Seguir Jesus até o céu
Terça-feira, III Semana da Páscoa, C – 1 Cor 15,1-8; Sl 18; Jo 14,6-14
Jesus disse que é o caminho (Jo 14,6) e é verdade. Vejamos: se combinarmos, entre quatro pessoas, para ir a São Paulo num carro de passeio, por exemplo, caso nunca tenhamos ido a essa cidade e, além do mais, não tenhamos nenhum aplicativo interativo que nos leve até essa cidade, precisaremos de um bom mapa de estradas e também orientar-nos pelas placas que encontraremos pelo caminho. Se não seguirmos rigorosamente essas indicações, ao invés de chegarmos a São Paulo chegaríamos a qualquer outra cidade, a qual não seria, porém, a nossa meta. O mapa não se manipula, se estuda; poderia representar o esforço pessoal para se chegar ao céu. Quanto às placas, essas estão lá, precisamos simplesmente segui-las. Alguém as colocou lá; nós, docilmente, seguindo-as chegaremos, pelo caminho proposto, à meta. Elas poderiam representar a graça de Deus. Ambas, placas e mapas nos indicam por aonde irmos se quisermos alcançar o objetivo proposto.
Para chegarmos ao céu é importante seguir Jesus e lutar com muito esforço e muita decisão, sem esquecermo-nos que a graça de Deus nos acompanha sempre. Nesse nosso caminho rumo ao céu, uma das grandes graças que nos foi oferecida é o ensinamento de Cristo. Os ensinamentos do Senhor são como boas placas do caminho que, se as seguirmos, chegaremos a bom termo.
A escolha dos apóstolos deixa claro que o Senhor os queria “para andarem com Ele e para os mandar a pregar” (Mc 3,14). A primeira coisa que o apóstolo cristão precisa fazer é andar com o Senhor, seguir pelo caminho certo, Jesus. O seguidor de Cristo precisa ser outro Cristo ao entrar em contato com Jesus Cristo. É preciso que nos identifiquemos com Cristo também na maneira de expressar-nos, isto é, as nossas palavras irão, pouco a pouco, sendo verdadeiros veículos da doutrina de Cristo explicita e implicitamente: a calma e a paz ao falar, a sinceridade, a humildade ao dirigirmo-nos aos demais, todos esses são traços de uma personalidade que se identificou com Cristo nas suas palavras. É um discípulo que ama o seu Mestre. Não se trata de ser fanático, pois o fanatismo é um desvio da religiosidade; trata-se de apaixonar-se por Deus. Toda a nossa vida cristã em todos os seus aspectos será um desenrolar-se do seguimento de uma Pessoa, a de Jesus. O nosso seguimento de Jesus leva-nos a uma entrega da própria vida, de toda a vida! Se tivéssemos mais vidas, mais felizes estaríamos pela ajuda que prestaríamos ao próprio Deus que quer fazer de nós verdadeira placas de sinalização para que os outros dele se aproximem. Desta forma animamos os outros a seguirem pelo caminho.
Padre Françoá Costa
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