Roteiro Homilético – Domingo de Páscoa

RITOS INICIAIS

Salmo 138, 18.5-6

ANTÍFONA DE ENTRADA: Ressuscitei e estou convosco para sempre; pusestes sobre mim a vossa mão: é admirável a vossa sabedoria.

Ou:

Lc 24, 34; cf. Ap 1, 5

O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia. Glória e louvor a Cristo para sempre. Aleluia.

Diz-se o Glória.

Introdução ao espírito da Celebração

Celebramos a festa das festas, a Ressurreição gloriosa de Jesus. É para nós o dia de alegria maior durante o ano litúrgico.

Pela Eucaristia Cristo ressuscitado torna-se presente aqui no meio de nós, como há dois mil anos. E quer vir mais uma vez ao nosso coração, purificado pela penitência quaresmal e pelo sacramento do perdão.

ORAÇÃO COLECTA: Senhor Deus do universo, que neste dia, pelo vosso Filho Unigénito, vencedor da morte, nos abristes as portas da eternidade, concedei-nos que, celebrando a solenidade da ressurreição de Cristo, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Monição: S. Pedro foi a casa do centurião Cornélio para o baptizar a ele e à sua família. Ali proclama a ressurreição de Jesus. Ele e os apóstolos foram testemunhas dessa ressurreição e encarregados de a anunciar a todos povos da terra.

Actos dos Apóstolos 10, 34a.37-43

Naqueles dias, 34aPedro tomou a palavra e disse: 37«Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: 38Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. 39Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz. 40Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, 41não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. 42Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. 43É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».

O texto faz parte do corpo do discurso de Pedro em Cesareia na casa do centurião Cornélio, o qual tinha mandado chamar Pedro a Jope, ilustrado por uma visão (cf. Act 10, 1-33). Este discurso tem um carácter mais catequético e apologético do que propriamente missionário, como seria de esperar num primeiro anúncio da fé a um gentio (embora se tratasse dum «temente a Deus»: v. 2). Lucas redige este discurso a pensar mais nos leitores da sua obra, do que com a preocupação de reconstruir exactamente a cena originária e as mesmas palavras pronunciadas naquela circunstância; com efeito, começa por fazer referência ao Evangelho já antes pregado aos ouvintes: «vós sabeis o que aconteceu…», e também parece que dá por suposta a fé no valor salvífico da Cruz (cf. v. 39b) e não termina, como seria de esperar, com um apelo explícito à conversão. Assim, Lucas nos deixou mais uma bela síntese do que era o Evangelho pregado pela Igreja primitiva.

38 «Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus». Esta nova tradução litúrgica desfez a hendíadis tão própria da estilística hebraica (ungiu de Espírito Santo e de fortaleza), recorrendo, por motivo de clareza, a uma equivalência dinâmica, (a força que é o Espírito Santo). Deus (o Pai) concedeu à natureza humana de Jesus todos os dons do Espírito Santo, que Lhe competiam a partir do momento da Incarnação; estes dons manifestam-se visivelmente nos milagres de Jesus, nas teofanias do Baptismo e da Transfiguração e muito particularmente na Ressurreição. A unção era o rito que constituía os reis e os sacerdotes na sua função; assim, a união hipostática em Jesus aparece como uma unção da natureza humana de Jesus, «que passou fazendo o bem e curando a todos» (maravilhoso resumo da vida de Jesus, bem ao sabor do Evangelista da bondade).

41 «Não a todo o povo». Jesus não se mostra a todos depois de ressuscitado, não só para não violentar a liberdade das pessoas, mas também porque está nos planos divinos conduzir o mundo à salvação mediante o ministério dos seus discípulos (testemunhas de antemão designadas por Deus) e mediante a fé, que é meritória (cf. Rom 1, 16-17). Note-se o acento que se põe no testemunho acerca da Ressurreição; não estamos apenas perante uns simples pregadores (cf. v. 42a) duma mensagem salvadora, mas diante de verdadeiras testemunhas (cf. v. 42b), que dão testemunho (o verbo grego tem um matiz forense) capaz de fazer fé em tribunal. A ideia de testemunho é fortemente acentuada neste breve texto, não só por ser repetida quatro vezes (vv. 39.41.42.43), mas também por se tratar de testemunhas escolhidas por Deus para esta missão (v. 41), que conviveram com o Ressuscitado, comendo e bebendo com Ele, o que exclui logo à partida a hipótese de se tratar de mera fantasia (Lucas mostra especial sensibilidade a este problema: cf. Lc24, 37-43).

