Homilia Terça-Feira da 7º semana do tempo comum | Ano C

Cátedra de São Pedro

Terça-feira, 7ª Semana do Tempo Comum – C – 1 Pd 5,1-4; Sl 22; Mt 16,13-19

“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16), eis a profissão de fé de Pedro. “Tu és Pedro” (Mt 16,18), eis a demonstração de que Deus confia nos homens. São Pedro nasceu em Betsaida, cidade da Galileia. Conheceu Jesus através de seu irmão André. Jesus “fixando nele o olhar” (Jo 1,42) o chamou para segui-lo. O olhar carinhoso de Cristo devia ser arrebatador, convincente e encerrava um radicalismo de entrega a Deus atraente. Aquele olhar transformou Pedro, agora chamado Cefas, pedra, Pedro. De simples pescador converte-se num pescador de homens. Foi o vigário de Cristo na terra quando ele, o Senhor, já não estava entre os seus em corpo mortal.

Jesus quis instituir a sua Igreja tendo Pedro e seus sucessores à frente dela, e isso para sempre. Pedro, Lino, Cleto, Clemente, Evaristo, Alexandre, Sisto, Telésforo, Higino, Pio, Aniceto, Sotero, Eleutério, Vítor,… Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI, Francisco: 267 papas, 266 sucessores de São Pedro. Que maravilha! Cheios de entusiasmo professemos a nossa fé nesta Igreja, que é “Una, Santa, Católica e Apostólica, edificada por Jesus Cristo, sociedade visível instituída com órgãos hierárquicos e comunidade espiritual simultaneamente (…); fundada sobre os Apóstolos e transmitindo de geração em geração a sua palavra sempre viva e os seus poderes de Pastores no Sucessor de Pedro e nos Bispos em comunhão com ele; perpetuamente assistida pelo Espírito Santo” (Paulo VI, Credo do Povo de Deus).

A história da Igreja é uma demonstração de força e de debilidade, também no que se refere à história do papado. Graças a Deus, o século XX está cheio de grandes Papas, a começar por S. Pio X no começo do século, culminando com João Paulo II. A Igreja é santa, é guiada e sustentada por Deus, nada a pode derrotar. É Santa, os pecadores somos nós; Deus a fundamentou de tal maneira que nem o inferno e seus demônios, nem os homens, poderão derrotá-la. A Igreja, esposa de Cristo, chegará à Parusia.

Outro fato maravilhoso é que os Papas, mais santos ou menos santos, sempre guardaram intacto o depósito da fé. Deus garante o pastoreio da Igreja através desses homens que ele mesmo escolheu. É fato e é dogma de fé: o Papa quando fala sobre coisas de fé e de moral com a sua autoridade de Supremo Pastor (ex cathedra) do rebanho não pode errar, não pode equivocar-se. Esse é o artigo de fé que está intimamente conexo com a cátedra de Pedro, a cadeira desde a qual o Papa ensina como mestre de todos os cristãos. O Papa é sempre o bispo de Roma. Deus quis – em sua providência – que Roma tivesse esse significado especial na história da Igreja peregrina. O Romano Pontífice como vigário de Cristo é o administrador de Cristo aqui na terra, como sucessor de Pedro leva consigo toda a autoridade que Cristo confiou ao mesmo Pedro para apascentar o rebanho do Senhor. S. Josemaria Escrivá dizia que “o amor ao Romano Pontífice há de ser em nós uma bela paixão, porque nele vemos Cristo”.

Padre Françoá Costa
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