao noivo: «Tu guardaste o melhor vinho até agora!» (v. 10). Esta observação encerra um sentido simbólico; o próprio milagre é um «sinal» (v. 11), um símbolo ou indício duma realidade superior a descobrir, neste caso: quem é Jesus. Podemos pressentir a típica profundidade de visão do evangelista, que acentua determinados pormenores pelo significado profundo que lhes atribui. O vinho novo aparece como símbolo dos bens messiânicos (cf. Is 25, 6; Joel 2, 24; 4, 18; Am 9, 13-15), a doutrina de Jesus, que vem substituir a sabedoria do A. T., esgotada e caduca. A abundância e a qualidade do vinho – 6 (=7-1) vasilhas [de pedra] «de 2 ou 3 metretas» (480 a 720 litros) – é um dado surpreendente, que ilustra bem como Jesus veio «para que tenham a vida e a tenham em abundância» (Jo 10, 10; cfr Jo 6, 14: os 12 cestos de sobras). O esposo das bodas de Caná sugere o Esposo das bodas messiânicas, o responsável pelo sucedido: n’Ele se cumprem os desposórios de Deus com o seu povo (cf. Is 54, 5-8; 62, 5; Apoc 19, 7.9; 21, 2; 22, 17).

Também se pode ver, na água das purificações rituais que dão lugar ao vinho, um símbolo da Eucaristia – o sangue de Cristo –, que substitui o antigo culto levítico, e pode santificar em verdade (cf. Jo 2, 19.21-22; 4, 23; 17, 17). Há quem veja ainda outros simbolismos implícitos: como uma alusão ao Matrimónio e mesmo à Ressurreição de Jesus, a plena manifestação da sua glória, naquele «ao terceiro dia» do v. 1 (que não aparece no texto da leitura de hoje).

Por outro lado, também se costuma ver aqui o símbolo do papel de Maria na vida dos fiéis (cf. Jo 19, 25-27; Apoc 12, 1-17), Ela que vai estar presente também ao pé da Cruz (Jo 19, 25-27): «e estava lá a Mãe de Jesus» (v. 1). Ao contrário dos Sinópticos, nas duas passagens joaninas fala-se da Mãe de Jesus, como se Ela não tivesse nome próprio; é como se o seu ser se identificasse com o ser Mãe de Jesus, a sua grande dignidade. Trata-se de duas menções altamente significativas: os capítulos 2 e 19 aparecem intimamente ligadas precisamente pela referência à «hora» de Jesus, numa espécie de inclusão de toda a vida de Cristo. Ela não é mais um convidado numas bodas; é uma presença actuante e com um significado particular, nomeada por três vezes (vv. 1.3.5), atenta ao que se passa: dá conta da situação irremediável, intervém e fala, quando o milagre que manifesta a glória de Jesus podia ser relatado sem ser preciso falar da sua Mãe, mas Ela é posta em foco.

1 «Caná»: só S. João fala desta terra (cf. 4, 46; 21, 2), habitualmente identificada com Kefr Kenna, a 7 Km a NE de Nazaré, o lugar de peregrinação, mas as indicações de F. Josefo fazem pensar antes nas ruínas de Hirbet Qana, a 14 Km a N de Nazaré.

«Não têm vinho». A expressão costuma entender-se como um pedido de milagre. A exegese moderna tende a fixar-se em que a frase não passa duma forma de pôr em relevo uma situação irremediável, de molde a fazer sobressair o milagre. Mas, sendo a Mãe de Jesus a chamar a atenção para o problema, consideramos que Ela é apresentada numa atitude de oração. Com efeito, a oração de súplica e de intercessão não consiste em exercer pressão sobre Deus, para O convencer, mas é colocar-se na posição de necessitado e mendigo perante Deus, é pôr-se a jeito para receber os seus dons. A intercessão de Maria consiste em pôr-se do nosso lado, em vibrar connosco, de modo que fique patente a nossa carência e se dilate a nossa alma para nos dispormos a receber os dons do Céu. Ela aparece aqui como ícone da autêntica oração de súplica e de intercessão; e é lícito pensar que isto não é alheio à redacção joanina, pois o milagre acaba por se realizar na sequência da intervenção da Mãe de Jesus (mesmo que alguns não considerem primigénio o diálogo dos vv. 3-4).