Salmo Responsorial    Sl 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23 (R. 24)

Monição: O salmo louva as maravilhas do Senhor. E a maior de todas é a ressurreição de Jesus. A Páscoa é o dia maravilhoso que o Senhor fez.

Refrão: ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ: EXULTEMOS E CANTEMOS DE ALEGRIA.

Ou:                ALELUIA.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,

porque é eterna a sua misericórdia.

Diga a casa de Israel:

é eterna a sua misericórdia.

 

A mão do Senhor fez prodígios,

a mão do Senhor foi magnífica.

Não morrerei, mas hei-de viver

para anunciar as obras do Senhor.

 

A pedra que os construtores rejeitaram

tornou-se pedra angular.

Tudo isto veio do Senhor:

é admirável aos nossos olhos.

Segunda Leitura

Monição: A ressurreição de Jesus garante a eficácia da redenção que Ele realizou e que actua em nós pelo baptismo. Por ele ressuscitámos com Cristo e vivemos a vida nova da graça. Um dia o nosso corpo ressuscitará também com Ele.

Colossenses 3, 1-4 (de manhã)

Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. 2Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. 3Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. 4Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.

Com estas palavras é introduzida a parte final da Carta, uma série de exortações morais para que os fiéis tenham um modo de viver coerente com a fé cristã. A sua conduta moral é uma consequência natural da profunda união com Cristo ressuscitado produzida pelo Baptismo recebido.

1 «Aspirai às coisas do alto» corresponde ao mesmo incitamento que, na Santa Missa, a Igreja sempre nos repete: Sursum corda! Corações ao alto!.

3-4 «Vós morrestes». A nossa união a Cristo pressupõe a morte para o pecado, que não pode reinar mais em nós (cf. Rom 6). Com Cristo morto pelos nossos pecados, morremos para o pecado; com Cristo ressuscitado, vivemos vida de ressuscitados. É a «vida» da graça, uma vida toda interior, «escondida» no centro da alma, vida que ninguém nos pode arrebatar, vida que é toda feita de presença de Deus e de visão sobrenatural, levando-nos a santificar todos os afazeres diários, trabalhando com os pés bem firmes na terra, mas o coração e o olhar fixos no Céu.

Monição: A ressurreição de Cristo, nosso Cordeiro pascal, convida-nos a uma vida nova, que teremos de comunicar aos outros, como fermento de novidade no mundo.

Coríntios 5, 6b-8  (de tarde)

Irmãos: 6bNão sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa? 7Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa, visto que sois pães ázimos. Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado. 8Celebremos a festa, não com fermento velho nem com fermento de malícia, mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.

Parece haver aqui (v. 6b) uma referência ao incestuoso de que acaba de falar (vv. 1-5); um mau exemplo é um mau fermento. Mas S. Paulo faz imediatamente uma aplicação mais vasta da ideia de mau fermento, e isto talvez pela proximidade da festa da Páscoa, que já então, pelo ano 55, os cristãos celebravam em Corinto como festa da Ressurreição do Senhor, segundo o que se lê no v. 8: «celebremos pois a festa». Na exortação do Apóstolo há uma alusão ao costume judaico, que ainda hoje se conserva, de limpar escrupulosamente as casas de todo o fermento e pão fermentado durante os sete dias que duravam as festas pascais. Nós os cristãos, para celebrarmos a Páscoa – «Cristo, nosso Cordeiro pascal» (v. 7) –, temos que o fazer sem o fermento (o princípio corruptor) da malícia e da perversidade, mas «com os pães ázimos da pureza e da verdade», isto é, da sinceridade de vida. Poderia haver, nesta referência a Cristo como «Cordeiro imolado», uma alusão à própria celebração da Eucaristia.

