Roteiro Homilético – I Domingo do Advento

RITOS INICIAIS

Salmo 24,1-3

ANTÍFONA DE ENTRADA: Para Vós, Senhor, elevo a minha alma. Meu Deus, em Vós confio Não seja confundido nem de mim escarneçam os inimigos. Não serão confundidos os que esperam em Vós.

Introdução ao espírito da Celebração

O homem está marcado por ritmos que organizam e desenvolvem o tempo na sua existência: o dia e a noite, o trabalho e o descanso, as estações do ano, as semanas, os meses e os anos.

A manifestação da nossa fé segue também alguns destes ritmos, sendo exemplo disso a celebração dominical e o ano litúrgico. O mistério de Cristo, desde o seu nascimento até à ascensão que celebramos ao longo de cada ano, faz-nos avançar na experiência do Senhor e na prática da vida cristã.

Hoje iniciamos um novo ano litúrgico com o tempo do Advento. Este não se limita a preparar-nos para o Natal, mas insere-nos em toda a História da Salvação. Faz-nos viver a esperança da espera do Messias vivida pelo Povo de Deus, mas, ao mesmo tempo, relembra-nos que Ele já veio e voltará no fim dos tempos.

Manifestemos, pois, a nossa confiança em Deus e peçamos que nos perdoe a falta de convicção que talvez nos tenha faltado durante o passado ano.

ORAÇÃO COLECTA: Despertai, Senhor, nos vossos fiéis a vontade firme de se prepararem, pela prática das boas obras, para ir ao encontro de Cristo, de modo que, chamados um dia à sua direita, mereçam alcançar o reino dos Céus. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Monição: O profeta Isaías aponta o que é o homem quando está afastado de Deus. Recorda também a oração do Povo eleito que almejava ardentemente a vinda do Salvador. Através de palavras cheias de confiança lembra que Deus é Pai e Redentor.

Isaías 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7

13bVós, Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor, desde sempre, é o vosso nome. 17Porque nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema? Voltai, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa herança. 19bOh, se rasgásseis os céus e descêsseis! Ante a vossa face estremeceriam os montes! 2bMas Vós descestes e perante a vossa face estremeceram os montes. 3Nunca os ouvidos escutaram, nem os olhos viram que um Deus, além de Vós, fizesse tanto em favor dos que n’Ele esperam. 4Vós saís ao encontro dos que praticam a justiça e recordam os vossos caminhos. Estais indignado contra nós, porque pecámos e há muito que somos rebeldes, mas seremos salvos. 5Éramos todos como um ser impuro, as nossas acções justas eram todas como veste imunda. Todos nós caímos como folhas secas, as nossas faltas nos levavam como o vento. 6Ninguém invocava o vosso nome, ninguém se levantava para se apoiar em Vós, porque nos tínheis escondido o vosso rosto e nos deixáveis à mercê das nossas faltas. 7Vós, porém, Senhor, sois nosso Pai e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos obra das vossas mãos.

 

O texto desta leitura, tirado do Terceiro Isaías (Is 56 – 66), é um veemente e comovente apelo à misericórdia de Deus, de grande afinidade com alguns Salmos, e também um hino ao seu amor de Pai.

16b «Nosso Pai». Já no A. T. Deus é designado Pai, mas é no N. T. que se revela o sentido profundo da sua paternidade e sobretudo a nossa condição de «filhos no Filho». «E nosso Redentor» (goél, em hebraico). A Deus é dado o mesmo nome que se dava ao parente mais próximo encarregado de defender a pessoa oprimida e necessitada: o goél tinha obrigação de resgatar quem caísse na escravidão, de resgatar uma propriedade, de vingar o sangue dum parente assassinado, e até de obviar à falta de filhos de uma viúva dum parente, casando com ela. Quando se designa a Deus Redentor (goél) de Israel, indica-se que Yahwéh é o responsável pela defesa do povo que elegeu para si. Chamar-lhe Redentor é apelar para a sua segura defesa e protecção.

19 «Oh, se rasgásseis os céus e descêsseis!» A Liturgia do Advento aplica este texto à vinda de Deus à terra no mistério da Incarnação: Jesus Cristo é o próprio Deus que vem resgatar-nos do pecado e da perdição eterna.

