O Senhor
São João Evangelista, festa – C – 1 Jo 1,1-4; Sl 96; Jo 20,2-28
Voltam à antiga profissão: de pescadores de homens a pescadores de peixes. Contudo, Jesus os esperava na praia ao retornarem. O Senhor não impede que eles saiam para pescar, mas os espera para com eles dialogar. É interessante o fato de Jesus começar pelo que interessa-lhes: peixes, comida, redes. Posteriormente o Senhor fá-los pescar abundantemente: 153 grandes peixes. São João decorou até o número exato. Também pudera, pois Jesus olhava sempre com imenso carinho e predileção para aquele jovem chamado João, via nele uma pureza enorme e um desejo veemente de segui-lo decididamente.
São João Evangelista é o homem que percebe as coisas sobrenaturais no grupo dos Doze: “É o Senhor” (Jo 21,7). Não faz muito tempo, Dom Athanasius Schneider, bispo auxiliar de Astana, no Cazaquistão, publicava “Dominus est! É o Senhor!”, um livro pequeno, mas apesar do pequeno frasco de apenas um pouco mais de 60 páginas, guardava grandes essências: o amor e o zelo pela Santíssima Eucaristia. Vejam como ele conclui esse seu livrinho: “Queira Deus que os Pastores da Igreja possam renovar a Casa de Deus que é a Igreja, pondo Jesus Eucarístico no centro, dando-Lhe o primeiro lugar, procedendo de modo a que Ele receba gestos de honra e de adoração, no próprio momento da Sagrada Comunhão. A Igreja deve ser corrigida a partir da Eucaristia (Ecclesia ab Eucharistia emendanda est!). Na hóstia consagrada não há qualquer coisa, mas Alguém. “Ele está lá!”, assim sintetizou São João Maria Vianey, o santo Cura d’Ars, o Mistério Eucarístico. Pois nele se trata de nada mais e de ninguém maior que o próprio Senhor: “Dominus est!”
São João era um adorador, um contemplativo que reconhecia o seu Senhor. Seguiu Jesus Cristo quando tinha uns 15 anos e nunca mais se separou dele. Já velhinho era sinal de fidelidade para todos os cristãos e, no dia de hoje, é testemunha de amor e fé para toda a Igreja.
Padre Françoá Costa
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