Sequência

À Vítima pascal

ofereçam os cristãos

sacrifícios de louvor.

O Cordeiro resgatou as ovelhas:

Cristo, o Inocente,

reconciliou com o Pai os pecadores.

A morte e a vida

travaram um admirável combate:

Depois de morto,

vive e reina o Autor da vida.

Diz-nos, Maria:

Que viste no caminho?

Vi o sepulcro de Cristo vivo

e a glória do Ressuscitado.

Vi as testemunhas dos Anjos,

vi o sudário e a mortalha.

Ressuscitou Cristo, minha esperança:

precederá os seus discípulos na Galileia.

Sabemos e acreditamos:

Cristo ressuscitou dos mortos:

Ó Rei vitorioso,

tende piedade de nós.

Aclamação ao Evangelho

1 Cor 5, 7b-8a

ALELUIA

Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado:  celebremos a festa do Senhor.

Monição S. João conta-nos a sua ida ao sepulcro no dia de Páscoa. Viu e acreditou. Também nós acreditamos. Cheios da alegria da Páscoa, aclamemos a Jesus ressuscitado.

Evangelho

São João 20, 1-9 (de manhã)

1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. 2Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». 3Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. 4Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. 5Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. 6Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão 7e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. 8Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. 9Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Nenhum dos quatro Evangelhos narra o facto da Ressurreição de Jesus, pois não foi presenciado por testemunhas; era um facto sobrenatural que, de si mesmo, escapava à experiência humana. E isto só vem dar credibilidade ao facto da Ressurreição, pois, se se tratasse duma ficção, era de esperar que se dessem os seus pormenores. S. João começa com a verificação do túmulo vazio feita pela Madalena, mas vão ser os dois discípulos, que vão fazer o reconhecimento do local e que verificam indícios eloquentes, aptos para levarem à fé na Ressurreição de Jesus.

2 «Não sabemos…». Este plural parece aludir à tradição sinóptica que conhece a ida de mais mulheres ao sepulcro. É evidente que não houve a mínima preocupação de harmonizar os diferentes relatos evangélicos do sepulcro vazio e das aparições, o que é um forte motivo de credibilidade a favor da realidade da ressurreição, facto misterioso, que é a base de toda a fé cristã (cf. 1 Cor 15, 12-19).

7-8 «Viu e acreditou». Porque começou a crer o discípulo? A explicação habitual é que um ladrão não deixaria ficar os panos, e muito menos em ordem. Mas há mais dados a ter em conta: porque é que o Evangelista atribui tanta importância à diferente posição dos panos? É que as ligaduras e o lençol estavam espalmados no chão da pedra tumular, ao passo que o pano que envolvera a cabeça do Senhor não estava espalmado no chão, mas mantinha a forma da cabeça que envolvera (cf. a nossa tradução na Nova Bíblia da Difusora Bíblica). Não sabemos se Pedro partilhou da fé do Discípulo Amado, mas S. Lucas diz que ficou maravilhado (cf. Lc 24,12). Os panos com que Jesus foi amortalhado eram com toda a probabilidade: 1) um lençol mortuário (síndone), tecido largo e comprido que envolvia todo o corpo; 2) um lenço (sudário) que cobria a cabeça e caia sobre o rosto (e ajudaria a manter a boca fechada); 3) várias ligaduras que não só serviam para manter apertados os pés um contra o outro e as mãos unidas ao corpo, mas também que poderiam ajudar a aconchegar a síndone ao corpo. S. João não fala especificamente desta síndone, mas deve englobá-la na designação genérica de «ligaduras» (em grego, othónia).

9 «Ainda não tinham entendido a Escritura». Os discípulos não estavam psicologicamente predispostos a admitir a Ressurreição, para que esta pudesse ser fruto de uma alucinação; com efeito, só depois de confrontados com a realidade da ressurreição de Jesus é que se recordaram das Escrituras (cf. 1 Cor 15, 4; Act 2, 24-32; Jo 2, 22) e as entenderam. A ressurreição era uma realidade só admissível para o fim do mundo (cf. Jo 11, 24), pois, apesar de Jesus ter anunciado a sua ressurreição ao terceiro dia, este só poderia ser o dia final, de acordo com a profecia de Oseias (Os 6, 2). Diante do sepulcro vazio, só pensam num roubo (vv. 2.13.15) e não dão crédito a quaisquer notícias das aparições (cf. Mc 6, 11.13; Lc 24, 21-24; Jo 20, 25).

