Domingo 25º do Tempo Comum – 24/09/2023
Is 55,6-9; Sl 144/145; Fl 1,20-24.27; Mt 20,1-16
- Trabalhadores esforçados
“Amados Irmãos e Irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes.” Com essas palavras, Bento XVI iniciava o seu pontificado no dia 19 de abril de 2005. Sempre que aparece na Missa o texto de Mt 20,1-16, é-me impossível não recordar o grande Bento XVI, o qual espero ver um dia nos altares e ser, ademais, declarado doutor da Igreja.
Deus quer trabalhadores, isto é, pessoas que estejam interessadas em capinar a terra, lavrá-la, prepará-la bem, semear o campo, cuidar das plantinhas e colher os frutos. Talvez não participemos de todas as etapas, mas uma coisa é certa: somos trabalhadores na vinha do Senhor. Nós agradamos a Deus ao arregaçar as mangas para estender o seu reino de amor e de paz. Neste trabalho é preciso docilidade, esforço e criatividade. Bento XVI fazia desse jeito, pois ajudou muito a Igreja, nos nossos tempos, para que fosse mais dócil para com a grande Tradição; ele esforçou-se para que entendêssemos e vivêssemos mais alegremente o Evangelho. Sobre a sua criatividade, bastaria mencionar sua enorme obra teológica, seu pensamento firme e suas homilias fantasticamente lindas!
Talvez hoje seja mais importante lembrar o esforço que o trabalho na vinha existe, especialmente nestes tempos em que o sacrifício custa mais a cada um de nós. Ainda que tudo esteja nas mãos de Deus, ele pede que também nós coloquemos as nossas mãos ao seu serviço, que arregacemos as mangas e trabalhemos na sua vinha. Tudo é graça! É verdade. Mas também é verdade que as coisas dependem de nós e acontecem na medida em que nós fazemos a nossa parte.
No trabalho na vinha do Senhor é muito importante que estejamos dispostos a suar a camisa, a criar calos nas mãos, a subir e descer ladeiras nessa plantação de Deus… Temos que mostrar verdadeiro interesse pelas coisas de Deus, não tanto através das palavras, mas através de uma ação generosa e cheia de amor. Deus merece! Perguntemo-nos: interesso-me verdadeiramente em terminar o meu trabalho profissional, momento importante de apostolado, com perfeição e ofereço-o ao Senhor como oferta agradável? Aproveito as ocasiões que a Providência Divina me concede para evangelizar os meus companheiros de trabalho, tanto pelo exemplo de vida quanto pelas palavras? Penso, na oração, como ser mais eficaz no meu apostolado junto aos meus amigos e conhecidos? Rezo para que na vinha do Senhor haja mais trabalhadores para que, efetivamente, “venha a nós o Reino de Deus”?
Pe. Françoá Costa
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