1-2a.5-6 «Pecámos». Os primeiros versículos do capítulo 64 são obscuros, traduzidos de diversos modos (a versão litúrgica atém-se basicamente ao texto oficial da Neovulgata). Uma ideia, porém, fica clara: o reconhecimento das culpas é o ponto de partida para o veemente apelo do Profeta à misericórdia divina. Também não se poderia exprimir com mais veemência a repugnante situação de impureza do pecador perante Deus: «as nossas acções justas eram todas como veste imunda» (a Vulgata traduz à letra o original hebraico bem expressivo e realista – «pannus menstruatæ» –, que, para não ferir a sensibilidade de algum leitor, a Neovulgata suavizou para «pannus inquinatus», «um trapo sujo»). A confissão humilde dos nossos pecados é também uma atitude básica para preparar o Natal, aliás este poderia ficar reduzido a um bonito folclore, mas vazio.

8 «Nós o barro…» Esta imagem tão frequente na Escritura (cf. Is 29, 16; 30, 14; 45, 9; Jer 18, 1-6; 19, 1-13; Sir 33, 13; Rom 9, 9-20-21) é muito expressiva, pois, por um lado, exprime a fragilidade do homem, por outro, o domínio total de Deus sobre nós. Pode-se tirar partido da imagem para falar da docilidade à acção do Espírito Santo na alma, a fim de que Deus possa moldar-nos segundo a imagem de Cristo, que quer «nascer» em nós.

Salmo Responsorial

Sl 79, 2ac e 3b, 15-16.18-19 (R.4)

 

Monição: No salmo pedimos ao Senhor que venha de novo, a fim de n’Ele encontrarmos a salvação.

Refrão: SENHOR NOSSO DEUS, FAZEI-NOS VOLTAR,

MOSTRAI-NOS O VOSSO ROSTO E SEREMOS SALVOS.

 

Pastor de Israel, escutai,

Vós que estais sentado sobre os Querubins, aparecei.

Despertai o vosso poder

e vinde em nosso auxílio.

 

Deus dos Exércitos, vinde de novo,

olhai dos céus e vede, visitai esta vinha.

Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,

o rebento que fortalecestes para Vós.

 

Estendei a mão sobre o homem que escolhestes,

sobre o filho do homem que para Vós criastes;

e não mais nos apartaremos de Vós:

fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.

 

Segunda Leitura

Monição: S. Paulo fala-nos da manifestação de Cristo e aconselha-nos a que permaneçamos fiéis, a fim de não recearmos a Sua vinda.

Coríntios 1, 3-9

Irmãos: 3A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 4Dou graças a Deus, em todo o tempo, a vosso respeito, pela graça divina que vos foi dada em Cristo Jesus. 5Porque fostes enriquecidos em tudo: em toda a palavra e em todo o conhecimento; 6e deste modo, tornou-se firme em vós o testemunho de Cristo. 7De facto, já não vos falta nenhum dom da graça, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo. 8Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo. 9Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor.

S. Paulo, nas suas cartas, utiliza o formulário epistolar greco-romano. A leitura de hoje contém a segunda parte (vv. 3-9) do início (a præscriptio) da sua carta, deixando de parte os vv. 1-2 (o remetente, asuperscriptio – «Paulo e Sóstenes», e os destinatários, a adscriptio: «à Igreja de Deus que está em Corinto…»). A nossa leitura começa no v. 3, com a saudação (salutatio). A saudação judaica era «a paz!» (a que muitas vezes acrescentavam «a bênção»; a sudação entre os gregos era «alegra-te!» khaire / khairein; entre os romanos era «tem saúde!, salutem). Paulo utiliza simultaneamente a saudação grega e a judaica, mas dando-lhes um novo sentido, o sentido cristão; assim não diz khairein (alegria), mas sim kháris (graça); e a sudação «paz» é especificada acrescentando «da parte de Deus… e do Senhor Jesus», pondo assim em evidência o dom gratuito da salvação que vem de Deus por Jesus. Como era corrente à saudação segue-se um agradecimento, mas aqui é «a Deus» que Paulo agradece os dons concedidos à comunidade de Corinto (vv. 4-7).

