Homilia Terça-Feira da Páscoa | Ano C

Terça-feira, Oitava Pascal, C – At 2,36-41; Sl 32; Jo 20,11-18

Enquanto Jesus estava perto de Maria Madalena, ela não o reconheceu, pois ela pensava que ele era um jardineiro (Jo 20,15). Trata-se de algo verdadeiramente incrível: uma mulher que tinha visto Jesus tantas vezes, conversado com ele, agora já não o reconhece. Realmente, depois da ressurreição, o corpo de Jesus possui características gloriosas, dificilmente reconhecíveis pelos olhos corporais.

Contudo, Jesus Cristo devia ter uma entonação toda especial ao falar o nome das pessoas, uns gestos de gratidão e carinho que conquistavam todos aqueles que dele se aproximavam. Desta maneira, Maria reconhece que aquele é Jesus e exclama “Rabunni!” (Jo 20,16), isto é, Mestre!

Que o Senhor continue a chamar muitas pessoas pelo nome, que as chame para a perfeição da caridade no cristianismo, para a vida matrimonial com todas as suas consequências, para o sacerdócio, para a vida religiosa. Jesus continua a chamar, que cada um de nós possa respondê-lo com prontidão, pois a vocação, o chamado que Deus nos faz é o ambiente da nossa felicidade. O Senhor não se deixa ganhar em generosidade e, portanto, qualquer pessoa chamada por Deus pode ter a certeza de que será muito bem recompensada caso atenda os chamados do Senhor.

Rezemos pelas vocações, especialmente as sacerdotais e as religiosas, rezemos pelos formadores dessas vocações para que possam ter a santa responsabilidade de formá-los segundo a lei de Cristo e da Igreja, na verdade e na caridade. Rezemos por todos os sucessores dos Apóstolos, os bispos, para que devolvam à nossa Igreja muitas vocações santas, com boa doutrina e excelente piedade cristã. Precisamos de sacerdotes que alimentem o povo de Deus com a doutrina de Cristo e com os sacramentos bem celebrados, com a moral cristã e na submissão aos sagrados pastores. 

Que os jovens possam reconhecer seus nomes nos lábios de Cristo, pois em toda paróquia há sempre muito potencial para que Deus continue a chamar para que trabalhem na vinha do Senhor. Bento XVI chegou a dizer de si mesmo quando eleito Papa que ele era um humilde trabalhador na vinha do Senhor e, quando perguntado sobre sua primeira comunhão, disse também que entre Jesus e ele existe uma antiga amizade. Sejam os jovens amigos de Jesus e humildes trabalhadores na vinha do Senhor, dóceis ao chamado do Senhor: casamento ou celibato, vida religiosa ou sacerdócio?

Padre Françoá Costa
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