Em vez deste Evangelho, pode ler-se o que se leu na Vigília da Noite Santa.

Nas missas vespertinas pode ler-se o Evangelho de Lc 24, 13-35.

Monição: Jesus ressuscitado apareceu na tarde da Páscoa aos discípulos de Emaús. Reconheceram-nO ao partir o pão na Eucaristia. Também nós O reconhecemos aqui presente, como há dois mil anos. Aclamemo-Lo com alegria.

São Lucas 24, 13-35   (de tarde)

13Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. 14Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. 15Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. 16Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. 17Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?» Pararam, com ar muito triste, 18e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». 19E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; 20e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. 21Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, 23não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. 24Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: 25«Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! 26Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?» 27Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. 28Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. 29Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. 30E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. 31Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. 32Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» 33Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, 34que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». 35E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

Temos aqui uma das mais belas páginas do Evangelho: um relato cheio de vivacidade, de finura e de psicologia, em que acompanhamos o erguer daquelas almas desde a mais amarga frustração até às alturas da fé e da descoberta de Jesus ressuscitado. A crítica bíblica procura distinguir neste relato os elementos de tradição e os elementos redaccionais. Podem identificar-se muitos elementos de tradição neste relato, mas não dispomos de meios para classificar como meramente redaccionais todos os restantes, pois não são do nosso conhecimento todas as fontes de que Lucas dispôs; a própria crítica admite «fontes especiais» para a redacção de Lucas. Um facto indiscutível é que Lucas é um teólogo e um catequista, não é um jornalista e não se limita a contar a seco umas aparições; não temos, porém, elementos suficientes para definir em que medida reelaborou as suas fontes.

13 «Emaús»: uma povoação a 60 estádios (duas léguas), uns 11 quilómetros e meio de Jerusalém. Há duas leituras variantes nos manuscritos gregos do Evangelho de Lucas: a imensa maioria deles regista 60 estádios; alguns poucos têm 160 (o que equivale a uns 30 Km). Também não existe completo acordo sobre a sua localização, sendo indicados vários locais na tradição cristã; Al-Qubeibeh é o de maior aceitação, a uns 12 Km a Noroeste da Cidade Santa.

16 «Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem». Não é que não vissem a Jesus, ou que Jesus se quisesse ocultar, mas eles é que estavam obcecados pelo seu extremo desalento. E fica-nos a lição: para que se possa reconhecer a Jesus ressuscitado é indispensável o olhar da fé.

18 «Cléofas» parece ser diferente do marido de Maria, mãe de Tiago e José (Jo 19, 25); embora alguns o identifiquem, a grafia é diferente: Kleopás.

22-24 «É verdade que algumas mulheres… Alguns dos nossos». Aqui se resume o que foi relatado antes com mais pormenor (Lc 23, 56b – 24, 9) e correspondente à tradição sinóptica e joanina. Certamente que «os nossos» são «Pedro e o outro discípulo» (certamente João, cf. v. 12 e Jo 20, 1-10). «Mas a Ele não O viram»: se este não é um pormenor meramente redaccional, temos que admitir que ainda não lhes constava da aparição de Jesus a Pedro, referida adiante, no v. 34; (cf. 1 Cor 15, 5).