7-8 «Esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo». É a manifestação que corresponde ao «dia de Nosso Senhor Jesus Cristo», o dia da segunda e última vinda de Jesus, para o julgamento final de todos os homens (cf. Mt 25, 31-46). Em cada festa de Natal toda a Igreja recorda e revive a primeira vinda do Senhor e antecipa e prepara a sua segunda vinda (a parusía, assim chamada noutros lugares), oumanifestação [apokálypsis]. Pensa-se que S. Paulo, nalgum momento, poderia mesmo ter chegado a participar da esperança que havia entre os primeiros cristãos de uma vinda próxima de Jesus; com efeito, sendo estes conscientes de que em Jesus se dava o culminar da história da salvação, não podiam imaginar que Ele pudesse tardar a sua manifestação definitiva; com efeito, do plano teológico era fácil resvalar para o plano cronológico; mas isto nunca foi objecto propriamente do ensino apostólico.

Aclamação ao Evangelho

Salmo 84 (85), 8

Monição: Só no Senhor pode residir a nossa confiança, pois a Sua misericórdia proporciona-nos a salvação.

ALELUIA

Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia e dai-nos a vossa salvação.

 

Evangelho

São Marcos 13, 33-37

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33«Acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento. 34Será como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que vigiasse. 35Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; 36não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. 37O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!»

 

O texto evangélico de hoje é o final do discurso escatológico de S. Marcos (Mc 13, 1-37), o Evangelista do ano B.

33 «Vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento». O momento em que Jesus «de novo há-de vir a julgar os vivos e os mortos» é-nos absolutamente desconhecido. Esta ignorância não nos deve assustar, mas sim estimular-nos a aproveitar bem o tempo, com sentido de urgência e a estar sempre preparados para comparecer diante do nosso Salvador, que aparecerá como Juiz remunerador; também aqui bem se aplica o célebre aforismo de «douta ignorância» (Sto. Agostinho). No seu Comentário ao Diatéssaron, 18, 15-17, Santo Efrém diz que o Senhor «quis ocultar-nos isto a fim de permanecermos vigilantes e para que cada um de nós possa pensar que este acontecimento se produzirá durante a sua vida. Ele disse muito claramente que há-de vir, mas sem precisar em que momento. E assim todas as gerações O esperam ardentemente». E a Liturgia do Advento desperta em nós esta atitude de espera ansiosa.

Sugestões para a homilia

Fragilidades e falta de coragem

Convidam à vigilância

Para permanecermos fiéis

Fragilidades e falta de coragem

Os israelitas exilados na Babilónia, recolhidos em oração, descobrem que a causa das suas desgraças fora motivada por terem abandonado a Deus. O profeta Isaías, com palavras cheias de confiança, lembra ao Povo escolhido que, apesar de toda a fragilidade e falta de coragem, Deus continua a ser o seu Pai e Redentor.

Em muitas ocasiões também nós nos encontramos em situações parecidas com a dos israelitas. Seduzidos pelas falsas promessas do mal, abandonamos a Deus e deixamo-nos deslumbrar por muitas fragilidades pensando alcançar a felicidade. Tais fraquezas levam-nos a decepções, isolamento, desonra, vergonha e angústia profunda. Sentimo-nos, então, sós e com falta de coragem.

Por que não repetir na oração, a súplica que o profeta nos sugere?

O tempo do Advento é convite à esperança e estímulo para nos aproximarmos do Senhor preparando com vigilância e atenção o encontro definitivo do segundo Advento.

Convidam à vigilância

O Evangelho aponta também para esta perspectiva da segunda vinda do Senhor pois nos alerta: acautelai-vos e vigiai!

Quem está de vigia vive em atitude permanente de cuidado ao seu dever, não se deve deixar abater pelo sono, não se pode distrair.

O cristão nunca pode adormecer, não pode agir como aqueles que se abandonam à corrupção, ao inebriamento, às aventuras. Tal atitude não constitui uma maneira negativa de quem se protege da imperfeição. Deve ser a regra de quem aproveita todas as circunstâncias para realizar o plano de Deus, daquele que sabe descobrir a protecção do Senhor e está atento a tudo o que acontece à sua volta, a fim de permanecer fiel.

Para permanecermos fiéis

Por isso, S. Paulo fala-nos da manifestação de Cristo e adverte-nos de que devemos permanecer fiéis, para não temermos a Sua vinda.

