Homilia Segunda-feira VI Semana da Páscoa | Ano C

Testemunhas na força do Espírito

Segunda-feira, 6ª Semana da Páscoa, C – At 16,11-15; Sl 149; Jo 15,26-16,4

A missão do Espírito Santo é dar testemunho de Jesus (At 15,26). Consequentemente, todos os que estiverem cheios do Espírito Santo darão testemunho do Senhor Jesus. Certamente, é sinal de união com o Espírito Santo se você ama falar de Deus, dar testemunho de Jesus. Quando você percebe um desejo enorme de falar de Jesus a todos os seus amigos é sinal certo de que o Espírito está no centro da sua alma e de que você está aberto às suas ações divinas.

Isso mesmo: a presença de Deus na alma se reconhece mais pelos frutos do que pelas emoções. Estou farto desses encontros onde as pessoas se emocionam e choram até o final das lágrimas, mas depois continuam na mesma vida. Prefiro aquelas pessoas um pouco mais sóbrias, mas que têm um desejo enorme de fazer a vontade de Deus e, para isso, estudam as Escrituras e o Catecismo e querem dar a conhecer a todos a verdade, que é Jesus Cristo.

Tenham por certo que a atitude da pessoa tocada pelo Espírito Santo é, em primeiro lugar, um grande amor à verdade: quer saber sobre Deus e sobre si mesmo. A fé católica sempre foi resposta à vida do homem, sentido ao nosso “estar aqui”, motivação para continuarmos a caminhada. Quando começaram a trocar essa busca da verdade pela busca de sentimentos, foram, ao mesmo tempo, enfraquecendo a fé católica em seus corações. Temos que voltar a anunciar as grandes verdades que tocam as mentes e os corações, que iluminam a nossa caminhada e que nos levam ao céu.

Certamente essa atitude dos batizados no Espírito Santo têm consequências, nem sempre as mais desejadas aos nossos caprichos. As perseguições serão também sinal certo da realização da vontade de Deus: “Virá a hora em que aquele que vos matar julgará realizar ato de culto a Deus” (At 16,2). No início do cristianismo, aqueles que aderiam a Jesus e à sua Igreja já sabiam que podiam morrer a qualquer momento e… mesmo assim se faziam cristãos. Eles viam que valia a pena de perder muitas coisas neste mundo se o prêmio fosse o reino de Deus: “Quem tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, ou terras por causa do meu nome, receberá muito mais; e terá em herança a vida eterna” (Mt 19,29). A aplicação é segura e rende bem: a vida eterna!

Padre Françoá Costa
Instagram: @padrefcosta

 

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