Sábado da 23ª semana do Tempo Comum – 16/09/2023 – Lc 6,43-49
- Em terra de cego, quem tem um olho é rei
Hoje Jesus nos fala que devemos ser misericordiosos como o Pai (Lc 6,36), mas, em seguida, fala que um cego não pode guiar outro cego (Lc 6,39-42). Temos que ser lúcidos, se não seremos chamados, misericordiosamente, de “hipócritas” (Lc 6,42) pelo próprio Jesus. Quanta clareza! Misericórdia não é ser cego, nem perder a cabeça com loucuras, mas imitar o Pai que, através do sacrifício do Filho, nos resgata para o verdadeiro amor.
Muitos de nós, católicos, estamos cansados da falsa misericórdia, aquela que se aplica somente àqueles que são “da turminha”, mas exclui aqueles que são mais tradicionais e que querem manter a Lei de Deus. Leigos e sacerdotes hoje em dia pronunciam verdadeiras heresias e vivem na torpeza: estes sim são “misericordiados”. Entendemos que a miséria é o lugar próprio no qual se exerce o ato do coração bondoso para com o miserável. No entanto, cada vez que Jesus perdoa, ele pede mudança de mentalidade, de vida. Os novos misericordiosos não pedem conversão, apenas a mais ampla tolerância. Tais misericórdias chegam ao ponto de colocar a sagrada comunhão na mão de adúlteros, pagãos e todo tipo de gente errada. Isso não pode ser! Mesmo que nos chamem de fariseus, continuaremos a ser para viver o zelo de retirar os nossos irmãos cegos, que caíram no buraco dos erros contra a fé e contra a moral. Ainda que cada um de nós saiba que tem alguma trave em algum dos olhos, sabemos também que em terra de cego quem tem um olho é rei. Graças a Deus por este olho nosso que ainda vê!
Pe. Françoá Costa
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