28-30 «Jesus fez menção de seguir para diante». Lucas volta a aludir ao «caminho de Jesus» (no v. 15 já tinha usado o mesmo verbo grego que significa caminhar). R. J. Dillon (From eye-witnesses to ministers of the word) pensa que este pormenor lucano insinua que a presença de Jesus no meio dos seus através da Eucaristia – a fracção do pão do v. 30 – constitui o momento cume do seu caminhar pelo caminho da salvação. Enternece o leitor ver como Jesus ressuscitado se torna o companheiro de caminho (recorde-se como Lucas gosta de focar a vida cristã como um caminho e um seguimento de Jesus); Jesus, depois de se fazer encontrado, agora faz-se rogado. Isto mesmo nos sucede muitas vezes na vida cristã. Ele vem ao nosso encontro sem O procurarmos e, outras vezes, quer dar-nos o ensejo de O convidarmos a ficar connoscoe de praticarmos a caridade com os outros, que são Ele (cf. Mt 25, 40). Mas aqui o convite feito a Jesus não é um simples acto de caridade e de cortesia. Com efeito, parece que a narrativa nos leva a pensar que quem faz este pedido é toda a comunidade cristã, que se reúne para celebrar a Eucaristia e anseia estabelecer uma comunhão íntima com Jesus ressuscitado (ibid.). Todos estão de acordo em ver a estreita relação da refeição descrita com a multiplicação dos pães e a instituição da Eucaristia.

31 «Abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-no, mas Ele desapareceu da sua presença». É na Eucaristia que se abrem os olhos para a fé, para captar o que é invisível, mas real. Impressiona muito o relato ao unir o aparecimento com o desaparecimento, sem se dizer para onde é que Jesus se retirou. Desta maneira fica sugerida uma nova presença, a de Jesus glorioso e ressuscitado: uma ausência que é presença.

32 «Não ardia cá dentro o nosso coração?». Quando lemos a Escritura guiados por Jesus, presente na Igreja, inflama-se o nosso coração e sentimo-nos urgidos a mostrar aos que nos rodeiam, com as nossas vidas, pela palavra e pelo exemplo, que Cristo vive, que a Ressurreição é uma realidade. O episódio constitui um apelo a fazermos o mesmo papel do Ressuscitado junto dos desiludidos da vida e sem esperança e a comunicar-lhes a nossa experiência de fé. No relato também se põe em evidência a união do pão e da palavra na vida da Igreja.

Sugestões para a homilia

Viu e acreditou

Comemos e bebemos com Ele

Quando Cristo se manifestar

Viu e acreditou

Celebramos a morte e ressurreição de Jesus, que é o mistério central da nossa fé. É a festa da alegria por excelência. É a vitória de Jesus sobre a morte. sobre o pecado, sobre o demónio. É a festa da nossa libertação.

Alegremo-nos com Jesus que está vivo, aqui nesta hora, porque ressuscitou e vem até nós em cada Eucaristia. Avivemos a nossa fé nesta presença de Jesus ressuscitado. Digamos-Lhe como Tomé.: Meu Senhor e meu Deus (Jo. 20, 29)

Jesus morreu para nos salvar e ressuscitou ao terceiro dia, como tinha anunciado. Aos apóstolos custou-lhes acreditar. Quando as mulheres foram ao sepulcro e vieram contar-lhes que os anjos lhes anunciaram que Jesus estava vivo e que Ele próprio lhes tinha aparecido no caminho pensaram que elas estavam a delirar.

S. João conta no evangelho de hoje que ele e Pedro foram ao sepulcro para verificar o que Madalena viera contar sobre o sepulcro vazio. Viram o lençol em que o Senhor tinha sido envolvido e as ligaduras. Pela maneira como estavam não tinha explicação humana. S. João diz que acreditou que Jesus tinha de verdade ressuscitado.

Jesus apareceu no dia de Páscoa às mulheres, apareceu a Pedro e aos dois discípulos de Emaús. À noite apresentou-Se aos apóstolos no cenáculo. E porque tinham dúvidas, deixou que Lhe tocassem para verem que não era apenas um espírito e até comeu com eles.

Mostrou-se de novo no domingo seguinte. Estava também Tomé, ausente na aparição anterior, que não quisera acreditar no que lhe tinham contado. Jesus diz-lhe: Tomé, mete os teus dedos nas minhas chagas e não sejas incrédulo mas crente (Jo 20, 27).

Apareceu depois na Galileia, à beira do lago. Comeu com eles, após a pesca milagrosa que realizaram por Sua indicação. Viram-nO ao longo de quarenta dias. Subiu ao Céu à vista deles no monte das Oliveiras.