Quando nós, todavia, pensamos na nossa fragilidade, somos tentados a deixar-nos vencer pelo desalento e convencemo-nos de que nunca seremos capazes de colaborar para a construção dum mundo novo. Os Coríntios, a quem Paulo escreve esta carta, também tinham muitos defeitos. Contudo eles são-nos apresentados como modelo de quem espera o Senhor.

Deus não nos priva da sua graça, apenas espera que abramos o nosso coração aos seus dons.

Por isso, saibamos estar atentos e vigilantes para permanecermos fiéis ao nosso baptismo. Esperemos com toda a confiança a vinda do Senhor, que se mostra ao bater à nossa porta em cada situação da vida em que qualquer irmão solicita a nossa ajuda.

Fala o Santo Padre

«O Advento está impregnado de esperança e de expectativa espiritual.»

Com o domingo hodierno tem início o Advento, um tempo de grande sugestão religiosa, porque está impregnado de esperança e de expectativa espiritual: todas as vezes que a Comunidade cristã se prepara para fazer memória do nascimento do Redentor, sente em si um frémito de alegria que, em certa medida, se transmite a toda a sociedade. No Advento, o povo cristão revive o duplo movimento do espírito: por um lado, eleva o olhar rumo à meta final da sua peregrinação na história, que é a vinda gloriosa do Senhor Jesus; por outro, recordando com emoção o seu nascimento em Belém, inclina-se diante do Presépio. A esperança dos cristãos orienta-se para o futuro, mas permanece sempre bem arraigada num acontecimento do passado. Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus nasceu da Virgem Maria: «Nasceu de uma mulher, submetido à lei», como escreve o Apóstolo Paulo (Gl 4, 4).

Hoje, o Evangelho convida-nos a permanecer vigilantes, na expectativa da última vinda de Cristo. «Vigiai!», diz Jesus, «porque não sabeis quando o dono da casa vai voltar» (Mc 13, 35.37). A breve parábola do homem que partiu para uma viagem, e dos servos encarregados de fazer as suas vezes, põe em evidência como é importante estar prontos para acolher o Senhor quando, de repente, Ele chegar. A Comunidade cristã espera com ansiedade a sua «manifestação», e o Apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, exorta-os a confiar na fidelidade de Deus e a viver de maneira a serem encontrados «irrepreensíveis» (cf. 1 Cor 1, 7-9) no dia do Senhor. Por isso, muito oportunamente, no início do Advento a liturgia coloca nos nossos lábios a invocação do Salmo: «Senhor, mostra-nos o teu amor, concede-nos a tua salvação» (Sl 85 [84], 8). […]

Bento XVI, Angelus, 27 de Novembro de 2005

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Aceitai, Senhor, estes dons que recebemos da vossa bondade e fazei que os sagrados mistérios que celebramos no tempo presente sejam para nós penhor de salvação eterna. Por Nosso Senhor.

Prefácio do Advento I: p. 453 [586-698]

SANTO

Monição da Comunhão

A comunhão do Corpo e Sangue de Jesus é dom precioso de Deus nosso Pai. Que a sua recepção seja para nós motivo de alerta vigilante para a vinda quotidiana de Cristo, a fim de que se torne para nós semente e penhor da felicidade eterna.

Salmo 84, 13

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: O Senhor nos dará todos os bens e a nossa terra produzirá o seu fruto.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Fazei frutificar em nós, Senhor, os mistérios que celebramos, pelos quais, durante a nossa vida na terra, nos ensinais a amar os bens do Céu e a viver para os valores eternos. Por Nosso Senhor.

RITOS FINAIS

Monição final

Que o Senhor nos ajude a encontrar a luz que nos esclareça ao longo da vida e nos ensine a dar o justo valor às coisas e aos acontecimentos, para que, com vigilância permanente, continuemos fiéis a aguardar com toda a confiança a vinda de Cristo.

HOMILIAS FERIAIS

TEMPO DO ADVENTO

1ª SEMANA

2ª Feira, 1-XII: Virtudes para acolher o Messias.

Is 2, 1-5 / Mt 8, 5-11

(O centurião): Senhor, eu não mereço que entres debaixo do meu tecto. Diz somente uma palavra, e o meu criado ficará com saúde.

O profeta Isaías faz chegar ao povo de Deus uma mensagem de esperança destinada a todos os homens. Com a vinda do Messias renova-se a esperança no fim da violência: «não mais levantará a espada povo contra povo» (Leit).

