Homilia Quinta-Feira da 4ª Semana do Advento | Ano C

Alegria da fonte da Fé

Quinta-feira da IV semana do Advento – C – Ml 3,1-24; Sl 24; Lc 1,57-66

Impressiona como Zacarias fica curado de sua mudez: escreve o nome de João, conforme Gabriel lhe havia dito e seus lábios prorrompem em louvores. A falta de fé de Zacarias lhe causara o silêncio e a tristeza; a confissão de fé lhe concede paz e alegria, bênçãos e ações de graças. Não duvidemos: promovemos a Fé, pois ela é o melhor presente que se pode oferecer a alguém. Diante dos valores da fé, até a vida se relativiza. De fato, todos os mártires de Cristo mostraram que isso é assim mesmo. Nós, católicos, precisamos estar mais convencidos de que temos na Igreja toda a verdade e de que podemos fazer um grande bem à humanidade ao oferecer-lhe Cristo, a Verdade (Jo 14,6). Por outro lado, saber-se na Casa da Verdade, que é a Igreja, não nos autoriza a ser intolerantes com as pessoas. É certo: a Igreja é “a coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15), mas nós não somos donos da verdade nem personificações da verdade, mas os seus servidores. Ademais, a nossa vida nem sempre se modela na verdade que conhecemos, professamos e amamos… basta pensar nos nossos próprios pecados.

Apesar dos pesares e em plena luta por alcançar a santidade, devemos estar sempre prontos para ganhar novas almas para Cristo. Como? Eu acho que umas das características mais notáveis dos apóstolos do século XXI deveria ser a alegria da fé. Quando os outros virem que nós estamos alegres por ser cristãos, verdadeiramente contentes e desejosos de participar da Missa, que a confissão passou a ser para nós o “sacramento da alegria”, que somos bem educados, que não “damos patadas” e procuramos não andar de cara fechada, que nos preocupamos por eles, que somos pessoas que sabem amar de verdade, então se convencerão do poder transformador do cristianismo, não só no âmbito pessoal, mas também em todas as esferas sociais.

Há algum tempo encontrei um panfleto intitulado “apostolado do sorriso”. Gostei! Entre outras palavras, dizia: “é suficiente um leve sorriso nos seus lábios para levantar o coração, para manter o bom-humor, conservar a paz da alma, ajudar a saúde, embelecer o rosto, despertar os bons pensamentos, inspirar obras generosas”. Como a bondade e a simpatia atraem! Os outros se convencerão de que, apesar dos nossos numerosos problemas, há alguém que nos mantém felizes e risonhos. Eles buscarão descobrir o segredo da nossa felicidade e nesse momento… estaremos mais felizes. Por quê? Uma pessoa a mais se interessa pelo Deus da nossa alegria!

Padre Françoá Costa

Instagram: @padrefcosta

Facebook
Twitter
LinkedIn

Biblioteca Presbíteros