Homilia Segunda-feira da XXXI Semana do Tempo Comum | Ano A

Segunda-feira da 31ª semana do Tempo Comum – 06/11/2023 – Lc 14,12-14

  • Pobres e ricos no banquete

Então quer dizer que temos que convidar os pobres para os nossos banquetes (Lc 14,13)? Isso mesmo, pois, pobres e ricos terminam debaixo do chão ou numa caixinha destinada a guardar as suas cinzas; ambos podem pecar e contrair, também aumentar, os vícios; ricos e pobres podem ser – como de fato são – atacados pelo diabo. Essas misérias espirituais – morte, pecado, demônio – não ficam somente ao nível do espírito. No caso da morte está claro! Mas também em relação ao pecado e ao demônio: qualquer afinidade com essas realidades definha não só o nosso espírito, mas também o nosso corpo. O ser humano é uma unidade de alma e corpo inseparavelmente unida. Eu não posso ser atingido só no meu dedinho quando dou uma martelada errada no prego e acerto o polegar, a dor repercute em toda a minha pessoa, sou eu quem sofro essa dor, não só o meu dedo. Desta feita, todos, pobres e ricos, são objetos do nosso amor, da nossa caridade. Contudo, devemos convidá-los não somente para os banquetes materiais, mas, principalmente, devemos prepará-los para participarem do banquete espiritual, a começar pela santa comunhão eucarística.

A salvação que Cristo oferece chega à pessoa em sua totalidade, mas começa pelo mais profundo. Quando se percebe que uma árvore está enferma na raiz é preciso remediar para curar a raiz, as consequências serão folhas e frutos sadios. De maneira semelhante, Deus quis sarar-nos pela raiz, enviando o seu Filho para libertar-nos salvando-nos do pecado, do diabo e da morte. Salvou-nos pela raiz para que fossemos capazes de produzir folhas e frutos sadios. Ainda percebemos o poder do pecado, do demônio e da morte, não obstante, foi-nos dado o remédio para combatê-los sempre: a graça de Deus. A salvação total e definitiva acontecerá no céu. Nesses tempos, a salvação já realizada espera a consumação na Parusia, na segunda vinda de Cristo. Enquanto isso, trabalhemos por todos, especialmente pelos mais necessitados.

Pe. Françoá Costa

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