Jesus quis deixar bem claro o facto da Sua Ressurreição. Para que os Apóstolos não duvidassem. E para que todos nós pudéssemos também acreditar.

O sepulcro vazio, que os judeus tinham mandado selar e guardar era já prova da ressurreição.

Ele tinha morrido verdadeiramente como os soldados haviam confirmado. Para não haver dúvidas atravessaram o Seu peito com uma lança. A ressurreição mesmo historicamente é um facto que não admite dúvidas.

Além dos apóstolos e das santas mulheres, viram – No ressuscitado mais de quinhentas pessoas – dizia S. Paulo aos Coríntios, acrescentando que muitas delas ainda estavam vivas (Cf.1 Cor 15, 3-8).

A ressurreição é o grande milagre de Jesus. Manifesta a Sua divindade e é fundamento da nossa fé.

Os Apóstolos foram testemunhas dignas de crédito e receberam a missão de anunciar esse acontecimento por todas as partes do mundo. E deram a sua vida por essa verdade.

Diz o Catecismo da Igreja Católica: «O mistério da Ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo Testamento. Já S. Paulo à volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: ‘Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras e, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia: a seguir apareceu a Pedro, depois aos Doze’ (1 Cor 15, 3-4).O Apóstolo fala aqui da tradição viva da Ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a sua conversão, às portas de Damasco» (639)

Comemos e bebemos com Ele

Cristo vive. Temos de fortalecer a nossa fé na Sua ressurreição. Ele está vivo connosco na terra até ao fim dos tempos, escondido na Eucaristia. «Cristo é de ontem, de hoje e por todos os séculos» (Heb13,8).

Os Apóstolos puderam tocar-Lhe depois de ressuscitado. Comeram com Ele. Também nós podemos participar no banquete que prepara para nós em cada missa, em que nos dá a comer a Sua carne e o Seu sangue, o verdadeiro pão do Céu, o Seu Corpo ressuscitado.

A Páscoa torna -se presente em cada missa, aqui e agora, para nós que hoje viemos até Ele. Jesus oferece de novo ao Pai o sacrifício do Calvário misteriosamente presente no altar e é Ele em carne e osso, como diz o povo, que está na hóstia consagrada.

Dizia Santo Hipólito «Antes que os astros, imortal e imenso, Cristo brilha mais que o sol sobre todos os seres. Por isso para nós que nele acreditamos se inaugura um dia longo, eterno, que não acaba, a Páscoa maravilhosa, prodígio da virtude divina e obra do poder de Deus, festa verdadeira e memorial eterno, impassibilidade que dimana da Páscoa e imortalidade que flui da morte» (Homilia sobre a Páscoa)

Como os Apóstolos temos de ser nós também testemunhas da ressurreição de Jesus em toda a parte: junto dos nossos familiares, dos nossos amigos e de todos os que se aproximam de nós. Assim fizeram os primeiros cristãos. Por isso o cristianismo se espalhou rapidamente pela Palestina e por todo o Império romano.

A alegria dos cristãos contagiou o mundo. Não tiveram medo de dar a vida por Cristo, para proclamar que Jesus ressuscitou e que é o único nome dado aos homens pelo qual podem ser salvos (Cf. Act 4, 12).

S. Pedro dizia em casa de Cornélio: «Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no pais dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-nO , suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou -O ao terceiro dia e permitiu -Lhe manifestar-Se não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos» (1ª leit.)

Quando Cristo se manifestar

Avivar a nossa fé na ressurreição de Jesus é confirmar a certeza da nossa própria ressurreição no fim dos tempos. «Quando Cristo que é a vossa vida se manifestar, também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória» (2ª leit). Também o nosso corpo ressuscitará glorioso semelhante ao de Cristo ressuscitado.

Nós cristãos, se vivemos a vida nova em Cristo, havemos de encher-nos de esperança e alegria. A vida da graça, o viver como ressuscitados, é para nós antecipação e penhor da glória futura, em que o nosso corpo será também penetrado pela graça, como o de Cristo no Monte Tabor.

A ressurreição final será a vitória definitiva de Cristo sobre a morte iniciada em dia de Páscoa. Ele é como as primícias, como os primeiros frutos da seara, que mostram como serão os outros que vêm depois.

