Homilia Sexta-feira IV Semana da Páscoa | Ano C

Jesus e a Igreja: vitoriosos!

 

Sexta-feira, IV Semana da Páscoa, C – At 13,26-33; Sl 2; Jo 14,1-6

 

Jesus fala de si mesmo que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6). Consequentemente, sua esposa, a Igreja Católica, se enquadra igualmente nesse contexto: o caminho, a verdade e a vida. Ou seja, ela é o caminho e a verdade para todos os povos porque nos conduz à vida eterna. Então, o que fazer com o ecumenismo?

 

O ecumenismo não pode ser confundido com o “falso irenismo”, com meias verdades, com maneiras suaves fundadas na ignorância. Com o movimento ecumênico, a Igreja tem procurado fazer realidade o desejo de Cristo de que todos sejam um (Jo 17,21), e fá-lo na verdade e na caridade. Apesar de ser um trabalho difícil, o ecumenismo precisa ir adiante. O primeiro gesto ecumênico a ser feito, porém, é o da oração; precisamos rezar muitas vezes a oração que Cristo rezou: “que todos sejam um”.

 

No Concílio Vaticano II, “por «movimento ecuménico» entendem-se as atividades e iniciativas, que são suscitadas e ordenadas, segundo as várias necessidades da Igreja e oportunidades dos tempos, no sentido de favorecer a unidade dos cristãos. Tais são: primeiro, todos os esforços para eliminar palavras, juízos e ações que, segundo a equidade e a verdade, não correspondem à condição dos irmãos separados e, por isso, tornam mais difíceis as relações com eles; depois, o «diálogo» estabelecido entre peritos competentes, em reuniões de cristãos das diversas Igrejas em Comunidades, organizadas em espírito religioso, em que cada qual explica mais profundamente a doutrina da sua Comunhão e apresenta com clareza as suas características. Com este diálogo, todos adquirem um conhecimento mais verdadeiro e um apreço mais justo da doutrina e da vida de cada Comunhão. Então estas Comunhões conseguem também uma mais ampla colaboração em certas obrigações que a consciência cristã exige em vista do bem comum. E onde for possível, reúnem-se em oração unânime. Enfim, todos examinam a sua fidelidade à vontade de Cristo acerca da Igreja e, na medida da necessidade, levam vigorosamente por diante o trabalho de renovação e de reforma” (UR 4).

 

Uma observação que vale a pena fazer: a conversão das pessoas à Igreja Católica não vai em contra do ecumenismo. Caso um irmão de uma confissão evangélica queira alcançar a plena comunhão com a Igreja Católica será sempre bem recebido e nós, os católicos, devemos alegrar-nos imensamente de que essa pessoa alcance a plenitude dos meios para a sua salvação. Devemos pedir ao Senhor insistentemente: que todos sejam um! Que todos se convertam! Que todos sejam católicos! Assim haverá, inclusive numericamente, um só rebanho e um pastor, isto é, a Igreja Católica e o seu Pastor, Jesus Cristo.

 

Padre Françoá Costa

Instagram: @padrefcosta

 

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