Quinta-feira da 7ª semana da Páscoa, 25/05/2023 – Jo 17,20-26
- Unidade
“Que todos sejam um” (Jo 17,21): é a oração ecumênica de Jesus. Ele pede a unidade para nós. Ou seja, assim como o Pai e o Filho e o Espírito Santo são um único Deus, de maneira semelhante cada um de nós deveria viver na unidade. Ao mesmo tempo, como cada Pessoa trinitária é distinta da outra, de maneira semelhante, cada um de nós deve permanecer na própria distinção. Vejam que pluralidade e unidade não se contradizem, mas pedem-se mutuamente. Observem ainda que este ecumenismo é pensado por Jesus para nós que já estamos em Casa, morando com ele. Se você ler todo o capítulo 17 de São João, evidentemente ele não está pedindo pelos cristãos desunidos, mas por nós que estamos nele, na Igreja dele, para que permaneçamos unidos.
E no caso de nos separarmos, a oração de Jesus continua válida? Na verdade, como ela não foi nesta intenção, a pergunta nem deveria ser feita. No entanto, se nos separarmos, eu espero que a oração de Jesus, aquele que “vive para interceder por nós” (Hb 7,25), venha nos unir um dia. Ele pediu que, aqueles que são seus, permanecessem unidos, porém alguns deles se separaram da verdade católica. O que fazer? Rezar para que eles retornem, para que não façam ineficaz a oração do próprio Jesus Cristo. Quero dizer: em si mesma, a oração de Jesus é sempre eficaz; porém, como a causa final recai no ser humano, o fator liberdade pode fazer, desde este ponto de vista, ineficaz a oração do próprio Jesus. Rezemos pela unidade entre nós, rezemos por aqueles que largaram a unidade da fé, dos sacramentos e da hierarquia de Deus.
Pe. Françoá Costa
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