O nosso corpo terá os dotes do corpo glorioso de Jesus: a claridade, a agilidade, a subtileza e a impassibilidade.

Festa da Páscoa, festa de alegria com Jesus ressuscitado, vencedor do pecado e da morte, que nos enche de alegria e de esperança. Vamos dizer-Lhe como S. Gregório Nazianzeno «Fica connosco porque nos rodeiam na alma as trevas e só Tu és luz, só Tu podes acalmar esta ânsia que nos consome» (Epístola 212 )

Na sua primeira viagem a Espanha, em 1982, João Paulo II teve um encontro com religiosas em Ávila no Convento da Encarnação, onde vivera Santa Teresa. Poucas pessoas puderam estar nesse encontro além das muitas religiosas que vibraram e choraram de alegria. No dia seguinte alguns jornalistas quiseram entrevistar a superiora, mas estava impossibilitada. Puderam falar um pouco com a irmã porteira, que lhes disse: – O que agora ocupa as nossas mentes é pensar como será o encontro com Jesus depois desta maravilhosa sensação de ter visto e tocado o doce representante de Cristo na terra e ter sentido a sua Presença.

Quando lhe perguntaram a sua impressão pessoal acrescentou: -Uma emoção tremenda. Insisto em que só pensamos como será o encontro com Jesus a Quem amamos e adoramos, por que desde hoje recordaremos aquelas palavras de S. Paulo: «Nem os olhos viram nem os ouvidos ouviram o que Deus tem preparado para aqueles que O amam» (1 Cor 2, 9).

Demos os parabéns neste dia a Nossa Senhora, a Quem Jesus teria aparecido em primeiro lugar. Que Ela nos ensine a viver a fé na ressurreição, que dá sentido a toda a nossa vida. Cristo vive e acompanha-nos até ao fim dos tempos.

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Exultando de alegria pascal, nós Vos oferecemos, Senhor, este sacrifício, no qual tão admiravelmente renasce e se alimenta a vossa Igreja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia]: p. 469 [602-714]

No Cânone Romano dizem-se o Communicantes (Em comunhão com toda a Igreja) e o Hanc igitur (Aceitai benignamente, Senhor) próprios.

Nas Orações Eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

SANTO

Monição da Comunhão

Jesus ressuscitado está connosco na hóstia consagrada. Saibamos abrir os olhos para O reconhecer como os discípulos de Emaús.

1 Cor 5, 7-8

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: celebremos a festa com o pão ázimo da pureza e da verdade. Aleluia.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Senhor nosso Deus, protegei sempre com paternal bondade a vossa Igreja, para que, renovada pelos mistérios pascais, mereça chegar à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

RITOS FINAIS

Monição final

Como as mulheres, no dia de Páscoa, vamos levar a todos a notícia e a alegria da ressurreição de Jesus. Em primeiro lugar com o nosso testemunho de fé e de amizade.

Na despedida, durante toda a Oitava, diz-se:

 

Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.

 

R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.

HOMILIAS FERIAIS

TEMPO PASCAL

OITAVA DA PASCOA

2ª feira, 24-III:A Ressurreição do Senhor e a nossa alegria.

Act 2, 36-41 / Jo 20, 11-18

(Pedro): Mas como (David) era profeta… viu de antemão e anunciou a Ressurreição do Messias.

No dia de Pentecostes, Pedro recorda a profecia de David acerca da Ressurreição de Cristo (cf. Leit). E as santas mulheres foram as primeiras a encontrar-se com o Ressuscitado e também as primeiras mensageiras da Ressurreição, junto dos Apóstolos.

Jesus Ressuscitado é a causa da nossa alegria, porque venceu o pecado e a morte. Se alguma vez passamos momentos de desânimo, procuremos rapidamente ir ao seu encontro. E, como as santas mulheres, demos testemunho da nossa alegria a todos os que nos rodeiam.

3ª feira, 25-III: Ressurreição e conversão.

Act 2, 36-41 / Jo 20, 11-18

Disse-lhe Jesus: Mulher por que choras A quem procuras?