Para que o Messias instaure o seu reino de paz, precisamos acolhê-lo com a humildade e com a fé ardente do centurião (cf Ev), especialmente quando o recebemos no sacramento da Eucaristia.

3ª Feira, 2-XII: Actuação do E. Santo no Messias e no seu povo.

Is 11, 1-10 / Lc 10, 21-24

Sobre Ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e de inteligência, espírito de conselho e de fortaleza…

O profeta Isaías anuncia que o Espírito Santo repousará sobre o Messias esperado (cf Leit), tendo em vista a sua missão salvífica. E S. Lucas manifesta já esta actuação do Espírito Santo em Jesus: «estremeceu de alegria pela acção do Espírito Santo» (Ev).

Esta plenitude do Espírito Santo há-de ser comunicada a todo o povo messiânico. «O Espírito Santo inaugura aquilo que vai realizar com e em Cristo: restituir ao homem a ‘semelhança’ divina» (CIC, 720). Deste modo podemos adquirir os traços do rosto do Messias.

4ª Feira, 3-XII: Fome do banquete eucarístico.

Is 25, 6-19 / Mt 15, 29-37

O Senhor do Universo há-de preparar, para todo os povos, no monte Sião, um banquete de pratos suculentos.

O profeta anuncia a oferta de um banquete, por parte do Messias, «um banquete de pratos suculentos, um banquete de excelentes vinhos» (Leit). E, um dia, Jesus realizou o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes para saciar uma enorme multidão (cf Ev).

Mas este milagre prefigura a superabundância do pão único da Eucaristia, pois a Eucaristia é um verdadeiro banquete: «a minha carne é verdadeira comida». Tenhamos verdadeira fome de receber o pão eucarístico.

5ª Feira, 4-XII: Conhecimento e cumprimento da vontade de Deus.

Is 26, 1-6 / Mt 7, 21. 24-27

Confiai sempre no Senhor, que o Senhor é uma rocha eterna.

O profeta aconselha-nos a confiar sempre no Senhor, a edificar a nossa vida sobre o Messias, que é uma «rocha eterna» (Leit). Uma das melhoras maneiras de construirmos o edifício da nossa santificação é identificar a nossa vontade com a de Cristo, como Ele se identificou com a vontade do Pai (cf Ev).

Procuremos descobrir a sua vontade nas suas palavras e conselhos sobre as nossas actividades diárias, recorrendo à oração. E, depois, procurar levá-las à prática, perseverando no seu cumprimento.

6ª Feira, 5-XII: Abrir os olhos à luz divina.

Is 9, 17-24 / Mt 9, 27-31

Nesse dia, os surdos ouvirão a palavra do livro divino; libertos da escuridão e das trevas, os olhos dos cegos hão-de ver.

O profeta anuncia a realização de grandes prodígios, com a vinda do Messias (cf Leit). E os dois cegos do Evangelho reconheceram em Jesus o filho de David messiânico: «tem piedade de nós, filho de David» (Ev).

Abramos os olhos à luz divina que se desprende de Cristo, que é a Luz. Vejamos as coisas como Deus as vê (por ex, o sofrimento, a dor, as contrariedades). Descubramos Cristo presente na Eucaristia, nos que nos rodeiam, no trabalho e demais ocupações diárias.

Sábado, 6-XII: O segredo da abundância.

Is 30, 19-21. 23-26 / Mt 9, 35-10, 1. 6-8

O Senhor dará a chuva para a semente que tiveres lançado à terra, e o pão que a terra produzir será farto e nutritivo.

O Messias, de acordo, com as palavras do profeta, exercerá a sua misericórdia e haverá frutos abundantes (cf Leit). Jesus manifesta essa misericórdia curando todas as doenças e achaques e proclamando a Boa Nova aos que andavam como ovelhas sem pastor. (cf Ev).

Para a abundância de frutos é necessário que haja um bom acolhimento da palavra de Deus: «A palavra do Senhor compara-se à semente lançada ao campo; aqueles que a ouvem com fé entram a fazer parte do rebanho de Cristo» (CIC, 543).

Celebração e Homilia:          ANTÓNIO E. PORTELA

Nota Exegética:                     GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:                   NUNO ROMÃO

Sugestão Musical:                 DUARTE NUNO ROCHA

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