Não há outro Deus
Quarta-feira da IV semana do Advento – C – 1 Sm 1,24-28; 1 Sm 2,1-8; Lc 1,46-56
“Prostrou-se diante do Senhor(1 Sm 1,8). Assim termina a primeira leitura de hoje: só há um Deus e ele é o soberano de tudo! Temos que prostrar-nos diante de sua face. A soberania de Deus aparece também no cântico de Ana: “É o Senhor quem faz morrer e viver, faz descer e faz subir” (1 Sm 2,6). A verdade de fé tão católica de que só há um Deus parecer, por vezes, um pouco esquecida nos nossos dias. Por um lado, a nossa sociedade laicista que já não crê em Deus, cria novos ritos para adorar os “novos deuses” por ela inventada; por outro, até mesmo no contexto eclesial parece que alguns cristãos buscam exaltar tanto os bens da criação a tal ponto de se esquecerem dos direitos de Deus. Há um só Deus!
Idolatria nada tem a ver com o amor que sentimos pela Mãe de Deus ou pelos amigos de Deus, anjos e santos, mas com essa nova onda pagã dos nossos tempos, a tal ponto que se pode afirmar que estamos vivendo em uma era neopagã, a new age. Estejamos atentos para não cultuar a deusa Gaia, ridiculamente conhecida como nascida do caos, porém ordenadora do caos. Exatamente, um paganismo contraditório! Não cansemos de combater esse paganismo atual que começa por exaltar a criação esquecendo do Criador, a tal ponto de, finalmente, inverter tudo: a criação passa a ser criadora.
Há, de fato, muitos cristãos cuja fé tem vacilado nos últimos anos, por isso há que reafirmar vigorosamente: há um só Deus e somente a ele devemos adorar! Fora todo esse panteão moderno e seus ritos satânicos! E, para que fique mais claro, Maria proclama: “Minha alma glorifica o Senhor, e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador” (Lc 46-47). Da parte de Jesus, se for preciso, ele suscitará os prodígios de outrora para reafirmar a nossa fé. Contudo, em princípio, são suficientes aqueles que estão no Evangelho para a comunidade dos crentes, daqueles que creem em Deus, e são filhos de sua Igreja Católica. Lembremo-nos que a comunhão na Fé é muito importante, temos que ser pessoas de comunhão, mas essa unidade de todos deve ser em torno da Fé. Aqueles que professam a verdadeira Fé, recebem os mesmos Sacramentos e estão sob a mesma autoridade apostólica, esses estão unidos. As outras coisas que marcam certa diferença têm carta de cidadania entre nós. O problema atual é que nem todos estão em torno da Escritura e do Catecismo da Igreja Católica. Esse é o mal! Por isso, muitos cristãos poderiam cair na idolatria dos pagãos e, futuramente, serão quais “lapsi” a pedir a misericórdia de Deus e a bondade da Igreja: assim esperamos!
Padre Françoá Costa
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