Pedro comove os seus ouvintes ao falar da paixão de Cristo: «todos sentiram o coração despedaçar-se» (Leit). Maria de Magdala chora intensamente junto ao túmulo de Jesus (cf. Ev). Pedro pede que se convertam. A Madalena recomeça e substitui o desânimo pela esperança.

«Deus é quem dá a coragem de começar de novo. É, ao descobrir a grandeza do amor de Deus que o nosso coração é abalado pelo horror e pelo peso do pecado… O coração humano converte-se ao olhar para aquele a quem os nossos pecados trespassaram» (CIC, 1432).

4ª feira, 26-III: Toda a força nos vem de Deus.

Act 3, 1-10 / Lc 24, 13-35

(Pedro): Não tenho prata nem oiro, mas o que tenho vou dar-to: Em nome de Jesus Cristo de Nazaré, anda!

Pedro cura um coxo, dando-lhe a força de Deus (cf. Leit), e ele começa a andar de novo. Jesus encontra dois discípulos desorientados e dá-lhes o alimento da palavra de Deus e o Pão (cf. Ev), e eles recomeçam, cheios do fogo do amor de Deus, a sua vida junto ao Senhor.

Já sabemos onde temos que ir procurar força para recomeçarmos a andar pelos caminhos de Deus. Por um lado, é preciso rezar mais e pedir ajuda a Deus. Por outro, participar na Eucaristia: o pão e a palavra são indispensáveis para ultrapassarmos os desânimos.

5ª feira, 27-III: A paz terrena e a paz de Cristo.

Act 3, 11-26 / Lc 24, 35-48

(Jesus): A paz esteja convosco… Por que estais perturbados e por que se levantam esses pensamentos nos vossos corações?

A paz é um dos grandes dons do Ressuscitado: «A paz terrena é imagem e fruto da paz de Cristo…Pelo sangue da sua Cruz reconciliou com Deus os homens… Ele é a nossa paz e declara bem-aventurados os obreiros da paz» (CIC, 2305).

Nos momentos de maior perturbação (cf. Ev), procuremos falar com Senhor, para que Ele nos conceda a paz. Também no-la concede no sacramento da Penitência: «Arrependei-vos pois e convertei-vos, para que os pecados vos sejam perdoados» (Leit.).

6ª feira, 28-III: Em nome do Senhor.

Act 4, 1-12 / Jo, 21, 1-14

Pelo nome de Jesus Cristo de Nazaré… é que este homem se encontra na vossa presença perfeitamente são.

Pedro explica aos chefes do povo, aos anciãos e escribas o milagre do coxo: Em nome de Jesus Cristo. O milagre da pesca milagrosa realiza-se pelo mesmo poder: Pedro lança as redes em nome do Senhor (cf. Ev).

É em nome do Senhor que devemos continuar a lançar as sementes da fé, para que ela se difunda na nossa vida corrente: no trabalho e no ambiente familiar. E também na vida da sociedade: na Escola, na Comunicação social, no mundo da Economia, da Cultura, da Política e do Desporto.

Sábado, 29-III: Cumprir o mandato de Cristo

Act 4, 13-21 / Mc 16, 9-15

Ide a todo o mundo e proclamai a Boa Nova a todas as criaturas.

O milagre da cura do coxo continua a preocupar as autoridades e os Apóstolos são proibidos de falar de Cristo (cf. Leit). Mas eles, seguindo o mandato de Cristo (cf. Ev), não podem deixar de dizer o que viram e ouviram.

E eles assim fizeram: «Desde o princípio, os primeiros discípulos arderam no desejo de anunciar Cristo: ‘Nós é que não podemos deixar de dizer o que vimos e escutámos’ (Leit). E convidam homens de todos os tempos a entrar na alegria da comunhão com Cristo» (CIC, 425). Continuemos nós a missão encomendada pelo Senhor.

Celebração e Homilia:    CELESTINO CORREIA FERREIRA

Nota Exegética:       GERALDO MORUJÃO

Homilias Feriais:          NUNO ROMÃO

Fonte: Celebração  Litúrgica

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