Segunda-feira, 28/11/2022 – Mt 8,5-11
- Sou indigno
As palavras do centurião fizeram-se perenes na vida da Igreja, pois são as mesmas que nós dizemos um pouco antes de receber o corpo e o sangue do Senhor na Missa: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha morada, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva” (Mt 8,8). Antes, na liturgia antiga, nós dizíamos estas palavras por três vezes, atualmente tão somente uma.
Se alguém se sentir indigno de receber a santa comunhão, mesmo que confessado e com a consciência limpa, saiba que todos os demais irmãos ali na Missa são igualmente indignos. Mas, façamos uma distinção: existe aquela indignidade que brota da humildade e de saber-se pouca coisa diante de Deus; há também aquela indignidade que é o fruto podre das nossas próprias maldades. Podemos comungar com a indignidade que brota da humildade, não podemos comungar com a indignidade que vem do pecado mortal atual. Muitas pessoas, ao confundirem as coisas, pensam que, como ninguém é digno, todos podem comungar. Suposição errônea e que faz um grande mal às almas, pois sempre devem estar diante de nós as palavras do Apóstolo que nos admoesta: “todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor” (1 Cor 11,27). Não comungue com a consciência manchada pelo pecado mortal, confesse-se, especialmente neste tempo tão belo para o arrependimento, que é o advento.
Pe. Françoá Costa
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