Homilia Sexta-feira da II Semana da Páscoa |Ano A

Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa, 21/04/2023 – Jo 6,1-15

  • Comunhão na boca

Antes do grandioso discurso sobre o Pão da Vida, isto é, sobre a Eucaristia, Jesus multiplica os pães e anda sobre as águas, manifestando, desta forma, que ele pode porque é Deus. A lógica é esta: quem pode multiplicar pães e andar sobre as águas, pode igualmente transformar o pão no seu corpo sacratíssimo. Para provar que o milagre da multiplicação dos pães de Jo 6,1-15 tem finalidade eucarística, basta fixar-nos no final do texto: “eles recolheram [os pães] e encheram doze cestos com os pedaços dos cinco pães de cevada deixados de sobra pelos que se alimentaram” (Jo 6,13). Nada recolheram dos peixes? A Escritura não nos fala sobre a questão dos peixes. Contudo, peixe não se transubstancia, apenas pães e vinhos.

No milagre da multiplicação dos pães, deve-se recolher o que sobrou porque, figurativamente, o pão no futuro será o corpo de Cristo. Quando se tratar do corpo do Senhor, não se deve deixar as partículas se perderem. Deixem-me ser um pouco mais concreto: vamos voltar à comunhão na boca. Já sei que a Igreja, atualmente, permite a comunhão na mão ou na boca, de pé ou de joelhos; eu prefiro e é mais piedosa a comunhão de joelhos e na boca, de preferência com o auxílio da patena de comunhão. Por quê? Por um motivo grandioso: trata-se do corpo de Cristo. Portanto, o cuidado e a reverência devem ser redobradas. Não se pode tratar o Corpo do Senhor de qualquer maneira. A comunhão na mão favorece o desperdícios das partículas que se separam das hóstias; esses pedacinhos caem no chão e, desta feita, o próprio Cristo é pisado pelos pés dos seus fiéis. E isto é horrível! Voltemos à comunhão na boca, de preferência de joelhos, e com o auxílio da patena de comunhão. Tudo isso para tratarmos melhor o nosso Rei Jesus.

Pe. Françoá Costa

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