Homilia Segunda-feira IV Semana da Páscoa | Ano C

Elevados a Cristo e à sua Igreja

Segunda, IV Semana da Páscoa, C – At 11,1-18; Sl 41; Jo 10,1-10

Jesus é o bom pastor “que entra pela porta” (Jo 10,2). Como reconhecer o verdadeiro pastor? É verdadeiro pastor aquele que anuncia a Palavra de Deus na íntegra, o que fala de oração, de penitência, da cruz, o que se preocupa com o rebanho. Os falsos pastores, ao contrário, fogem quando chega o lobo, desvirtuam o Evangelho de Cristo e não dão a verdade às almas, são bajuladores, falam apenas o que agrada às pessoas, diminuem as exigências do Evangelho, interessam-se pelo dinheiro e pelos demais bens do rebanho. Infelizmente hoje, como em outros tempos da história da Igreja, penetraram no rebanho do Senhor, vozes discordantes, padres e leigos da caminhada com o mundo e com o pecado, com estruturas meramente sociais, com uma Igreja que somente quer dar soluções mundanas. Isso dá muita pena, por que, de fato, se a Igreja não existir para levar as pessoas para o céu, ela não tem motivo de existir. Ser padre para ser sindicalista não tem sentido. Com outras palavras, para ser sindicalista ou lutar pelos direitos humanos não era necessário ter se tornado padre, pastor para as almas.

Nós, os sacerdotes de Jesus Cristo, há vinte séculos, falamos sobre as mesmas verdades, e não nos cansaremos de anunciá-las. O que nós, os sacerdotes católicos, lhes falamos não são coisas das nossas próprias cabeças, são palavras do próprio Deus, para isso fomos feitos padres: para anunciar a fé, para celebrá-la e para pastorear segundo os critérios que a fé nos dá. Busquem sempre a voz do bom Pastor, que é Cristo, através dos sacerdotes católicos, ou seja, daqueles que anunciem o Evangelho conforme a Tradição da Igreja, não conforme a última moda teológico-sociológica. São tempos difíceis, porém, ao mesmo tempo, são tempos bonitos, pois, um bom padre não precisa fazer grandes esforços para que as pessoas venham ao encontro do Evangelho. “Em terra de cego, quem tem olho é rei”, como reza o ditado. Se um sacerdote prega a Palavra de Deus no contexto da Tradição da Igreja, reza a Missa e atende confissões, um padre desse nível tão ordinário atrai um montão de gente, sem fazer nada de “extraordinário”.

O ser humano deseja saciar-se com as coisas eternas. Foi Deus quem fez a pessoa humana e colocou no seu coração o desejo de Deus, esse desejo faz parte da nossa natureza humana. Homens e mulheres buscam matar a fome de Deus indo atrás de quaisquer propostas religiosas sem examinar se são ou não verdadeiras. Um dos maiores males de nossa sociedade atual é a ignorância religiosa. E quando não, a resistência de uma vontade endurecida. Nós, os católicos, temos a melhor proposta: Jesus Cristo conforme uma tradição provada por milênios. Vamos ao encontro das almas com esse alimento imortal: o Evangelho em toda a sua santa integridade.

Padre Françoá Costa

Instagram: @padrefcosta

 

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