4 «Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora». A expressão «que a Mim e a Ti?»(ti emoi kai soi?) é confusa, pois pode significar concordância – «que desacordo há entre Mim e Ti?» –, ou então recusa – «que de comum [que acordo] há entre Mim e Ti?». Sendo assim, a expressão «ainda não chegou a minha hora», presta-se a diversas interpretações, conforme o modo de entender «a hora»: ou a hora de fazer milagres, ou a hora da Paixão. Para os que a entendem como a de fazer milagres, uns pensam que Jesus se escusa: «que temos que ver com isso Tu e Eu? (=porque me importunas?), com efeito ainda não chegou a minha hora», e só a insistência de Maria é que levaria à antecipação desta hora; ao passo que outros (E. Boismard, na linha de alguns Padres) entendem a frase como de um completo acordo: «que desacordo há entre Mim e Ti? porventura já não chegou a minha hora?»; assim se justificaria melhor a ordem que Maria dá aos serventes. Para os que entendem «a hora» como a da Paixão, também as opiniões de dividem acerca de como entender a resposta de Jesus; para uns, significaria acordo, como se dissesse: «que desacordo há entre Mim e Ti? com efeito, ainda não chegou a minha hora, a de ficar sem poder; por isso não há dificuldade para o milagre» (Hanimann); para outros, que entendem a hora do Calvário como a hora da glorificação de Jesus, de manifestar a sua glória, dando o Espírito, a expressão quer dizer: «que temos a ver Tu e Eu, um com o outro?» («que tenho Eu a ver contigo?»), uma expressão demasiado forte, a mesma que é posta na boca dos demónios (cf. Mc 5, 7; 1, 24). Sendo assim, com uma expressão tão contundente, a redacção joanina põe em evidência a atitude de Jesus, que, longe de ser ofensiva para a sua Mãe, o que pretende é mostrar a independência de Jesus relativamente a qualquer autoridade terrena, incluindo a materna (Gächter). Mas o apelo para que Maria não intervenha tem um limite: é apenas até que chegue a hora de Jesus; até lá, tem de ficar na penumbra (o que é confirmado pelas ditas «passagens anti-marianas»: Lc 2, 49; 8, 19-21 par; 11, 27-28). Então Ela vai estar como a nova Eva, a Mãe da nova humanidade, ao lado do novo Adão, junto à árvore da Cruz, daí que então seja chamada «Mulher» (Jo 19, 26), como nas Bodas de Caná.

 

Sugestões para a homilia

Relação entre Deus e o Seu povo

O amor entre esposo e esposa é um dos mais belos. Deus trata o seu povo como o Esposo trata a esposa.

Mas a esposa foi-Lhe infiel muitas vezes.

Deus não abandonou a esposa mas procurou corrigi-la. Um dos correctivos foi o exílio da Babilónia.

Isaías, no texto de hoje trata a esposa com estes termos: «Abandonada», «Deserta».

O mesmo Isaías muda de tom, dizendo: «Os povos hão-de ver a tua justiça, todos os reis a tua glória». E continua: «Receberás um nome novo, chamar-te-ão «Predilecta» e «Desposada».

Vejamos o último desabafo: «Como a esposa é a alegria do marido tu serás a alegria do teu Deus».

Qual a lição a tirar daqui?

O que aconteceu a Jerusalém, pode acontecer Igreja de Jesus Cristo e a cada um de nós.

Através do pecado mortal cortamos a nossa relação com o Deus (Esposo). Que fazer? Confiar na misericórdia do Esposo. Fazer penitência, pedir perdão, o Esposo ajuda-nos a recuperar o estatuto de esposa.

Os Dons do Espírito Santo

Para não trairmos o Esposo recebemos muitas graças e hoje, na Segunda Leitura, fala-se dos Dons do Espírito Santo, de outros ministérios, do poder de curar, de fazer milagres, etc.

Não pensemos que tudo isto é apenas literatura bíblica. Os dons do Espírito Santo não podem estar esquecidos. Devemos cultivá-los. Os cristãos de hoje devem conhecer todos os meios que Deus coloca à sua disposição para trilharem os caminhos da santidade. Isto vale sobretudo para os casais, para as Famílias. Os Dons do Espírito Santo são dados para que cada um melhor sirva os irmãos.

