O cristão, luz na escuridão
Terça-feira, 10ª semana do Tempo Comum, C – 1Rs 17,7-16; Sl 4; Mt 5,13-16
Jesus diz que nós somos sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14). Permitam-me insistir hoje no fato de sermos luz. Você já se deu conta de que nós, filhas e filhos de Deus, temos um papel insubstituível no plano da salvação dos demais seres humanos? Se nós falharmos, o mundo se perde! Grande responsabilidade! Grande motivo de ação de graças! Grande oportunidade para aproveitarmos os tempos e evangelizarmos, convidando todos à amizade com Deus! Ele conta conosco. Nós somos a luz e, sem nós o mundo estaria na escuridão mais terrível, no apagão geral mais tenebroso que poderia acontecer.
Quando a Igreja alça a sua voz dando critério nas coisas humanas, inclusive na vida político-econômica, ela sempre o faz tentando iluminar essas realidades terrestres com a luz de Cristo. Se ela, que é luz, e se os cristãos, que são luz, não falarem e não atuarem, o mundo ir-se-ia afundando nas trevas mais profundas. Nós precisamos aproveitar todas as ocasiões para anunciar a Cristo, para iluminar com a luz de Cristo, para queimar com o fogo de Cristo que ilumina e aquece e do qual nós somos os portadores. A política, a economia, o mundo esportivo, os lazeres, as fábricas, os comércios, e todo lugar onde um cristão pode estar honradamente, são lugares onde se deve alçar a Cruz do Senhor, que é luz, paz, alegria, responsabilidade e liberdade, vida nova.
Não podemos permitir que o mundo pereça nas trevas. Sem nós, que somos luz do mundo, tal coisa aconteceria. Logicamente, o panorama é vasto, as dificuldades são patentes e as forças são limitadas. No entanto, a nossa limitação não é um problema para ser luz, e sim a possibilidade de sê-la. São Josemaría Escrivá expressava essa realidade da seguinte maneira: “Lança para longe de ti essa desesperança que te produz o conhecimento da tua miséria. – É verdade: por teu prestígio econômico, és um zero…, por teu prestígio social, outro zero, e outros por tuas virtudes, e outro por teu talento… Mas, à esquerda dessas negações está Cristo… E que cifra incomensurável resulta!” (Caminho, 473). Com a luz de Cristo é que os cristãos iluminarão cidades inteiras, partidos políticos, grupos de empresários, universidades e centros educativos, comércios e estádios de futebol. Onde está um cristão, aí está a luz de Cristo! Mas o cristão tem que ser coerente, tem que dar a vida se for preciso. A luz que eu dou ao meu ambiente é forte como esses refletores para filmar ou fraco como aquela velinha que utilizamos quando falta luz? E, no entanto, não importa tanto a intensidade, o mais importante é continuar iluminando e pedir ao Senhor que ele intensifique a sua luz em nós.
Padre Françoá Costa
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