Homilia Segunda-Feira da 7º semana do tempo comum | Ano C

Fé e oração, causas da vitória

Segunda-feira, 7ª Semana do Tempo Comum – C – Tg 3,13-18; Sl 18; Mc 9,14-29

Jesus deixa bem claro que o povo do seu tempo era incrédulo (Mc 9,19), que o pai do menino endemoninhado tinha pouca fé (Mc 9,22-24) e que o demônio que estava naquele rapaz só podia sair se quem ousasse expulsá-lo fosse uma pessoa de oração (Mc 9,29). Fé e oração são, portanto, as duas chaves que abrem a nossa vida para a vitória de Deus em nossas vidas.

Quanto ao nosso tempo, temos pouca fé? O nosso mundo é incrédulo? Penso que cada um de nós responderá essa pergunta com certa dose de pessimismo. Depois de grandes avanços científicos, de descobrir que muitas coisas dependem do fato de você ter dinheiro ou não, inclusive depois de enfermidades que assolaram a humanidade, o ser humano parece que ficou meio incrédulo, pensa que pode resolver tudo por si mesmo e confia menos em Deus. Por outro lado, precisamente através de coisas terrivelmente perturbadoras ou incrivelmente solucionadoras, cresce também a confiança em Deus em outras pessoas. O ser humano, como se diz, é como uma caixinha de surpresas.

Diante de um ser humano que crê ou não, de uma sociedade incrédula ou não, de famílias dominadas pelas trevas ou não, sempre nos resta a oração, o poder da oração. Reza bem quem acredita e quem sente no coração o drama da humanidade. De fato, a oração flui mais profusamente quando estamos em um momento de fé ou quando percebemos a nossa incapacidade de resolver determinados problemas por nós mesmos. Nesses momentos, entramos no nosso quarto ou visitamos Jesus Sacramentado em suas igrejas e rasgamos o coração diante de Deus, sem excluir a comoção e as lágrimas em grande quantidade. Parece ser o momento oportuno para fazer como o pai do rapaz do Evangelho lido hoje, gritar: “Eu creio, ajuda a minha incredulidade” (Mc 9,24). Isto é, descobrimos que Jesus pode conceder determinada graça, mas também entendemos que a recepção dessa graça guarda dependência com a nossa fé. Não resta outra senão implorar, quase que em um ato de desespero, que o próprio Deus nos dê parte da causa, a fé, para que se produza o efeito, a concessão do pedido realizado.

Deus nos ajude a rezar hoje com mais fé e com maior intensidade, sem pudor de colocar o coração rasgado diante daquele que escuta o nosso clamor, o nosso grito, o nosso pedido de socorro. Reze, reze, reze. Creia, creia, creia. Reza como nunca antes, confie como jamais o fez. Porém, crer e rezar são também dons de Deus: peça-os então e você verá que, diante dessas atitudes, Jesus pronunciará a sua vitória.

Padre Françoá Costa
Instagram: @padrefcosta

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