Cristo nas Bodas de Caná

No tempo de Jesus, Israel está à espera do Reino de Deus, o reino que os profetas tinham descrito como um banquete preparado com comidas suculentas e vinhos excelentes (Is 25, 6). Este anda triste. Porquê? O seu relacionamento com Deus já não é de uma esposa, que se sente feliz por poder desfrutar da ternura do Esposo.

À sua volta são muitas as exigências mas a desordem é bem maior. Quase como nos dias de hoje. As pessoas vivem tristes e inseguras.

Mas nas bodas de Cana algo surge de novo. Jesus e a Virgem Maria, assim nos relata o Evangelho de São João, estavam presentes. A dado momento consta que falta o vinho. Nossa Senhora, na Sua delicadeza pede a Jesus uma solução.

As palavras de Jesus: «Ainda não chegou a minha hora» merecem um comentário. Como teria de ser longe, não o fazemos.

Jesus, apesar de tudo, manda encher seis talhas de água e transforma a água em vinho.

Este é o primeiro milagre de Jesus e com estas consequências: «Jesus manifestaram n’Ele». Isto foi o mais importante.

Mas este milagre realizou-se numas bodas de casamento e não será descabido dizer que Jesus quis também sublinhar com este milagre à importância do casamento e da Família.

 

 

Oração Universal

 

Irmãs e Irmãos, oremos sobretudo pelas Famílias, dizendo:

Senhor, abençoai todas as Famílias

 

1.  Senhor, santificai os sacerdotes

e fazei que surjam mais vocações sacerdotais e religiosas, oremos.

 

2.  Peçamos pelo Santo Padre e pelo Colégio Episcopal,

para que orientados pelo Espírito Santo,

governem a Igreja com sabedoria, prudência e amor, oremos.

 

3.  Levemos os jovens cristãos,

que desejam seguir a vocação matrimonial a conhecer bem as responsabilidade que assumem

e se preparem devidamente para a recepção do Sacramento do Matrimónio, oremos.

 

4.  Por todas as Famílias e por nós, aqui presentes,

para que venhamos à Eucaristia, (Santa Missa), todos os domingos e dias santos de guarda,

numa comunhão total com Cristo, oremos.

 

5.  Para que o Senhor purifique o mundo de todos os erros,

cure as doenças, nos livre da fome e da guerra, oremos.

 

Deus de Amor, ouvi as nossas preces e fazei que pratiquemos só o que Vos agrada.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo…

 

 

LITURGIA EUCARÍSTICA

 

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Concedei-nos, Senhor, a graça de participar dignamente nestes mistérios, pois todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício realiza-se a obra da nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Prefácio

 

V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.

 

V. Corações ao alto.

R. O nosso coração está em Deus.

 

V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.

R. É nosso dever, é nossa salvação.

 

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo nosso Senhor. Nascendo da Virgem Maria, Ele renovou a antiga condição humana; com a sua morte na cruz destruiu os nossos pecados; com a sua ressurreição conduziu-nos à vida eterna e na sua ascensão abriu-nos as portas do céu.

Por isso, com os Anjos e os Santos, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:

Santo, Santo, Santo…

 

Monição da Comunhão

 

Sem a frequência da Santa Missa, a vida dos jovens que se preparam para o casamento e a vida das Famílias entrará em crise.

 

Salmo 22, 5

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Para mim preparais a mesa e o meu cálice transborda.

 

Ou

Jo 4, 16

Nós conhecemos e acreditámos no amor de Deus para connosco.

 

 

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade, para que vivam unidos num só coração e numa só alma aqueles que saciastes com o mesmo pão do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

RITOS FINAIS

 

Monição final

 

Sem amor, paz e alegria na Família, que brotam do amor a Deus e a Nossa Senhora, o mundo não será feliz nem progride.

 

 

 

 

HOMILIAS FERIAIS

 

2ª SEMANA

 

2ª Feira, 21-I: Unidade e obediência.

Sam 15, 16-23 / Mc 2, 18-22

Podem os companheiros do noivo jejuar, enquanto o noivo está com eles?

No primeiro dia do Oitavário de orações pela unidade dos cristãos lembremos a unidade de Cristo e da Igreja: «este aspecto é muitas vezes expresso pela imagem do esposo e da esposa. O próprio Senhor se designou como o ‘esposo’ (Ev)» (CIC, 796).

Nesta união não cabem remendos (Ev). No início do rasgão há sempre uma desobediência. Assim o refere Samuel ao rei Saul, o que tem uma consequência dramática: «Uma vez que rejeitaste a palavra do Senhor, também Ele te rejeitará como rei» (Leit). A desobediência provoca divisão.

 

3ª Feira, 22-I: O Espírito Santo, princípio da unidade da Igreja.

Sam 16, 1-13 / Mc 2, 23-28

Samuel deu-lhe a unção no meio dos irmãos. Daqui em diante, o Espírito do Senhor apoderou-se de David.

No Antigo Testamento houve vários ‘ungidos’ do Senhor, especialmente o rei David (Leit). Mas Jesus é o ‘ungido de Deus’ de uma maneira única: Ele é constituído ‘Cristo’ (Ungido) pelo Espírito Santo (CIC, 695).

O Espírito Santo é também o princípio da unidade da Igreja: «A Igreja é una graças à sua ‘alma’: o Espírito Santo, que habita nos crentes e que enche e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos fiéis e une-os todos tão intimamente em Cristo, que é o princípio da unidade da Igreja» (CIC; 813).

 

4ª Feira, 23-I: Exigências da unidade.

Sam 17, 32-33. 37. 40-51 / Mc 3, 1-6

David: Tu vens contra mim com a espada, e eu vou contra ti em nome do Senhor do universo, que tu desafiaste.

Ao rezarmos pela unidade dos cristãos tenhamos presente que é um dom de Deus, e que é necessário ultrapassar grandes dificuldades, mas David venceu Golias, em nome do Senhor do universo (Leit).

Jesus quer curar a mão de um homem (Ev), e fica triste com a dureza dos corações dos fariseus. O desejo de recuperar a unidade dos cristãos exige uma conversão do coração, pois a causa das divisões é a infidelidade dos membros ao dom de Cristo (CIC, 821).

 

5ª Feira, 24-I: Cura da ‘ferida’ da divisão.

Sam 18, 6-9; 19, 1-7 / Mc 3, 7-12

Na verdade havia curado muita gente e, assim, todos os que tinham padecimentos corriam para Ele.

Jesus tinha o poder de curar (Ev) e de perdoar pecados. É, sem dúvida, o Médico divino.

Para curar esta grande ferida da divisão dos cristãos precisamos recorrer ao médico divino. Mas estas divisões devem-se aos pecados dos homens: Onde há pecados, há multiplicidade, cisma, heresia, conflito. Onde Há virtude, há união (CIC, 817). Foi um pecado de inveja que provocou grande divisão entre Saul e David, de tal modo que o primeiro queria matar o último. Evitemos os pecados pessoais.

 

6ª Feira, 25-I: Os Apóstolos, fundamento da Igreja.

Sam 24, 3-21 / Mc 3, 13-19

Estabeleceu, pois, os Doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago.

Desde o início do seu ministério público, Jesus escolheu alguns homens, em número de doze, para participarem na sua missão (Ev). Constituirão os alicerces, onde se apoia a Igreja.

Os que se afastaram da Igreja precisam de uma grande conversão, para voltarem à unidade. Aconteceu com Saul, que moveu uma grande perseguição a David e acabou por reconhecer que estava enganado (Leit). Rezemos especialmente pelo sucessor de Pedro, para que Deus recompense os seus esforços em prol da unidade dos cristãos.

 

Sábado, 26-I: A divisão dos cristãos: um grande desgosto.

Sam 1, 1-4. 11-12. 19. 23-27 / Mc 3, 20-21

Depois, manifestaram o seu desgosto, choraram e jejuaram até à tarde, por causa de Saul e seu filho Jónatas, do povo do Senhor.

É natural que a divisão dos cristãos provoque um grande desgosto ao Senhor e a ao Papa, como as mortes de Saul e Jónatas provocaram em David (Leit). As armas que usaram foram as lágrimas (conversão) e o jejum (penitência).

«A Igreja deve orar e trabalhar constantemente para manter, reforçar e aperfeiçoar a unidade que Cristo quer para ela» (CIC, 820). Para isso, precisamos usar as mesmas ‘armas que se usaram no tempo de David: a conversão pessoal, o oferecimento de sacrifícios e também a defesa da fé.

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:          ADRIANO M. TEIXEIRA

Nota Exegética:                     GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:                   NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:                 DUARTE NUNO ROCHA

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